Stephen estava vestindo um par de Chuck Taylor dessa vez, seu tecido preto estava desgastado, mas Presley ainda o considerou muito bonito - visto de uma maneira vintage, é claro.
Fazia apenas cinco minutos que Stephen estava no seu quarto, mas demorou pelo menos dez para que Presley conseguisse colocá-lo dentro da cobertura sem o conhecimento de Sandra. Todas as terminações nervosas de seu corpo estavam em choque. Ele estava sentado na cadeira onde ela normalmente passava o tempo escrevendo para o Blog, mas as pernas longas de Stephen não estavam debaixo da mesa, mas sim esticadas sobre o carpete. Todo seu corpo estava virado para ela, cabeça, braços, tronco e pernas. Com Stephen não existia meio termo. Ele estava totalmente à vontade, e a garota se perguntou se existia algo no mundo capaz de deixa-lo desconfortável.
Presley seguiu o olhar de Stephen para o calendário da Frida Kahlo na parede onde ela deixava a sua agenda. Ele franziu a testa para a parede. — Você marcou as sextas-feiras com um B.
Não era uma pergunta.
Presley encolheu os ombros, cruzando as pernas sobre a sua cama. — Marquei. Será os dias das reuniões, para que eu não me perca.
Ele sorriu. — Será que esse B é de bonito?
Presley mascarou suas emoções, dando-lhe um olhar entediado. — Será que esse B é de burro?
— Quanta agressividade.
Stephen arqueou uma sobrancelha para ela. Seu rosto uma equação difícil. Como se Presley fosse o problema, não ele. Ela rasgou o seu olhar, e Presley decidiu que ele não precisava saber que o B significava apenas Blog. Stephen Marshall não precisava saber de tudo. Por mais que isso parecesse irrita-lo profundamente.
Ele gosta de saber das coisas, ela percebeu.
Presley olhou pela janela, era noite do lado de fora, e os segundos pareciam se arrastar lentamente, como se estivessem zombando da cara dela.
— Como foi com o Steven? — Ela perguntou, sua voz um tom mais baixo.
Ele não responde de imediato. Depois de um momento, diz: — Foi tudo bem.
— Tudo bem de que jeito? — Presley queria enrolar, na esperança de que Stephen se cansasse e fosse embora. Mesmo que ela tivesse sérias dúvidas de que isso fosse acontecer.
No entanto, a voz dele era pura paciência quando respondeu: — De um jeito bom.
— Ele perguntou de mim?
— Não.
— Ah.
Stephen suspirou. — Será que nós já podemos começar? Está ficando realmente tarde.
Presley correu os olhos pelas quatro paredes do seu quarto, mas não havia para onde fugir. Suspirando, ela descruzou as pernas e pulou para fora da sua cama, abrindo seu notebook e o entregando à Stephen.
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As Quatro Estações do Namoro
Storie d'amoreEm toda sua vida, Presley Markey foi ensinada que existem muitos tipos de pessoas no mundo. No entanto, depois de vários relacionamentos desastrosos que acabaram em ursos gomosos e sorvete de baunilha, ela descobre que, no mundo do namoro, existem...