Bochechas Vermelhas

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Jungkook

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Jungkook

Minha cabeça estava uma grande bagunça, os pensamentos gritavam e isso me impossibilitava de pegar no sono, acabei por passar quase a noite inteira acordado, observando as estrelinhas brilhantes no teto do quarto de Yumin, tentando não me desesperar com os imagens de meu futuro onde eu ainda me via preso no corpo errado.

Tinha ficado conversando com a família Jung por um tempo, eles tentavam me aconselhar e também continuavam a me dar esperanças, mas eu percebia que eles não estavam realmente tão cheios de fé assim, suas expressões abatidas não eram apenas por Yumin estar no hospital, era também por saber que aquilo tudo poderia acabar muito mal.

A senhora Jung havia me dito algumas horas antes d'eu ir para a cama que eu deveria tentar me manter o mais distante possível da verdadeira Yumin, ou seja, se eu tentasse realmente ser ela, isso poderia fazer o corpo começar a me reconhecer como o verdadeiro hospedeiro, e se isso acontecesse, um feitiço de reversão não seria o bastante para me trazer de volta para meu corpo verdadeiro.

Para encurtar a explicação: basicamente eu podia disfarçar na frente de terceiros, porém não podia perder a minha verdadeira essência, por fora eu era Yumin, mas por dentro tinha que manter o Jungkook vivo, com meus pensamentos, opiniões e gostos válidos, pois se me desprendesse da minha personalidade, poderia nunca mais conseguir recuperar.

E se na hora da troca, o corpo de Yumin não reconhecesse a alma dela, eu continuaria preso e ela também. Isso se o meu corpo saísse no coma, o que também não era uma certeza ainda e aumentava as chances de nunca mais ter minha vida de volta.

Meus pensamentos rodavam nisso por horas, somente percebi que não havia conseguido dormir quando os primeiros indícios de luz do dia começaram a entrar pelas frestas da janela do quarto, foi o momento em que me levantei e decidi tomar um banho, tentando afastar o sono que fazia meus olhos ficarem pesados.

Mas antes desfrutar da água morna, tive que fazer uma coisa que nunca pensei na minha vida que encararia como algo estranho e constrangedor: fazer xixi.

Sequer olhei pra baixo após me sentar sobre o vaso sanitário e esvaziar a bexiga, pensando que eu deveria ter usado a técnica de me sentar antes, pois era bem mais seguro para mim que nunca tive uma boa mira assim que acordava, do que ficar em pé correndo o risco de mijar mais fora do que dentro da privada pela manhã.

Após isso veio o segundo momento vergonhoso, que era ter que despir um corpo que não era meu, mas decidi simplesmente continuar vestindo as peças íntimas ao entrar embaixo do chuveiro, até havia me esquecido que agora meu cabelo não era mais curtinho e isso acabou me fazendo levar um susto quando todos aqueles fios molhados escorreram sobre meu rosto.

Tirando a parte cômica do início daquele banho, o resto se seguiu bem, acho que fiquei até tempo demais sentindo a água morna escorrendo lentamente por toda a pele, tanto que foi difícil ter que sair e encarar o ar gelado que veio em seguida, porém não havia como passar o resto do dia dentro daquele box, mesmo que eu quisesse.

Junção Púrpura ||ji•kook||Onde histórias criam vida. Descubra agora