La Lune

1. Mentiras

Baekhyun

Vinte e dois anos, essa era a minha idade, quando minha mãe Ômega forjou meu casamento com o Park. Um Park, nunca imaginei que eu, um Byun, me casaria com um Park, eles eram simplesmente nossos maiores rivais nos negócios.

Sim, nossas famílias eram donas de empresas do ramo alimentício, e brigavam para ficar no topo desde sempre.

A rede de supermercados Gyochajeom, pertencente a família Byun era a maior da Coreia do Sul, a quinze anos consecutivos e essa vantagem vinha crescendo ano a ano, enquanto o Grupo SP ou Sijang Park, vinha ficando em segundo desde sempre.

Hoje nossos negócios valiam uns 20 milhões de dólares a mais, se comparado aos Park, o que enchia nós os Byun de orgulho.

Lembro-me que minha mãe contava uma história em que meu avô, quando jovem, havia brigado corporalmente (como os antigos Alfas faziam para conquistar território) com o velho Park, foi uma briga horrível, que resultou em um processo. Causa ganha para nós Byun. Nós sempre estávamos um pé a frente, sempre ganhávamos, sempre fomos melhores que os Park.

Agora como a Senhora Byun Jin Sun, estava a frente das empresas de minha família desde que minha mãe Alfa, Byun Dasom, morreu dois anos atrás. Ela junto do Senhor Park, decidiu que está era a melhor forma de unir as duas empresas em uma, sem que uma precisasse comprar a outra, as famílias permaneceriam donas de suas empresas, mas seriam parceiras agora, acabaria com a rivalidade existente a séculos.  

E qual era a forma milenar de formar laços entre clãs inimigos? Se você chutou através de um matrimônio, você acertou!

O pior de tudo isso, além de é claro ter um casamento arranjado, era que eu tinha um romance (não posso classificar o que eu tinha como namoro) desde a escola, ele era meu melhor amigo, e eu o amava de todo o meu coração, poderia jurar que ele seria o alfa a me marcar, porém esse sentimento era unilateral, e eu sabia disso.

Passei meus primeiros cios junto dele e verse e versa, nós nos ajudávamos nisso, era uma espécie de trato, que me enchia de ilusões a respeito de amor e paixão.

Amor não é um sentimento é uma escolha, escolher tratar alguém bem e querer sempre o melhor dessa pessoa. Não é algo que possa se pedir a alguém.

Não que Sehun me tratasse mal, mas o amor que ele sentia por mim, não era o tipo de amor que eu sentia por ele, eu era só o amigo colorido dele, nada mais do que isso, sempre fora algo fraternal.

Surpreendentemente Jin Sun tinha conhecimento do nosso "relacionamento" e o aprovava, assim como os pais dele, era ridículo, ela havia até mesmo convidado Sehun para a grande cerimônia de meu casamento com o Park.

Hoje eu tinha a certeza de que nunca teria a marca do meu amigo colorido, e isso feria meu coração de uma forma bem profunda.

Minha mãe estava ao meu lado com uma caixa de lenços, enquanto tentava conter meu choro, sua decisão era tão cruel comigo, mas eu não conseguia odiá-la.

Segundo Jin Sun, o casamento seria um pequeno sacrifico por algo maior, eu achava que o que realmente movia tudo aquilo era dinheiro e negócios, nada além disso.

Casamento é sobre amor não sobre legalização de parceiros, não é sobre fechamento de contratos ou fidelidade quanto a negociações.

Porém entendia que eu era filho/ neto único, e que essa decisão havia sido a melhor a ser tomada. Meus primos eram novos demais para tal compromisso, não passavam de crianças, então sobrou para mim.

Mamãe havia se reunido com os anciões da família antes de confirmar o acordo, antes disso havia tentado de tudo para que o casório não acontecesse, ela sabia o quanto eu amava a Sehun, mas não sabia que ele não me amava de volta.