Capítulo 32 - Perdão

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    Segui trabalhando duro nos últimos dias tentando conciliar a retomada do projeto, e atender a necessidades que a Aston exigia. O primeiro passo foi juntar as novas informações das pesquisas com as antigas, para que pelos menos, soubéssemos com mais clareza o que e porquê não conseguíamos fazer uma entrada que fosse compatível com o chip de Alexa.

    Lembro que no início tínhamos diversas informações, dados e arquivos que nos deixavam tão confusas ao ponto de não saber por onde começar. À medida que os erros iam surgindo, algumas delas iam sendo descartadas, cessando qualquer chance que pudesse nos levar a cometer o mesmo erro. De lá para cá tudo mudou, e agora eu tinha que me esforçar para ir atrás de mais arquivos que o meu pai pudesse ter deixado para trás, já que ele apagou quase tudo depois de ter finalizado o projeto.

    Depois de muita insistência, Raven me convenceu de que era necessário conversar com Jaha para saber se ele tinha alguma informação que pudesse nos ajudar, mas a verdade é que eu já deveria saber que apesar de ter trabalhado com o meu pai, ele só fez parte da construção e não da criação. Foi a última vez que falei com ele, até eu decidir que aquilo não voltaria a se repetir.


    Tenho plena consciência de que com as poucas informações que encontrei, não vou chegar nem perto de obter algum sucesso no dia do teste, o que me dava a sensação de estar em meio a um círculo vicioso com a tendência de piorar. Independente de todas as dificuldades, eu sabia que seria muito bem recompensada e que minha vida voltaria ao normal com ela, mesmo não sabendo direito o que é ter uma. Mas ficar com os olhos fixos no computador e com a caneta na mão, foi a melhor forma que encontrei para não passar muito tempo pensando na garota que estava a mais de mil e seiscentos quilômetros de distância de mim. Eu sei que se ela tivesse aqui, já teria me ajudado a escolher um presente descente para o casal.

...


    Agora Octavia era a segunda pessoa a saber da garota. Peguei o travesseiro enterrando em meu rosto.

- Você solta uma bomba dessa e fica aí calada? – Ela puxa o travesseiro de mim – Fala, Clarke! Conta como foi?

- Eu já disse! Ela chegou à minha sala e quando a vi pela primeira vez pude jurar que era Alexa, mas depois pensei... Pensei que não teria como ser ela. Achei que tivesse enlouquecido de vez.

- Mas se você sabia que ela existia, por que nunca foi atrás dela?

- Porque achei que não fosse fazer diferença. Eu nem a conhecia e, além do mais, não era com ela que eu me importava – Pego o travesseiro de volta.

- Então o que fez você mudar de ideia tão rápido?

    Tudo, exatamente tudo. Não estou me referindo ao fato delas terem a mesma fisionomia, mas o que eu senti da primeira vez que a vi, foi o que eu precisava naquele momento. Esperança.

    Como eu poderia demonstrar para Octavia o que realmente se passou comigo naquela hora, talvez colocando ela no meu lugar ajude.

- Qual foi a primeira coisa que veio na sua cabeça, quando viu Lincoln pela primeira vez?

- Que ele era muito gostoso – Diz como se fosse óbvio.

- Não, Octavia! - Abri a boca incrédula. Não era nesse ponto que eu queria chegar – Depois disso...

- Que ele teria muita sorte de me namorar?

- Meu deus, garota. Quando foi que você achou que ele mudaria a sua vida?

Clarke + A-Lexa - ImpossibleOnde histórias criam vida. Descubra agora