Alguma coisa está errada.
Presley desconfiava que talvez fosse todo o açúcar que ela consumiu junto de Stephen no parque correndo pelo seu sangue, a deixando mole e com sede. Depois de se despedir dele, de Rori, e de seu namorado pegajoso, Peter, ela entrou dentro do seu par de pijamas mais confortável e se trancou no quarto, lendo alguns comentários do blog e respondendo alguns emails.
Depois de um tempo, ela fica entediada e acaba em uma página da internet argumentando em como os felinos se comportam semelhante aos humanos em certos aspectos, chamado sua atenção principalmente ao lado romântico. Blá blá blá. Nada interessante. Ela está indo ver de novo sua caixa de email quando uma passagem salta na tela: Ao longo do romance, cada ação se torna algo atraente.
Bom, não está totalmente errado, ela pensa.
— Elvis? — alguém bate na porta e a faz saltar na cama de susto.
Não. Não alguém. Stephen.
O sentimento de que algo está errado volta com tudo.
Ela olha para baixo, talvez sejam suas roupas. Ela está usando uma camiseta antiga com o rosto da personagem principal de My Mad Fat Diary e uma calça de flanela rasgada no meio das coxas.
Ela cora ao lembrar que não está usando nem sutiã.
— Elvis, eu sei que você está acordada. — ele volta a sussurrar, talvez com medo de acordar alguém. — Eu posso ver a sua luz acessa.
— Espera aí! — Presley pula da cama e agarra a jaqueta que Stephen tinha emprestado para ela no parque e a veste rapidamente, agradecendo mentalmente por ela ser grande o suficiente para tampar o pedaço do buraco que expõe parte da sua coxa e então abre a porta. — Oi. Aconteceu alguma coisa? Entra.
Presley abre bem a porta, mas ele apenas fica ali parado por um momento, só a olhando. Ela não pode ler a expressão em seu rosto. Então ele entra com um sorriso maldoso e passa esbarrando nela.
— Roupa bonitinha.
— Cala a boca.
— Não. Eu quis dizer isso. Adorei a jaqueta, mas as meias de pato são as minhas favoritas. Você está bonita.
Presley olha para baixo. Jesus. Seus pés parecem dois patos gigantes, as pontas de seus dedos cobertas pelo bico amarelo. Espera. Ele disse que ela está bonita? Stephen a acha bonita.
O sentimento se instala como chumbo pesado no seu estômago. Algo está errado.
Stephen se move para dentro do quarto, olhando ao redor como se nunca tivesse estado lá antes. Ele coça a cabeça e sua camiseta levanta do lado, expondo uma parte do seu abdômen. Presley não sabe porque seu cérebro prestou atenção nisso. Ela não sabe porque está pensando em como ele é bonito, logo agora. Ela não devia ter consumido tanto açúcar. Além disso, ele é só um homem bonito. Nada demais. Quer dizer, as ruas são cheias de garotos lindos. Certo? Rapazes vaidosos com cortes de cabelo legais e abdômens bronzeados. Não que ela tenha visto alguém nem mesmo remotamente tão bonito de se ver quanto Stephen ultimamente. Ou talvez ela só não tenha prestado atenção nos outros.
Então ela se toca que não sabe o motivo de ele estar aqui, em primeiro lugar. — Por que você está aqui?
— Eu não disse? — ele se ajeita. — Vim te buscar para dar um passeio.
Uma estranha mistura de borboletas e agitação irrompe pelo seu estômago. — Agora? — ela mira o relógio ao lado da cama. — Quase meia noite e meia?
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As Quatro Estações do Namoro
RomanceEm toda sua vida, Presley Markey foi ensinada que existem muitos tipos de pessoas no mundo. No entanto, depois de vários relacionamentos desastrosos que acabaram em ursos gomosos e sorvete de baunilha, ela descobre que, no mundo do namoro, existem...