22. Vinte e dois

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Baekhyun

Minha marca ardia como o inferno, queimava de uma forma que eu nem ao menos sabia ser possível, o desconforto não era só emocional e psicológico, era algo físico.

Precisei parar de fazer meus relatórios, não conseguia trabalhar, algo estava errado com Chanyeol, tentava falar com ele, mas nem ao telefone ele atendia, ou respondia as minhas mensagens.

-Está tudo bem? – indagava uma colega de trabalho ao me encontrar na copa. Enquanto tentava beber um chá no intuito de me acalmar, mas a tremedeira não me deixava.

-S-sim. – menti, enquanto tentava sorrir e fazer tal afirmação parecer natural.

Precisava ir para casa, mas havia acabado de chegar ao trabalho, me sentei na copa e tentei mais uma vez ligar para Chanyeol, quando a ligação iria cair ele finalmente me atendeu.

-Baek? – atendeu havia um chiado na ligação.

-Chanyeol, está tudo bem? – indaguei. – Minha marca está ardendo como nunca antes, e tem um nervosismo. – ele ficou em silêncio durante tempo demais. – Chanyeol?

-Eu vou até ai te encontrar. – afirmou, desligando em seguida, me deixando confuso.

O que havia acontecido afinal? Fiquei mais algum tempo tentando por minhas emoções em ordem, Chanyeol nunca havia me transmitido tantas coisas ruins como naquela manhã. O bebê ficou realmente agitado, e aquilo me gerou certa dor.

Quando me dei conta, Chanyeol já havia chegado, eu nem ao menos havia percebido, ele parecia agitado, nervoso, seu cabelo estava desaninhado.

-Vamos para casa. – pediu. - Já conversei com a sua mãe, ela disse que você pode voltar amanhã e que isso não vai ser descontado de seu salário. - afirmei com um aceno.

Não havia como negar, eu me sentia realmente mal, então só me levantei com o auxilio do Park, peguei minhas coisas e fomos para casa. Descobriria o motivo de todas aquelas emoções.

Chanyeol

Havia pegado um táxi até ali, liguei para Jinsun expliquei toda a situação, enquanto pensava em uma desculpa para dar para Baekhyun, não podia jogar todas as ameaças e revelações em cima dele de forma tão repentina, não seria algo fácil, mas infelizmente era necessário.

-Então vai me dizer o que aconteceu? – indagou, ajeitando seus óculos, enquanto acariciava a barriga.

-Fui assaltado a caminho do meu compromisso nessa manhã, eles tinham uma faca. – menti.

-Céus! – exclamou o Byun. – Eles tentaram te machucar?

-Não, só tentaram levar meus pertences. – menti. – Mas a polícia logo apareceu.

-Então eles foram pegos? – indagou Baekhyun realmente preocupado.

-Felizmente, consegui pegar minhas coisas. – afirmei. – Mas fiquei muito nervoso, eles podiam ter me machucado gravemente.

-Ainda bem que nada te aconteceu. – afirmei.

-Sim. – concordei. – Me desculpa se te deixei nervoso.

-Acontece. – disse ele de forma compreensível. – Ainda bem que nada te aconteceu.

Voltamos para casa em paz, ficamos o resto do dia grudados, por algum motivo eu sentia que não deveria me distanciar demais de Baekhyun, sentia medo de perde-lo de alguma forma.

Sabia que meu avô não estava de brincadeira quando me ameaçou naquela manhã, o pior era que eu não sabia o que fazer, então por hora decidi ignorar todas as ameaças.

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