Capítulo 22

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— é como dizem meus avós, as vezes para vencer um inimigo, saimos machucados da guerra!— falou Alice dramatizando  depois de me contar o que ela fez, por alguma razão ela estava tentando me convencer a ficar do seu lado, sendo que eu nem fiquei contra.

— sem exagero Alice!— diz Tyler.

— e em outros casos é tipo, eu vou mais te levo junto!— falou Emma e eu sorri baixinho, Tyler balança a cabeça.

— só que essa frase tem mais haver com a Ágatha, do que com vocês!— digo meio cansado, elas voltam a falar.

— pode até ser...

Alice sabendo que Ágatha poderia sair como vítima, juntou todas as meninas que ela já tratou mal e como ela disse, marcharam para a diretoria, elas conseguiram fazer um certo estrago na imagem de menina inocente que minha prima adotiva repassava perante os adultos, mas elas também se  queimaram, por assim dizer, uma reunião para os pais e todos os funcionários do colégio está sendo marcada. Alguns alunos tinham um certo medo de seus pais no colégio, minhas duas amigas eram desse tipo.

— agora a psicóloga vai ficar no nosso pé também, mas valeu a pena!— disse Emma.

— se a Ágatha já não era simpática antes, agora vai ficar pior!— falou Tyler.

— acho que não, ela vai ficar na dela, pelo menos por enquanto!— digo.

— ela pediu desculpas a cada uma de nós sabia, se eu tivesse nascido ontem até acreditaria naquele showzinho barato!— murmurou Alice.

— como o meu tio estava?— perguntei preocupado com ele, não deve ser fácil saber que sua filha é uma mentirosa.

— lindo, o cara é mais bonito pessoalmente, parece uma versão mais delicada do seu pai!— falou Emma,  e eu suspiro desistindo de saber o que quero.— por isso os filhos são tão belos!

— demais, eu fiquei até nervosa, claro que ele é do mesmo time que o nosso!— elas sorriram muito, tyler saiu de perto negando com a cabeça, e eu passei a mão no rosto. — mas não deixa de ser um homão, ih  isso soa muito vulgar?

Não prestei atenção nelas, fiquei com o pensamento longe, ou talvez nem tanto, já que se tratava dele... Do Thiago, qualquer esforço que faço para não pensar nele é em vão, ainda mais agora que parece, que ele precisa de uma certa orientação, mas isso estava claro, o que eu sou nunca foi um problema, posso ser jovem e sei que posso mudar, já que crescemos e nossa personalidade muda ou é adicionado novos gostos e interesses, mas isso não muda, então naquele momento decide que se ele, se aproximar de mim, eu irei conversar com ele, tentar ajudá-lo, talvez até Fernanda possa conversar com ele, é isso,  talvez até... Não, talvez ele só esteja confuso o que não quer dizer que nós dois ficaremos juntos... Como no fundo do meu coração eu ainda quero. Mas agora ele ficar bem, para mim, é o mais importante. Porque de alguma forma a culpa é minha.

                        

                      ★★★

Quinta feira, depois de passar uma hora e meia estudando e fazendo tarefas da escola em casa, fiquei com uma vontade enorme de andar de bicicleta, olhei para a janela do meu quarto aberta e o sol estava fresco, sem dar sinal que iria chover, então levantei, calcei meus sapatos e sai do quarto.

Era três horas da tarde, avisei minha mãe que iria dar uma volta, ela deixou, peguei minha bicicleta e sai pedalando. Em alguns momentos acelerava o movimento das minhas pernas, o que fazia eu ir mas rápido, era bom, muito mesmo, dava uma sensação de liberdade, via alguns conhecidos que acenavam para mim. Já estava bem distante da minha casa, e não queria voltar agora, mas logo a frente uma certa casa estava com a garagem aberta, e a sua frente um carro bem bonito estava meio molhado, mas não foi isso que chamou minha atenção, mas sim o cachorro enorme que já me olhava... Ai...meu...deus.

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