La Lune

2. Quase familiarizado

Baekhyun

Após o casório, Chanyeol e eu, viveríamos debaixo do mesmo teto, as duas famílias haviam comprado um apartamento para nós. Não escolhemos localização ou coisa do tipo, eles simplesmente escolheram um e deram para nós o imóvel.

Eu tinha maturidade nenhuma para aquela situação, mas teria que passar a lidar com tal.

Fizemos um quadro, onde dividimos os afazeres domésticos entre nós dois, Chanyeol era bem maleável e fácil de lidar, o que facilitou bastante as coisas.

-Você pode ficar com qualquer quarto Baekhyun. – Chanyeol se pronunciou assim que entramos no novo lar, que ainda não tinha cara de lar, era só um monte de cômodos montados por lojas de departamentos. – Depois escolho o meu. – ótimo, ele não desejava dividir o mesmo quarto, o que significava mais privacidade.

Naquele instante, mesmo cansado e abatido, cheguei a conclusão de que poderíamos levar aquilo como amigos e ficaria tudo bem, a localização do apartamento era boa, próxima da Universidade de Seul, a qual eu havia sido aceito antes de terminar o ensino médio, poderia me capacitar para assim administrar os negócios da família.

Não lhe respondi naquele primórdio de diálogo, abri a primeira porta que encontrei, tirei meu blazer e dormi.

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A primeira semana foi tranquila, quase não nos falávamos só o essencial, minha mãe veio me visitar, os pais de Chanyeol o ligava às vezes. Quando percebi já faziam praticamente três meses desde aquela cerimônia ridícula.

Neste espaço de tempo, havia descoberto algumas coisas sobre ele, Chanyeol era um pouco mais novo que eu, menos de um ano, eu tinha 22, ele ainda estava com 21.

Era um tanto quanto tímido, adorava ficar em casa, enquanto eu sempre que podia estava junto da minha mãe ou de meus amigos.

Ele já havia ingressado em uma universidade fora do país, na Alemanha para ser mais exato, no entanto teve que abrir mão e voltar a Seul... por motivos de casamento arranjado.

O Park gostava de tocar violão, às vezes eu ouvia do meu quarto, era fã de história em quadrinhos, as americanas, e dos mangás japoneses, adorava filme de super heróis e ser ficção científica.

A convivência não era de todo o ruim, cada um tinha seu canto, nem o banheiro dividíamos, poderia até mesmo continuar meus encontros com Sehun, se ele não houvesse sumido do mapa após o casamento.

-Cheguei. – ouço a característica empolgação na entonação da voz de Chanyeol, mas nem me dou o trabalho de tirar meus olhos do notebook, precisava terminar aquele trabalho quanto antes. – Ei Baek. – ele me chama assim às vezes. – Vamos pedir pizza? – perguntava, enquanto parecia concentrando em seu celular.

-Tá. – afirmei indiferente, o olhando por cima das lentes dos meus óculos.

-Vou pedir então. – respondeu, e esse foi nosso diálogo mais longo da semana. – Algum sabor de preferência? – Chanyeol indagou, mas eu o ignorei. – Tudo bem então.

Em alguns momentos do meu cotidiano tenho a impressão de que ele quer se aproximar de mim, porém, está possibilidade não está em meus planos de matrimônio.

Por mim nem mesmo dividiria o mesmo apartamento, poderíamos ficar casados somente no papel.

Infelizmente devido aos nossos nomes e do peso que nossas famílias tinham, precisávamos viver nesse teatro, até mesmo nas redes sociais precisávamos fingir. E tirar fotos de casal com Chanyeol não era fácil, tentamos uma vez e foi bem complicado. Padrões sociais serão sempre algo cruel.