A Escolhida

Capítulo 13

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Boa Leitura!

– Como assim um arranhão? - perguntaram curiosos e surpresos.

– Em seu braço direito, é quase imperceptível, mas se olhar bem da para ver certinho a marca.

– Mas e se ela não aceitar, ir em casa? - perguntou o Vinicius me analisando.

– Não sei..., mas vamos ter que descobrir de um jeito ou de outro! - afirmo olhando-o.

– Vamos ter que acha-la antes que outras criaturas a encontre! - afirmou Eduardo nos olhando sério.

– Não vamos desistir! - digo por fim.

Eles seguiram para seus lugares, como se nada tivesse acontecido, agora teríamos aulas desinteressantes, estou começando a me arrepender de voltar para o colégio...

As aulas continuaram normais, quando estava prestes a tocar o sinal para que possamos ir embora, eu me levantei e caminhei até a carteira da Ana.

– Ana, eu sei que vai parecer estranho, mas você quer ir em casa hoje? - perguntei olhando sua reação.

Percebo que a sala inteira, se voltou para o que eu estava fazendo, pois não é todo dia em que eu converso com um humano, ela ficou com vergonha e eu achei muito fofa sua reação, pois estava começando a ficar corada.

– Não sei... Vou ter que conversar com a minha mãe! E depois eu te falo. Seria para falar do trabalho? - perguntou desconfiada.

– Sim, eu queria adicionar mais algumas coisas, mesmo sabendo que vamos ter que entregar depois das férias... – digo sem graça sorrindo.

– Eu vou ver e te aviso. - disse ela retribuindo o sorriso.

– Ok, me liga se ela deixar você ir! E eu vou ir te buscar.

– Me passa o seu número? - perguntou ela começando a ficar vermelha.

Trocamos números de celular, e voltei para a minha carteira terminar de arrumar meu material, para que eu possa ir embora...

Ana

Depois de minha pequena conversa com o Gustavo, com todos me olhando, eu ponderei em aceitar o convite para ir na casa dele adicionar algumas coisas no trabalho de português, no fundo eu sinto que algo não está certo neste convite...

Ao passar o meu número de telefone e ele fazer o mesmo fiquei pesando no que o povinho da escola irá pensar sobre mim, pois eu sou só uma novata em meio a uma escola em que todos se conhecem, parece que eu e ele estamos caminhando para sermos amigos...

Os olhares das pessoas caíram sobre mim, quando eu passei pela porta de minha sala, vi algumas pessoas cochichando umas para as outras, eu não gosto quando fazem isso.

É constrangedor!

Parece que eu fiz uma coisa inusitada aos olhos deles – penso revirando os olhos.

– É isso mesmo que eu ouvi? – Cris perguntou retoricamente. – Ele te convidou para ir a casa dele! - afirmou rindo.

– Meninas, eu não estou muito confiante de ir a casa deles sozinha, vamos junto comigo!?- pergunto olhando para as duas que logo abriram um grande sorriso.

– Ana, você quer levar a gente!? - exclamou a Milena indignada.

– Sim! Cris você que queria os conhecer mais, essa seria a sua chance, pois eu sei que você é apaixonada por eles!

– Eu não sou apaixonada, por eles! – diz fazendo bico. – Eu tenho uma grande admiração por cada um...

– Sabemos disso! – digo junto a Milena.

– Não quero que mais rumores sobre mim fique na boca dessas pessoas, sei que com vocês junto, não seria tão mal.

– Não se preocupa Ana, nós vamos junto com você! - disseram juntas.

– Falem com suas mães, dizendo que vão em casa, tenho certeza que não irão desconfiar. - comento e elas assentiram, pegando o celular.

Quando tocou o sinal, saímos da sala indo direto para os nossos armários guardar nosso material, ao sairmos da escola fomos para minha casa, no caminho elas me mostraram as respostas positivas de suas mães.

Chegando, fomos para o meu quarto, como elas tem roupas que deixaram aqui, decidimos que cada uma tomaria um banho antes de irmos para a casa dos meninos, me direcionei para o meu guarda-roupa, peguei uma muda de roupa e me direcionei para o banheiro tomar um banho, me troco no mesmo e saio, vejo as garotas mexendo no celular, mandei uma mensagem para a minha mãe dizendo que eu ia na casa de um amigo fazer um trabalho da escola e ela deixou.

Depois de todas estar devidamente prontas descemos as escadas indo para a cozinha, fiz panquecas para nós comermos, depois lavei a louça e fomos para a sala ver algum filme, pois ainda estava cedo...

Ao que acabou o filme, já estava começando a escurecer, quando decidi ligar para o Gustavo, que logo me atendeu.

– Alô?

– Gustavo? É a Ana, minha mãe deixou eu ir, porém minhas amigas estão aqui em casa, tem algum problema delas irem junto?

– Não tem problema, aonde é sua casa que eu vou buscar vocês! – diz ele e passei meu endereço. – Chego em alguns minutos... Tchau beijos.

– Tchau beijos. - digo desligando a ligação.

Ao olhar para as minhas amigas vejo que as duas estão curiosas com a resposta.

– Então Ana... - começou a Milena curiosa.

– Ele vai vir nos buscar, vamos esperar ele aqui, mas se quiserem ir buscar suas bolsas em meu quarto... - sugiro e elas foram até meu quarto, não demorou muito para que voltassem a descer as escadas.

Quando elas estavam prestes a se sentar no sofá ao meu lado ouço o barulho da campainha, caminhamos até a porta no qual eu prontamente abri, tendo a visão de Gustavo em minha frente.

–Oi Gustavo! - digo sorrindo.

– Oi Ana! Não precisa ser tão formal... - diz ele também sorrindo e eu assinto.

– Então... Vamos? - perguntei e ele assentiu.

Olhei para as meninas e a Cris não parava de o olhar, tranquei a casa e seguimos para seu carro ele abriu a porta do passageiro para mim e para as meninas a porta de trás, adentramos e ele também, percebi que a Cris não estava feliz de estar no banco de trás...

A viagem foi em silêncio, ninguém dizia nada até chegarmos em nosso destino, saímos do carro e fomos até a porta de entrada, ele abriu a porta dando passagem para adentrarmos, ele entrou logo atrás de nós, as meninas ficaram abismadas, com a elegância da casa, todos os garotos estavam na sala assistindo algo, quando perceberam nossa presença.

– Oi meninas! - disseram em coro sorrindo.

– Oi meninos! - retribuímos o cumprimento sorrindo.

Nos sentamos junto a eles e começamos a conversar sobre alguns assuntos da escola e afins.