Capítulo 4 - A Entrega

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8:25 A.M Sábado - 02/Dezembro



    Hoje acordei mais esperançosa que ontem, se for comparar os horários que eu venho acordando esses dias, posso dizer que hoje eu me superei. Antes mesmo das 07:00 A.M eu já estava em pé em pleno sábado. 

  Todos os dias que eu acordava e me deparava com o tempo limpo e com o sol brilhando pela janela como hoje, eu só agradecia. Porque um tempo fechado poderia estragar a minha única vontade de levantar da cama.  

    Octávia combinou de me pegar pra tomar café às 8:30 a.m, mas antes das oito eu já estava arrumada. Eu estava com uma camiseta branca bem confortável e com meu cabelo preso. 

    Eu estava aguardando sua chegada no banco da varanda de casa.  Estava muito agradável esperar ali, acho que eu já estava esperando por um bom tempo, mas os minutos estavam passando e eu nem me importava com isso.


- Olha a minha menina aí!

    Eu estava com a cabeça tão longe, que mal vi Octávia chegar de carro e parar em frente a casa. Ela estava tão feliz por me ver, que nem se quisesse esconder isso não conseguiria, na verdade ela não fazia questão de esconder os seus sentimentos. Queria ser assim como ela, só a sua presença levanta qualquer astral.

- Achei que não vinha mais. - Disse me dirigindo a ela dentro do carro - E ae, como você está?

- Eu que te pergunto. Como você está?

- Estou...

- Antes que me responda, vamos tomar café primeiro, estou morrendo de fome. Ela disse me interrompendo como de costume, era uma mania dela.

    Dei uma pequena risada me dirigindo a porta do passageiro e em seguida entrando em sua caminhonete que por sinal era muito bonita e moderna, Octávia era diferente dos "padrões" das outras meninas, ela era durona, mas no fundo bem no fundo um coração bom. Acho que era isso que nos tornava amigas, melhores amigas pra falar a verdade.

    Ao fechar a porta fui surpreendida com um forte abraço e nele um significado de saudade. Ela se afastou e sorriu pra mim e eu apenas retribui com um sorriso sem jeito. 

- Coffe Boke? - Ela perguntou ligando a caminhonete. 

    Coffe Boke era uma cafeteria que ficava no centro da cidade, era a nossa cafeteria favorita, nós frequentávamos esse lugar desde pequenas. Fiz um sinal de positivo e então rumamos para Boke.

    O café estava menos cheio do que o normal, mas nada era possível fazer a nossa fome passar aquela hora, quer dizer... Um café e um bolo, isso sim era possível. 

    Octávia estava tão ansiosa pra que eu contasse como eu estava passando esses dias que ela mal deixou eu apreciar o café direito, ela apenas ficava fazendo várias e várias perguntas e eu apenas pedia para que ela esperasse eu terminar.

- Você pode falar enquanto come, preciso saber das novidades.

    Ela não iria desistir enquanto eu não começasse a contar sobre meus últimos meses, porque desde a morte do meu pai, eu e Octávia não nos encontramos pessoalmente, o máximo era uma conversa por vídeo, mas por opção minha, pedi pra ela um tempo de luto.

Clarke + A-Lexa - ImpossibleOnde histórias criam vida. Descubra agora