Capítulo 9

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Boa Leitura  

Ana

Depois que a inspetora nos deu a notícia de que teríamos aula vaga, eu e as meninas descemos as escadas e fomos para nosso lugar de sempre, com a companhia desagradável de Leonardo, ele acha que me intimida, me olhando com cara feia, mas só estou aturando sua presença por conta da Milena, porque se não fosse por ela, ele nem estaria aqui.

Como eu estava com sede trouxe uma garrafinha de água junto a mim, mas ela estava quase vazia, então caminhei para o bebedouro, para enche-la e voltei tomando liquido até onde as meninas estavam, passando por uma das árvores eu comecei a sentir uma dor de cabeça intensa, mais dolorida das que eu já tive... 

Só o que me faltava!

Tentei voltar para a sala de aula, porém a porta estava trancada e não teria como pegar um de meus remédios de emergência em minha mochila, tentei convencer uma das inspetoras, mas ela não me ajudou, até que eu vi outra que parecia ser mais boazinha, na qual me ajudou.

Revirei minha mochila inteira e percebi que tinham acabado, só restava a cartela vazia, não pode ser!

Terei que incomodar a minha mãe no trabalho dela, se nenhuma das minhas amigas tiver remédio de dor de cabeça, pois eu não tenho em minha bolsa.

– Desculpa tomar o seu tempo, senhora, mas teria como deixar aberta só mais uns minutinhos, tenho que falar com as minhas amigas.

– Seja rápida menina! – diz ela me apressando.

Desci para onde minhas amigas estavam e vi minha visão ficar escura por alguns segundos, o que será que está acontecendo comigo, eu me alimentei antes de vir e tomei bastante água...

– Meninas vocês teriam algum remédio para dor de cabeça? - perguntei olhando para elas.

– Infelizmente eu não tenho! - afirmou Milena me olhando.

– Eu também não tenho... Sobe na secretaria e pede para ligarem para sua mãe trazer! - afirmou Cris me sugerindo e eu assenti.

Subi novamente as escadas indo para a sala onde deixei a inspetora esperando, mas ao chegar vejo que ela não está na porta e a mesma está novamente fechada, o corredor estava vazio, então não me preocupei de andar despreocupada, pensando se eu ligasse ou não para a minha mãe.

– Garota você está mexendo com as pessoas erradas. Não se meta em nosso caminho - ouço uma voz masculina atrás de mim, quando olho para trás vejo o Matheus amigo de Leonardo.

– Como assim? - perguntei indignada. – Eu não fiz nada para vocês!

– Você vai ver minha querida Ana, com o tempo você vai descobrir! Seja um pouco mais esperta e irá descobrir, siga o conselho que eu te dou, se afaste enquanto é tempo. - disse ele se virando, seguindo o caminho contrário do corredor sem ao menos me dar uma chance de perguntar algo para ele, não entendi o que ele quis dizer com isso..., mas sinto que não é uma boa coisa!

Saio de meus devaneios com o sinal tocando, senti uma pontada em minha fonte, mas tentei ignorar com das últimas vezes que eu não tinha remédio, não irei incomodar minha mãe em seu serviço, ao ver os alunos indo para a sala caminho junto a eles, pois sabia que a professora já estaria dentro da sala.

As aulas seguiram normalmente eu não consegui prestar muita atenção nelas por conta que eu ainda sentia dores, tentei algumas vezes ter foco e prestar atenção, porém eu me sentia fraca e mesmo que eu bebesse água para me hidratar, parecia que piorava, teve horas que minha mente voltava no momento em que eu me assustei com o Matheus e suas palavras ditas mais cedo.

Quando as aulas acabaram segui meu caminho para casa como de costume, chegando na mesma procuro a caixinha de remédios, essa dor não para mais! Quando a acho pego o remédio de enxaqueca, por ser o mais forte, subo para o meu quarto tomar um banho, pois eu necessitava.

O efeito do remédio estava surgindo e com isso veio o sono, acordo um pouco desnorteada vendo que já estava escurecendo e como não tinha ninguém em casa sem ser eu e os meus pensamentos em plena quinta-feira, descido ir para a casa da Milena, que era perto de onde eu moro, pois eu não estava afim de ficar em casa, tranco tudo e sigo meu caminho.

Eu estava andando tranquilamente até que sinto me uma mão me puxar, fiquei desesperada, pois a rua estava escura.

– Para onde você vai lindinha? - perguntou uma voz masculina, eu não conseguia ver seu rosto direito por conta da escuridão.

– Quem é você e o que quer? - perguntei tentando me soltar, por conta que ele estava me segurando muito forte.

– Você não me reconhece? - perguntou cínico – Eu sei quem você é! Eu te conheço a muito tempo, mas você nunca percebeu a minha presença, até hoje!

– Fala logo quem é! - a raiva já me consumia. – Me solta está me machucando sabia!

– Acho que não percebeu que sou de sua turma! - conta me soltando, dei um passo para trás e consegui ver seu rosto, ele era alto, tinha cabelos castanhos e olhos cor de mel.

– Eu não te conheço! Então não me venha com essas conversinhas de que me conhece..., e como você - eu estava falando, mas ele me interrompeu e olhei-o com raiva.

– Melhor descobrir sozinha não quero que saiba antes da hora e não vou te falar, mesmo que insista, se você tiver coragem descubra o quanto antes! - diz ele me olhando intensamente.

Não consegui responde-lo, pois o mesmo saiu andando e me deixou ali abismada...

Com a pressão e o susto que eu levei, na hora eu não conseguia assimilar sobre conhece-lo, mas parando agora para pensar, eu já o vi algumas vezes e parece que seu nome é Wesley.

Segui meu caminho para a casa da Milena, toquei a campainha e ela abriua porta, me dando passagem para entrar, nos cumprimentamos e subimos para o seu quarto.

A EscolhidaOnde histórias criam vida. Descubra agora