Capítulo 17

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Boa Leitura!

Ana

Depois que chamei o Gustavo, para conversarmos, vejo que todos ficaram olhando-nos, principalmente a Cris, ela parecia estar com ciúmes, mas segui indo para a cozinha, sinto que essa é a hora de perguntar, sobre o ocorrido de ontem, porém estava insegura da reação dele!

Não o conheço bem, por isso não sei o que ele irá dizer...

– Gustavo, posso te fazer uma pergunta? - pergunto envergonhada.

– Claro! - diz surpreso.

– Sinceramente não sei como perguntar isso, mas o que aquele beijo significou para você? – pergunto com a voz tremida.

– Então ele... - quando ele começou falar, foi interrompido pela porta sendo aberta, revelando a Cris nos olhando desconfiada.

Isso me deixou chateada, pois eu queria saber a resposta dele!

Espero que seja coisa boa que ele iria dizer, pois sou insegura com relação de sentimentos, quando eu o questionar novamente, quero que ele seja sincero comigo, como eu serei com ele.

– O que vocês estão aprontando? - perguntou ela com uma sobrancelha arqueada.

– Nada... Gustavo pode nos levar para casa? - pergunto olhando-o.

– Claro! - disse ele sorrindo. – Elas vão para a sua casa?

– Sim, Cris chame a Milena por favor? - peço para ela e a mesma assente saindo.

Pego um copo d'água, pois preciso me hidratar, bebo todo o liquido e me direciono para a sala esperar o Gustavo, pois ele tinha ido se trocar.

Se passaram 5 minutos e ele desceu as escadas, seu perfume por onde passava ele se espalhava, ele foi em direção de um chaveiro e de lá retirou a chave do carro, nos despedimos dos meninos e fomos para o carro, adentramos, mas dessa vez eu fui no banco de trás, pois a Cris já foi entrando pela porta do passageiro, ele adentrou também no carro e seguimos para a minha casa a viagem foi silenciosa e tranquila.

Quando chegamos, nos despedimos do Gustavo e adentramos em casa, a Cris estava inquieta querendo perguntar alguma coisa, pois ela não parava de me encarar, mas não estava afim de a questionar e ser questionada.

– Ana, Terra para Ana! – ouço a voz Milena, ela estava estalando várias vezes seus dedos na frente dos meus olhos.

– Q-Que foi? - gaguejei.

– O que você foi fazer com o Gustavo na cozinha? - perguntou ela com expectativa de eu contar alguma coisa.

Imediatamente olhei para ela assustada me vendo em uma posição na qual eu sabia que não poderia mentir, pois elas me conheciam muito bem...

Então resolvi que contar a verdade, pois seria a melhor opção.

– Eu fui perguntar para ele sobre o beijo que ele me deu significou para ele... – digo baixo olhando para os meus pés.

Depois que contei, vejo a Cris se levantando subitamente do sofá e saiu correndo pela porta, eu olhei para a Milena assustada, por conta da atitude infantil de nossa amiga.

Será que eu disse algo tão grave para ela sair assim?

Será que eu fiz mal ter retribuído o beijo dele?

Após termos saído de nosso pequeno transe, saímos a procura dela, eu estava muito preocupada, pois não foi minha intenção de a fazer se sentir mal e ter esse surto.

Eu sabia que ela gostava de algum deles, mas não pensei que fosse logo do Gustavo!

Passamos por todas as ruas que supostamente iríamos achá-la, mas não obtemos nenhum resultado, então fomos procurar na casa dela, após ter tocado a campainha, esperamos um pouco e depois de alguns segundos alguém abriu a porta, eu estava esperando que fosse a Cris, mas infelizmente não era ela, e sim sua mãe, falamos o que aconteceu e perguntamos se ela estava, porém ela disse que não sabia onde ela poderia estar...

Fomos a procurar mais uma vez pelas ruas, nós estávamos preocupadíssimas com ela e nas possibilidades ter acontecido algo com ela!

É estranho a Cris ter um ataque desses, ainda mais por ter falado sobre um garoto!

Cris

Após ter saído da casa da Ana chorando, corri pelas ruas indo para a entrada da mata onde eu gosto de ir quando estou triste, já estava escurecendo, mas não me importei, eu estava muito mal para pensar em uma mera noite escura, já estou acostumada a sair de noite para vir aqui.

Principalmente para acalmar os nervos, quando meus pais começam a brigar, sempre que acontece eu saio de casa escondida e venho para o meu lugar favorito, que é um lago que tem bem no meio desse tanto de árvores, ele é lindo e quieto, dá para pensar e se expressar, pois ninguém vem aqui e ele é praticamente abandonado...

Faz uns 10 minutos que estou andando chutando as pedrinhas para me acalmar, quando ouço um galho se quebrando atrás de algumas árvores, acelero o passo para chegar rápido ao lago, que estava iluminado pela luz da lua, ao chegar no mesmo me sento em um dos bancos que dá uma visão ampla para ele.

Eu estava pensando em tudo o que a Ana disse mais cedo, eu achava que ela era minha melhor amiga e fez isso comigo!

Eu estava planejando tudo, para que ele fosse meu, mas ela chegou e estragou os meus planos, mas isso não vai ficar barato!

Isso vai ter volta!

Eu não vou deixar que ela consiga o que quero!

Vou conquistar ele de um jeito ou de outro!

Saio de meus pensamentos quando escuto passos atrás de mim, ao me virar vejo um garoto que aparentava ter aproximadamente 17 anos, ele era alto, pálido e seus cabelos eram lisos e negros.

– Olá mocinha! - diz ele sorrindo maléfico.

Saio correndo, pois não sei o que ele pode fazer comigo e está muito escuro, eu corria pensando que estava a quilômetros de distância dele, mas estava totalmente enganada ao sentir alguém me puxar, quando vejo que não era o mesmo garoto que eu tinha visto no lago, meu desespero começou a se aflorar.

Ele me segurava com muita força, eu tentava me soltar, porém era inútil, ao olhá-lo nos olhos vejo a cor oscilar entre um tom de vermelho sangue e o castanho claro, um sorriso maléfico estava estampado em sua face, eu iria começar gritar por "socorro", mas sabia que ninguém iria me ouvir, eu estava ferrada!

Vejo uma silhueta chegando perto de onde estávamos, eu pensei em pedir ajuda, porém seria uma burrice ao ver quem era...

A EscolhidaOnde histórias criam vida. Descubra agora