La Lune

7. Escalações

Baekhyun

Enruguei meu cenho, não havia se passado nem um ano desde o meu casamento, faltavam alguns meses, eu tinha noção pelos cios, já haviam se passado dois desde o casamento.

No entanto o último não era para ter realmente acontecido, já que estes só costumavam acontecer duas vezes ao ano, e não haviam passado seis meses desde o primeiro.

Talvez eu e Chanyeol precisassemos visitar um medico por conta dessa pequena irregularidade, espero que aquele supressor não tenha nenhum envolvimento nisso.

-Mas fazem apenas uns sete meses. – respondi, confuso eu não conseguia pensar direito.

-Sete meses é muito tempo Baek. – me respondeu parecendo meio sem jeito. – Este é Luhan. – me apresentou para o rapaz ao seu lado. – Luhan este é Baekhyun, um amigo da escola.

Amigo? Sério isso? Tive vontade de rir.

-É um prazer conhecê-lo. – o cumprimentei, enquanto Luhan fazia uma referência.

-E este é nosso pequeno Sicheng. – Sehun disse se referindo ao bebê, me fazendo sentir meu coração parar.

- Seu filho? – indaguei confuso, nem consegui prestar atenção na criança, meus olhos iam de Sehun para Luhan, enquanto esperava por uma resposta.

-Nosso. – Luhan respondeu de forma simpática.

Então... pelas minhas contas, Luhan e Sehun já estavam juntos mesmo antes de eu me casar, mas a questão era, porque ele nunca me contou? Ele nunca ao menos havia mencionado Luhan, me sentia traído.

Meus olhos marejaram, passei a ver tudo dobrado, ficava difícil respirar. Eu sempre achei que fôssemos "exclusivos" um do outro, tamanho era meu transtorno que deixei até mesmo meu sorvete cair no chão.

-Baek, tudo bem? – Sehun indagava parecendo preocupado.

Quando percebi já chorava como uma criança, meu coração havia se partido em milhões de pedacinhos, nem ao menos consegui o responder.

- Baekhyun. – ouvi Chanyeol me chamando enquanto se aproximava. -O que houve? – indagou ao perceber meu estado, passando a encarar Sehun como se houvesse feito algo contra mim, e realmente havia feito.

-Vamos embora. – pedi em um quase sussuro para Chanyeol. – Tchau Sehun. – me despedi precariamente.

Sehun parecia sem reação, nem ao menos me respondeu, quando eu lhe dei as costas. Estava tão desnorteado que nem ao menos consegui prestar atenção no que Sehun disse a Chanyeol antes de finalmente sairmos dali, pois eu andava na frente do Park, queria sair dali quanto antes.

•

Chanyeol me guiou pelas pessoas enquanto eu chorava compulsivamente, eu estava sem óculos, nem me lembrava como eu havia os tirado ou onde havia os deixado. Me sentia tão bobo e enganado, nunca havia me sentido daquela forma, aquela se tratava da primeira traição sofrida em minha vida.

O Park não me perguntou mais nada, apenas passava a mão no meu braço na tentativa de me consolar mesmo sem saber ao certo o motivo do meu choro, ele só ficou ao meu lado me dando suporte.

Só desgrudou de mim para comprar água em meio a toda aquela confusão, chamar o táxi e posteriormente abrir a porta do apartamento.

Me acalmei em algum momento de todo aquele percurso. Quando chegamos em casa, ainda soluçando, mas não mais chorando, me deitei no sofá com a cabeça sobre suas coxas, observando ele deixar meus óculos na mesa de centro.