Capítulo 30 part 1

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Depois de todo aqueles trâmites policiais, nós fomos para casa. Ainda bem, pois eu estava cansado, faminto e sonolento. Passava das 10 horas da noite.

Felizmente eu não era o centro das atenções naquela ocasião. Eu me senti muito mais aliviado por isso. Mas sabia que teria que tratar daquele assunto com minha mãe e pai, em breve. Só de pensar em mencionar que quase fui abusado, sinto uma certa vergonha… Mais se o que papai estiver pensando for mesmo o quê quase aconteceu, não terei como desmentir, se ele me pressionar.

Na verdade, no fundo, acho e sinto que preciso contar, por mim mesmo, talvez até me sinta melhor, depois. Quem sabe?

O Nath veio conosco. Não sei como o meu pai conseguiu isso, mas foi perfeito, era isso ou ele ficaria em algum outro lugar com outras crianças, naquele mesma situação, ou até mesmo sozinho. Ainda bem que O pessoal do conselho tutelar— E quem mais fosse— aceitou. Papai tinha influência. Nathaniel ficou assustado, na verdade, ainda estava assustado com tudo, era perceptível. Só queria está perto de mim e da minha mãe. Eu não saí do seu lado um minuto, ele mesmo não queria isso.

Ele olhava para cada canto da minha casa. E abaixava os olhos para a minha família que nos enchia de perguntas, mesmo com delicadeza. A minha avó grudou em mim como chiclete, vovô também. Papai falou que tínhamos um novo hóspede, quando minha irmã perguntou quem era o Nath. Ela não gostou muito dele alí, ela tinha os olhos apertados para ele. Uma vez ela já me falou que tem um certo medo dos nossos pais quererem ter mais filhos. Segundo ela se eles terem outro menino, eu serei jogado de lado, se for outra menina, então será ela. A mesma disse que irá fugir, não sei para onde, caso isso aconteça. Drama Queen!

Tudo ocorreu de uma maneira bem leve. Ninguém tocou no assunto em si, para não assustar mais ainda o meu amigo. Embora fosse necessário, não é? Em breve?

Mesmo sendo tarde, nós comemos um jantar delicioso, aí como estava bom. Nathaniel não queria comer, mas depois de ter provado, até repetirá. Todos nós olhamos para ele, mas disfarçamos para não deixa-lo mais sem graça. Ele não sabia como se comportar com as atenções dos meus pais consigo. A Pérola chamava a atenção todo instante, seu ciúme estava muito visível. Ela deveria está dormindo naquele horário. Isso sim!

Eu estou infinitamente contente dele está aqui conosco, sendo bem tratado como todos no mundo merecem. E bem longe daquela bruxa.

Vestido para dormir e de banho tomado. Eu estou sentado sobre minha cama com meu pai do lado, fazendo um curativo no meu braço. Está doendo muito agora, engraçado que antes não estava.

Estávamos em silêncio. Nathaniel tomava banho, ele iria dormir no meu quarto.

— Pronto, Terminei!— diz ele acariciando meu braço, subo meus olhos e encontro os seus. — Ainda dói?

— Um Pouquinho! Mais está pomada é ótima, logo passa!— bocejo quando termino de falar.— Obrigado!

— Você fez muito certo em ligar para mim filho!

— Eu sei e... Obrigada por ter acreditado em mim!

— Eu sempre vou acreditar em você!— Ouvi isso me faz sorrir.— O mundo inteiro pode dizer o contrário eu sempre vou acreditar em você. Não queria que passasse, nunca, por coisas ruins, eu sempre falei para você e sua irmã que qualquer coisa que acontecer vocês podem me contar!— Isso foi lindo, mas eu sabia que era uma indireta. Suspiro e confirmo.

— Sim!— Ele ficou meio surpreso.— Aconteceu algo e eu não contei… Ma-mas não chegou acontecer… Não se preocupe, eu fiquei bem! Eu estou bem!— Minha voz saiu toda descontrolada.

Caminhos não ImaginadosOnde histórias criam vida. Descubra agora