Capítulo 14

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Boa Leitura!

Nós estávamos distraídos com a conversa que nem me lembrei do propósito de eu estar aqui, mas como o trabalho é só para depois das férias eu estou tranquila a isso.

– Ana, desculpa a pergunta, mas como você conseguiu esse arranhão em seu braço? - perguntou o Gustavo apontando para um arranhão grande olhando para o mesmo.

– Esse!? - toquei na marca em meu braço. – Eu simplesmente não sei... Tenho ele desde quando eu nasci! - digo e eles se entreolharam, estranhei, porém não quis perguntar.

– Vamos assistir filme? - perguntou Nicolas mudando de assunto.

– Sim! - dissemos juntos.

– Qual seria o filme? - perguntei curiosa.

– Que tal um de terror? - Eduardo sugeriu, vi que minhas amigas não gostaram, mas eu amo esse estilo de filme.

– Acho uma boa ideia e vocês? - perguntei animada.

– Sim! - disseram os meninos, menos a Cris e a Milena.

– E vocês duas topam ou não? - perguntou Gustavo as olhando.

– Já que não temos escolha, topamos! - disseram por fim.

– Qual vamos assistir? - pergunto vendo a prateleira de filmes.

– Vocês escolhem! Que eu e o Gustavo vamos fazer pipoca! - afirmou Vinicius puxando o Gustavo do sofá, indo para a cozinha.

Vinicius

Quando a Ana disse que nasceu com aquela marca eu não acreditei no que estava ouvindo, pois é quase impossível termos achado a Escolhida de cara, mas quando o Gustavo disse que estava com pressentimentos sobre ela, eu desconfiei, por conta que ele era muito apegado a Margo, e do nada ele fica estranho depois de descobrirmos que nossa garota poderia estar viva.

Sabemos que tudo pode acontecer, mas é estranho uma criança nascer com uma marca daquele tamanho, ela poderia ter caído e machucado, mas ela disse muito convicta que nasceu com aquele arranhão!

Puxei o Gustavo para a cozinha, colocamos as pipocas no micro-ondas, só iremos fazer por causa das garotas, por que não comemos comida humana, guardamos esses mantimentos, em caso de algum fiscal vir em casa, pois moramos em uma floresta e sempre eles vêm para averiguar se ainda a casa está ocupada, por sermos vampiros se comermos essas comidas passamos muito mal!

– Gustavo eu acho que ela pode ser nossa escolhida, pois nenhum humano normal nasce com aquele tipo de marca! - afirmei olhando-o.

– Eu sabia que meu pressentimento estava no caminho certo, pois ela foi a única que conseguiu fazer com que eu me sentisse bem, tomara que ela seja nossa garota, e ainda não descobriu! - diz ele com um brilho no olhar.

– Ela não tem cheiro de bruxa ou até mesmo de vampira, ela se parece com uma humana! Podem ter colocado um feitiço nela para disfarçar seu cheiro... - digo pensativo, até que o micro-ondas apita, colocamos a pipoca em um tupperware e voltamos para a sala, vejo que estavam nos esperando.

– Nos esperando? - perguntou Gustavo retoricamente sorrindo.

– Sim! - disseram juntos.

Escolhemos o filme e colocamos para assistir, percebi que a Milena e a Cris na metade do filme já estavam assustadas e isso me fazia achar cômico, pois é engraçado ver humanos com medo...

Estava quase no final do filme, quando eu vi a Milena se tremendo de medo parecendo que não ia aguentar mais ver o filme, a Cris estava abraçando seus joelhos, no momento do susto vi que ela quase gritou, mas abafou-o com uma das mãos, já a Ana não demonstrava estar com medo e sim fixada em cada cena, ela parecia estar analisando cada personagem, quando acabou o filme, acendemos as luzes, com isso vi a Milena e Cris tentando disfarçar suas caras de assustadas.

– Que sono! – diz Ana bocejando. – Acho melhor irmos para casa meninas, está ficando tarde. - comentou Ana se levantando olhando para as garotas.

– Meninas, está bem tarde e vocês parecem com sono, se não haver problema, vocês podem dormir aqui em casa essa noite! - convido-as sendo o mais gentil possível.

– Estou com sono, por mim eu ficaria, depende delas agora. - diz Cris bocejando.

– Por mim tudo bem, só depende da Ana... – comenta Milena olhando para a Ana que parecia confusa.

– Vou aceitar, só por que está tarde! - afirma Ana a olhando séria.

– Porém só que tem um probleminha! - diz o Eduardo olhando-as.

– E qual seria? - perguntou Milena olhando-o.

– Uma de vocês vai ter que dormir no mesmo quarto que um de nós! - afirma Nicolas soando gentil.

– Como? - perguntou a Ana confusa.

– Só temos dois quartos vagos e a cama é de solteiro bem estreita, não teria como duas dormir nela, em nossos quartos há um sofá que podemos dormir e a que for dormir junto a um de nós dormirá na cama. - explicou Gustavo por fim.

Ana

Não acredito que uma de nós vai ter que dormir em um dos quartos com um dos meninos, onde fomos nos enfiar!

Isso vai ser muito estranho...

A única que aceitaria de bom grado seria a Cris, pois ela estaria realizando mais um de seus desejos e poderá escolher com qual ela vai querer dormir, pois ela é caidinha por eles e terá a oportunidade de conseguir o quer!

Porém a Milena começou a falar, cortando meus pensamentos.

– Eu e a Cris dormimos nos quartos vagos e a Ana pode dormir em um dos outros quartos com um de vocês! – afirma ela, eu fiquei chocada, pois eu pensei que ela ia pedir para a Cris.

Ao olhar para elas vejo o sorriso que a Milena queria disfarçar e a cara de poucos amigos da Cris, pois eu sabia que ela estava querendo o que eu estava pensando, quando eu fui tentar reverter a situação, eles concordam com a Milena.

– Se não for um proble...- ouço a voz do Gustavo.

– Não tem problema não, vocês podem nos mostrar onde ficam os quartos? – perguntou Milena cortando a fala do Gustavo.

– Os meninos irão mostrar onde fica para vocês. - diz o Gustavo e os meninos acatam sua fala, começando a subir as escadas.

– Eu não acredito que você fez isso comigo! - digo sussurrando, vendo a Milena puxar a Cris para subir as escadas junto a ela...

Eu sinto que a Cris gosta mais do Gustavo do que dos outros, pois só de ouvir seu nome ser citado ela muda sua expressão rapidamente, e agora ela ao ver que eles obedeceram ao mesmo, ela ficou estranha, parecendo que queria que o próprio a acompanhasse até o quarto onde iria ficar.

– Pode acreditar! - afirma a Milena sussurrando de volta.

– Você pode pegar água para mim? – perguntei olhando-o, ele me levou até a cozinha, peguei um copo de água para que eu possa me acalmar...

A EscolhidaOnde histórias criam vida. Descubra agora