16. Conectados

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Baekhyun

Acordei antes do Park. Em algum momento da noite nos abraçamos, e foi assim que acordei, com o rosto apoiado em seu peito, com meus braços circundado sua cintura. Me afastei sonolento, tentando afastar a preguiça matinal. Passei à apreciar a expressão suave a qual havia em seu rosto, enquanto tentava tomar coragem para me levantar dali.

Me sentia finalmente em paz, passei a mão em sua sobrancelha, em seu nariz, em sua bochecha, senti essa necessidade, sentia que precisava lhe dar carinho. Chanyeol ainda tinha traços quase infantis, imagino se isso mudaria muito nos próximos anos, os quais muito provavelmente passaríamos juntos.

Me ajeitei novamente em seu abraço, escondi meu rosto próximo da curvatura de seu pescoço, sentindo seu cheiro se desprender de sua pele. E então finalmente pude ver a sua marca, no lado aposto de seu pescoço, a qual eu havia lhe feito.

Estava cicatrizando, passei o indicador no local carinhosamente, havia ficado realmente bonita, era precisa, bem delimitada, passava confiança, ao menos para mim. Será que a minha seria como a dele? Não tinha coragem de a olhar novamente, desde aquela manhã, quem a limpava era a minha mãe. Será que ele sentiria o mesmo que eu quando acariciasse a minha?

Fiz carinho no local, enquanto pensava nisso, Chanyeol enrugou a sobrancelha ainda dormindo, me fazendo tomar um pequeno susto, pensei que ele houvesse acordado, mas logo voltou a suavizar a expressão. Voltei a fazer carinho, nem ao menos sabia direito o motivo daquela carícia, só sentia que deveria fazer. Permaneci lhe dando carinho até me cansar e voltar a relaxar próximo ao seu peito, me perdi no tempo, a muito não me sentia tão descansado, relaxado, parecia tão certo.

Chanyeol de repente suspirou de forma alta e se mexeu, se afastando de mim, fiz o mesmo, e passei a o encarar.

-Bom dia. – disse ele a mim, sonolento, enquanto se espreguiçava.

-Bom dia. – respondi meio sem jeito, as coisas não estavam boas, e tudo o que eu queria era permanecer dentro do abraço dele. – Dormiu bem? Se sente menos cansado? – indaguei pegando meus óculos no criado mudo.

-Dormi sim. – disse ele, se sentando e arrumando seus cabelos. – Me sinto melhor que ontem. E você?

-Me sinto preguiçoso. – respondi bem humorado, voltando a me deitar de lado para poder olhar para o Park arrumar seus cabelos.

-Está com fome? – indagou ainda meio letárgico.

-Não muito. – respondi, observando Chanyeol se deitar novamente, desta vez virado para mim.

Aquele momento me fez lembrar do nosso primeiro cio juntos, quando ele testou os supressores na primeira vez. Eu podia ver de perto o rosto dele, seus olhos sonolentos, seu rosto denunciando que ele havia acabado de acordar.

Me senti nostálgico, naquela época nossos problemas eram tão menores. Fez se silêncio, era algo confortável, não sentia a tristeza de Chanyeol tão gritante, e eu tão pouco me sentia agitado como antes.

-Me perdoa? – pedi, quebrando o silêncio, olhando no fundo dos seus olhos. – Me perdoa por ter te acusado de uma coisa que eu não tinha a absoluta certeza? – indaguei. Chanyeol me encarou de forma calma, e pareceu começar a pensar.

-Só vou te dar essa resposta quando você me garantir que se lembrou de tudo. – respondeu calmo.

- Chanyeol... – resmunguei. – Você por pressão só vai lentificar o processo.

-Não estamos com pressa, estamos? – indagou me encarando. – Não quero correr o risco de você me acusar novamente.

- Eu acredito em suas palavras. – falei me sentindo meio desesperado, já que aquilo poderia levar algum tempo até acontecer, e eu queria voltar a ficar junto dele quanto antes. – Acredito em você Chanyeol.

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