Capítulo 29

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       Assim que terminou a última aula, fui ao banheiro, pois estava bastante apertado e nem poderia ser diferente, meu lanche foi totalmente líquido. Nada mais descia e tudo por causa daqueles pares de olhos verdes sobre mim, o clima entre a gente estava tão tenso quê, foi percebido pelos nossos colegas e dizer que nada aconteceu, foi mais difícil do que parece.

Além de está na cara que estávamos mentindo.

Trocamos duas palavras, no máximo.  Toda essa situação está horrível para mim. Era como se estivesse chovendo apenas em minha cabeça.

O alívio de esvaziar a bexiga é imediato e ao mesmo tempo longo. Agora do meu cérebro, alguma coisa me diz que vai custar. E isso se provou, assim que sair da cabine. Lá estava ele, encostado na parede, suas cores ofuscava o lugar totalmente branco, a surpresa me fez parar um segundo. Aperto meus lábios e vou em direção às pias, lavar minhas mãos.

— Nós temos que conversar!

— É… Mais agora não, nossa discussão está muito recente e eu estou bem cansado!

— Se você está com raiva do que falei do seu seu pai, ontem, foi mal, falei aquilo sem pensar!

—  Pois bem, já que você veio atrás de mim e tocou nesse assunto, vamos tratar dele. Percebe que desde a primeira vez que você e ele, não foram muito com a cara um do outro!— ele balançou a cabeça positivamente, revirei os olhos internamente.— Meu pai disse que você fica tipo desafiando ele com o olhar, e isso não é uma atitude respeitosa,  então eu pergunto, para que isso, e aliais que você tem contra ele?

— Contra ele, nada… Ah você fala como se só eu fizesse isso… Por acaso ele disse como olha para mim?

— Normal!?

— Hunhum é muito normal!

— Então diz logo como é que meu pai te olha, eu não tenho o dia todo!— Ele fica surpreso com minha impaciência.

— Como se eu não fosse bom o bastante!

— Bom o bastante para que Thiago?

— Para ficar com você oras!

— Isso não faz o menor sentido! Meu Deus, ele nem sonha sobre nosso envolvimento!

— Mesmo assim eu vejo isso nele, acredita em mim ou não?

— Acho que os dois estão equivocados, julgando um olhar, sem nem se conhecer direito. Não consigo ver à causa disso, na boa!

— Por sua causa é claro!— Ele se aproxima, não acredito que está jogando isso na minha responsabilidade.— Nunca viu ou ouviu falar que sogro e genro se estranham!?

— Talvez… Se fosse o caso. Vocês dois estão muito distante disso!

— Verdade!— concorda, meio contrariado.

— Então sugiro que você pare de olhar para ele com implicância tá! Vou falar com ele também, isso vai ser resolvido,  era só o que me faltava os dois não se darem bem por minha causa!  E você é o pior, sabe da gente e ainda faz isso!— repreende mesmo.

— Vai ficar me repreendendo?— Ele fecha a cara para mim.

— Sim… É importante para mim que o meu pai é o garoto que eu gosto se dêem bem!— Ele mostrou um sorriso. Lindo, aliás.— Eu preciso ir agora!

— A-assim?— Faço cara de desentendido.— A gente não vai nem é… Beijar?

Só pensa nisso… Mas é tão lindo. Eu quase vou lá, beijar ele.

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