Capítulo 15

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Havia algo sobre ela que Stephen não conseguia decifrar

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Havia algo sobre ela que Stephen não conseguia decifrar.

Era algo na maneira como ela falava, a maneira como ela ria, como se a sua auto-depreciação fosse implausível para ela. Estava consumido pela maneira que, sempre que Presley abria a boca, seus olhos brilhavam como se fosse absolutamente o melhor dia da sua vida. A semana que se passou andou em uma lentidão absurda, e Stephen se pegou várias vezes repassando o dia deles juntos. E sempre – sempre – que aqueles olhos de azeitonas surgiam na sua cabeça, ele se obrigava a expulsa-los imediatamente.

Suas mãos ainda estavam tensionadas ao lado do seu corpo quando se sentou na sala de aula, mas foi o crescente sentimento de raiva que pulsava em seu peito que o surpreendeu acima de tudo. Stephen gostava de pensar em si mesmo como um cara decente, legal e genuíno com tudo ao seu redor – esses sendo um dos motivos pelo qual estava tão deslocado por se sentir de tal maneira a qual não estava habituado.

Ele pegou o lápis de cima da mesa e o pressionou contra o papel, respirando fundo por um momento.

A conversa que tiveram por e-mail na noite anterior não havia ajudado em nada, apenas o fez sentir-se ansioso e inquieto por saber que a veria na manhã seguinte. Isso estava errado. Ela estava consumindo seus pensamentos e cada momento dos seus dias. Um dos objetivos que tinha em mente quando a convidou para passear era que depois que ambos passassem mais tempos juntos e se conhecessem melhor, Presley se tornasse mais volúvel e confiasse nele o suficiente para se abrir sobre o Blog, o que pareceu funcionar, afinal. O que acontecera essa manhã fora uma prova disso.

Ele só não pensou que gostaria tanto do que conheceu.

Stephen apreciava as mulheres em geral; igual flocos de neve, cada uma era bonita e espetacular do seu jeito. Mas havia duas combinações que, se colocadas juntas, era a sua ruína. O tipo de combinação que era desastrada e engraçada, que gostava de Harry Potter e tinha uma incrível coleção de todas as temporadas de Game Of Thrones. Esse era o tipo perigoso, pois Stephen tendia a cair por mulheres assim como se fosse um bebê e estivesse aprendendo a dar os seus primeiros passos.

Ele suspirou, suas mãos indo para puxarem o seu cabelo – um hábito nervoso que tinha – e deixou seu corpo deslizar no assento. O rapaz estava ignorando as palavras que saltavam da boca do seu professor, um pouco grosseiro, era verdade, mas ele não estava para boas maneiras hoje. Dexter estava certo, no final da contas; era improvável, para não dizer impossível, passar tanto tempo ao lado de uma garota bonita sem sentir nada, o menor dos sentimentos que fosse. Stephen não era idiota e raramente negava para si mesmo seus sentimentos ou ficava se perguntando o que estava acontecendo, eles estavam lá, não tinha o porquê não admitir quando só ele mesmo saberia, e ele sabia. Mas não importava como estava se sentindo, pois decidiu que teria que se livrar dessas sensações de qualquer maneira. Existiam limites, fronteiras as quais não se ultrapassavam, principalmente com alguém a qual você estava escrevendo sobre os relacionamentos passados e observando de perto o surgimento de um em potencial futuro.

As Quatro Estações do NamoroOnde histórias criam vida. Descubra agora