Capítulo 1

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Ana

Acordei animada, pois hoje é o dia em que eu irei entrar na escola em que minhas melhores amigas estudam, eu esperei por muito tempo minha mãe decidir me mudar de escola, por conta de a que eu estudava ser muito longe de onde eu moro.

Estou muito feliz por rever minhas amigas, mas me sinto acanhada por ser a novata, sei que com a Milena e a Cris eu não irei me sentir sozinha... Quando éramos mais novas eu e as meninas fizemos uma promessa de terminarmos o Ensino Médio juntas e vamos conseguir cumprir essa promessa.

Estou confiante que hoje será um ótimo dia e tudo dará certo!

Depois de arrumar meus materiais e tomar o café da manhã, saio de casa seguindo caminho para o meu novo destino, eu estava a uma quadra de distância, e já comecei a ouvir as vozes dos alunos no portão de estrada, demorou cerca de 5 minutos para chegar.

Quando estava próxima ao portão de entrada vejo algumas pessoas começarem a me encarar, caminho rapidamente para um lugar onde não tinha muitas pessoas, pego meu celular para que eu possa me distrair, não se passa muito tempo e vejo minhas amigas chegando, quando elas me notaram as mesmas vem em minha direção correndo.

Depois que separamos do abraço, Milena começou a me contar sobre tudo o que acontecia naquela escola, a Cris me contou sobre cada grupinho e elas me mostraram cada canto daquele lugar.

Estávamos em um corredor quando me deparo com um grupo de meninos que estavam vindo em nossa direção, eles passaram por nós me encarando, senti um arrepio em minha espinha que foi aterrorizante, a aura deles é pesada!

Não gostei deles...

– Meninas, quem são esses caras? - perguntei inocentemente. – Eles são novos igual a mim?

– Não! Eles estudam aqui desde que eu me mudei para essa escola, parece que não gostam de ninguém, sempre andam de cara fechada e são bem estranhos! - afirma a Milena me olhando. – Eles são conhecidos como os meninos mais misteriosos da escola, não falam com ninguém e quando alguém tenta alguma aproximação eles fazem desdém da pessoa, como se eles fossem superiores aos outros.

– Como eu queria que eles falassem comigo! Seria um sonho! - diz Cris suspirando.

– Não fui muito com a cara deles! Está explicado porque eles não têm amigos! – falo revirando os olhos. – Algo neles me diz para ficar longe. – digo olhando para Cris, que faz uma careta, nos fazendo rir.

Escutamos o sinal tocar, indicando que a primeira aula irá começar, sinto meu coração começar a acelerar, pois eu sabia que seria apresentada para a sala e odeio ter que ser o centro das atenções!

Quando adentramos na sala, me sentei na penúltima carteira do lado da porta, atrás de mim se sentou a Cris e a minha frente a Milena. A sala inteira estava conversando sobre assuntos aleatórios quando do nada o falatório desaparece, olho em direção a porta vendo os garotos que me encararam mais cedo entrando, minhas amigas como todos ficaram chocados.

Os quatros garotos olhavam para todos com a mesma expressão de seriedade, todos só foram despertar do choque, quando a professora entrou na sala.

– Olá sei que já me conhecem, então serei breve em minha apresentação, sou a professora Maria e serei a professora de história! – ao notar os meninos em pé ela volta a se pronunciar. – O que fazem ainda em pé? – pergunta esperando uma resposta, porém ela não vem. – Gustavo sente-se ali. - disse ela apontando para a carteira do meu lado. – Vinicius sente-se ali, Nicolas ali e Eduardo ali... – eles a obedeceu sem reclamar, ao arrumar seu material, ela volta a olhar para a turma, Maria analisa cada rosto daquela sala até seu olhar cair sobre mim. – Turma temos uma aluna nova, por favor querida, se levante e apresente-se. - neste momento eu senti meu rosto queimar de vergonha.

– Oi gente... Bom, eu sou a Ana e tenho 16 anos... É isso... – não consigo dizer mais nada, estou muito nervosa. A professora me olhou insinuando que eu não precisava falar mais, pois ela percebeu que eu estava com vergonha.

A mesma começou a aula, no começo eu achei que ela era legal e gentil, porém eu estava enganada, ela começou a implicar com tudo e com todos, sem um motivo aparente, mas em compensação a matéria é muito boa, gosto de história, sinto que essa professora irá ser um pé no saco o ano inteiro.

Quando a aula acabou eu dei graças a Deus, por causa que eu não aguentava mais aquela mulher, ela é insuportável! 

Vejo algumas pessoas indo para a porta esperar a outra professora chegar, como eu sou uma pessoa curiosa e minhas amigas também, nos juntamos a eles, reparei que a Cris não parava de olhar para o Gustavo, parecia uma boba apaixonada, mas conhecendo-a bem é questão de alguns minutos para ela mudar de opção.

– Ele não é um gato? - perguntou Cris retoricamente com uma voz melosa.

– Você gosta dele Cris? - perguntei a cutucando.

– Claro que ela gosta, ela não para de olhar para ele! - afirmou Milena rindo.

– Mili tá maluca!? - exclamou Cris quase gritando.

– Calma aí fera! - digo e elas riram.

– E você Ana? Qual você achou mais bonito? - perguntou Milena me olhando levantando uma de suas sobrancelhas.

– Não me coloca no meio não! Eu cheguei hoje! - afirmo olhando para elas que soltaram algumas risadinhas. – Não gosto de ninguém, sou desapegada para gostar de gente metida. – digo seguindo para o meu lugar.

Quando a nova professora chegou todos correram para seus lugares, a mesma estava com um sorriso falso, que estampava em sua face o desgosto de dar aulas.

– Sou a Carla professora de português, sei que temos alunos novos e talvez em sua antiga escola não tinha essa matéria, então irei passar um trabalho em dupla, para me entregar depois das férias... - na hora que ela disse a Milena me olhou e percebi que ela queria fazer o trabalho comigo. – E para a felicidade de todos, vocês irão fazer o trabalho com o colega do lado. – ao terminar sua fala olhei para a Milena que estava olhando a professora com ódio.

Percebo que o garoto ao meu lado se levanta e caminha em minha direção. – Posso colocar minha carteira junto a sua? Ou você vai levar a sua até a minha? - perguntou com uma voz suave, olhando nos meus olhos, estranhei de primeira, pois achei que seria rude e refutar a professora dizendo que não iria fazer o trabalho comigo.

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A EscolhidaOnde histórias criam vida. Descubra agora