Perguntas em branco

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Jungkook

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Jungkook

Não estava conseguindo raciocinar para entender o que acontecia comigo, apenas sabia que tinha algo muito estranho acontecendo, e mesmo que eu tentasse pensar sensatamente, analisando a situação e supondo que eu poderia estar passando por estresse pós-traumático, percebi que não faria sentido, porque tinha absoluta certeza de que aquelas mãos, pernas e voz não pertenciam a mim, muito menos aquele vestido azul escuro cheio de bolinhas brancas.

Acabei por levantar da cama num pulo, arrancando o fio que ligava o soro ao meu braço, levando a mesma junto, o que me causou dor, mas eu não estava me preocupando com aquilo agora, apenas queria sair dali e procurar alguém conhecido que poderia me ajudar a entender o que estava acontecendo. 

Me sentia tonto enquanto caminhava até a porta do quarto, parecia que os objetos estavam mais baixos, tudo parecia esquisito, e eu sabia que não era apenas porque eu estava num hospital desconhecido por mim, minha estatura parecia modificada, e meus pés descalços também doíam com o frio do piso, o que me fez olhar para baixo e constatar que aqueles pezinhos pequenos e de unhas esmaltadas não pertenciam a mim também. 

Mas ignorei minha falta de calçados e o estranho ventinho que entrava por baixo da saia do vestido e andei em disparada até a porta, a abrindo e vendo um corredor longo e cheio de pessoas, ignorei os olhares curiosos e me pus caçar por alguém de confiança, já que possivelmente todos envolvidos no acidente estavam naquele hospital, porém era bem assustador se sentir perdido, e se isso já não estivesse me deixando apavorado o suficiente, piorou quando me dei conta de que enquanto eu corria, algo pesava e balançava em cima meu peito, algo que ia subindo e descendo, causando desconforto...

Levar as mãos até ali foi o momento mais aterrorizante, pois pude constatar que havia dois volumes estranhos ali, os quais apertei com ambas as mãos e quase tive meus olhos saltando de suas cavidades ao perceber o que parecia ser aquilo, afinal eram como seios femininos, não que eu já tivesse pegado em muitos, mas com certeza pareciam ter o mesmo formato e textura. 

Algumas pessoas começaram a me olhar estranho no corredor, já que continuei a espremer aqueles troços moles por um tempo, minha expressão não deveria estar das melhores, eu conseguia sentir o pavor transparecendo pela minha face enquanto esmagava os dois bolinhos de carne.

Os soltei quando senti que entraria em colapso se continuasse tocando ali, porém tirei a mão do local apenas para levar até minha nuca, onde eu sentia algo pinicando e também golpeando levemente minhas costas cada vez que corria, e como o esperado, encontrei cabelo quando meus dedos chegaram lá, entretanto não os meus cabelos curtos e aparados, e sim longos fios presos num rabo de cavalo.

Um grito alto e desesperado fluiu para fora da minha garganta quando puxei as madeixas para frente com bastante força, constatando que estavam mesmo presos a minha cabeça, nesse instante pude ouvir voz de alguém perguntando se eu estava bem, acabou me despertando, mas não olhei para ver quem tinha vindo falar, apenas me coloquei a correr mais uma vez, olhando em volta completamente sem rumo, até perceber que havia acabado chegando em uma sala de espera, os presente me olharam confusos, mas não dei atenção, entender o que estava acontecendo era mais importante.

Junção Púrpura ||ji•kook||Onde histórias criam vida. Descubra agora