Presley parou atônita embaixo do lustre de cristal que adornava o teto e iluminava o hall com uma luz dourada, bonita e elegante. Desenhado em pêssego e prata, a decoração da sua sala de estar continuava do mesmo jeito de quando ela a deixara pela última vez, há algumas horas atrás. Tudo estava, aparentemente, no lugar. Mas havia algo - alguém -, que não deveria estar fazendo parte do cenário, que estava estragando a paisagem.
Edmundo Markey; pai, empresário, filantropo, ativista ambiental e um filho da puta.
— Porque você está aqui? — as palavras saíram dos seus lábios antes que ela pudesse impedi-las. Presley não queria que tivesse soado como uma acusação, mesmo que, por mais que ela quisesse começar a gritar feito uma desequilibrada e expulsa-lo à vassouradas, ele ainda era seu pai e aquela ainda era a casa dele.
As sobrancelhas de Edmundo se cerraram e a irritação travou seu maxilar, como se tivesse levado um golpe de karatê. Ela estava preparando-se para ouvir um sermão, mas, quando ele finalmente abriu a boca para dizer alguma coisa, uma mulher que aparentava não ter muito mais que a sua idade apareceu em seu campo visão. Da onde ela tinha saído, Presley não fazia ideia. Ela tinha cabelos ruivos que caiam em cascata por apenas um lado de seu ombro e um vestido que com certeza era a ultima moda em algum lugar do mundo, todo preto e grampeado.
A mulher descaradamente avaliou Presley por um momento, em seguida, suspirou exageradamente colocando a mão sobre o peito com um deleite forçado. — Ah! Mas ela é adorável! — a ruiva virou-se para Edmundo com o maior dos sorrisos. — Porque você não me disse que ela era adorável, Ed?
Edmundo levou a mão até o nó de sua gravata, parecendo curiosamente desconfortável, mas Presley não poderia dizer se isso era possível. — Eu disse que ela era, Lindsay. — murmurou, mas não olhou nos olhos de Presley enquanto dizia.
A ruiva riu, o tipo de risada que a garota esperaria ouvir de uma dama de um filme dos anos 80, e não de alguém real. — Eu tenho certeza que a palavra que você usou foi "satisfatória", mas, isso. — ela apontou um dedo na direção de Presley. — Isso, é adorável.
A garota observara o diálogo atentamente, mentalmente questionando o vasto vocabulário da mulher para elogios. Ela não estava entendendo nada. Perplexa, correu seus olhos pelo local em busca de algo que finalmente fizesse sentindo, e encontro-a no canto, com um olhar apreensivo enquanto a encarava, mas Sandra sempre ficava ansiosa quando Edmundo estava por perto, talvez fosse pela dinâmica de funcionário-patrão, mas não importava muito agora: porque a sua governanta estava ali, o que significava que não estava tendo um pesadelo, pois algo tão bom quanto Sandra não poderia fazer parte de um sonho ruim.
Merda.
Presley finalmente encontrou sua voz para perguntar: — O que está acontecendo? — Ela se virou para a mulher. — E quem é você?
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As Quatro Estações do Namoro
RomanceEm toda sua vida, Presley Markey foi ensinada que existem muitos tipos de pessoas no mundo. No entanto, depois de vários relacionamentos desastrosos que acabaram em ursos gomosos e sorvete de baunilha, ela descobre que, no mundo do namoro, existem...