La Lune

15. Insuperável?

Chanyeol

Eu não o sentia mais, voltei a não o sentir, de imediato senti raiva, mas não era eu quem sentia raiva, de alguma forma sabia que este sentimento vinha de Baekhyun, era incontrolável. Quebrei um copo de vidro, o jogando contra a parede, então comecei a me sentir aflito e passei a chorar.

Estava tão desesperado e sem notícias que fui para a casa da minha mãe, não sabia o que fazer, estava a ponto de enlouquecer.

-Fica calmo filho. – ela me pedia.

- Eu não o sinto mamãe, o que está acontecendo? – indaguei confuso, sentindo meu estômago embrulhar.

-Retorna a ligação. – ela me aconselhou.

-Já tentei o fazer três vezes, ele não atende. – respondi, me sentindo realmente mal, corri para o banheiro onde pus para fora todo o meu café da manhã, que ótimo.

Minha mãe já não sabia mais o que fazer, já havia tentando de calmantes, florais, chá, tudo isso desde aquela manhã.

Já haviam se passado dois dias desde quando Baekhyun sumiu de nossa casa, nada me acalmava, eu precisava dele. Jinyeon já vinha trazendo preocupações o bastante para a minha mãe, e agora havia eu para ela cuidar.

Abracei o sanitário e permaneci ali chorando, sem saber o que fazer, eu queria tanto ele perto de mim.

Estava em meu quarto, tentando por toda minha bagunça mental em ordem, quando ouvi mamãe batendo na porta, não queria atender, minha cabeça doía.

Segundo alguns artigos científicos, as primeiras 72 horas após a marca ser realizada, deveriam ser passadas junto de seu parceiro, mas eu tinha ninguém, sentia apenas angústia e raiva, e às vezes sentia nada, não conseguia sentir Baekhyun, essa última era a pior sensação.

-Abre a porta filho. – mamãe me pedia.

Relutante consegui abrir, ela me olhou com seus olhos tristes, e pesarosos.

- Vamos até a casa da mãe dele. – ela sugeriu.

Não havia pensado nisso, mamãe era uma gênia.

-Você acha que ele está lá? – indaguei encarando o chão, sentindo minhas lágrimas molhando meu rosto.

-Vocês estão ligados agora Chanyeol, você não veio parar aqui por mera coincidência, ou somente porque precisava de ajuda de sua mãe, mesmo que só você tenha sido marcado, você acaba tomando decisões parecidas com as dele. – mamãe me explicou de forma calma. – Agora vá tomar um banho, sim? Saímos em menos de quarenta minutos.

Assenti, ainda meio perdido, era muita informação em um período muito curto de tempo. Havia estudado sobre tudo isso, mas nada me preparou para sentir na pele.

•

Tentei me reerguer mas falhei, mesmo após o banho continuava acabado. Mamãe dirigiu até a casa dos Byun, enquanto eu tentava retornar a ligação, que havia recebido do Byun, só chamava e ninguém atendia.

-Chegamos. – minha mãe avisou. – Quer que eu entre com você? – ela indagou.

-Não mamãe, deixa eu resolver isso sozinho. – pedi sentindo meus lábios rachados e meu olhos ardendo pelas noites mal dormidas.

-Tudo bem.

-Pode voltar para casa. – respondi. - Qualquer coisa eu te ligo.

-Ta bem filho. – ela disse se esticando para beijar minha cabeça. – Se cuida, não faça besteiras, e se precisar eu volto correndo.