A Escolhida

Capítulo 6

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Boa Leitura!

– Desde que chegaram nessa escola eles conquistaram cada uma delas, mesmo eles sendo frios, principalmente as que gostam de desafios... Com isso surgiram os grupinhos que são rivais até hoje, elas os querem como troféus, por serem caras badboys, como nos filmes. – conta minha amiga me consolando.

– Eu não quero conquistar eles, muito menos ter elas como inimigas, eu não sou igual a elas...

– E parece que de alguma forma eles sentiram isso, pois seus comportamentos contigo são totalmente diferentes com os demais.

– Isso é bom? – pergunto levantando um pouco minha cabeça.

– Sim, e isso te torna melhor que elas, pois se elas conseguissem um mero contato, não irão querer só uma amizade, a maioria quer ficar com eles, tanto romântica, quanto um relacionamento, com isso elas vão ficar bem faladas na escola e até populares, irão usar isso ao seu favor... Entende? Até hoje você foi a única que conseguiu! E elas tem inveja por conseguir... - afirma ela me olhando.

– Eu acho que por eu ser novata, eles não se sintam ameaçados, sabe!? - pergunto retoricamente e ela assentiu.

– Isso já é uma enorme vantagem! – diz rindo de nervoso, sei que no fundo aquelas palavras servem para si também.

Ao ouvirmos o sinal tocar arrumamos nossos materiais e saímos da sala, indo para o portão, pois iríamos esperar os garotos, que saíram um pouco mais cedo da aula, Cris sabia que eu iria para a casa do Gustavo, mesmo desconfiando que tinha algo de errado, tentei não me afetar, pois sei que ela está chateada.

Porém não posso fazer nada, pois não foi escolha minha ele ser minha dupla no trabalho.

Estávamos paradas olhando os outros alunos irem embora, quando sinto uma mão em meu ombro, assustada, olho para trás me deparando com Gustavo e seus amigos.

– Ana desculpa a demora, estávamos resolvendo algumas coisas com a diretora. – contou ele e eu assinto. – Já ia me esquecendo nós 4 moramos na mesma casa, espero que não seja um problema...- diz me olhando.

– Não se preocupa! - afirmo sem graça.

Eles começaram a andar em direção aos carros esportivos que chamavam um pouco de atenção, não poderiam ser menos discretos! E por que eles não vão em um carro só?

Olho ao redor vendo que os olhares foram postos em nós! Odeio ser o centro das atenções!

– Você vai com quem Ana? - perguntou o Nicolas me olhando.

– Ela vai comigo. - diz o Gustavo olhando-o.

Adentramos no carro e o mesmo deu partida, para sairmos da escola, seguindo caminho para a sua casa. De alguma forma eu não me sinto desconfortável com sua presença ou de estar a sós com ele, é estranho como ele me transmite confiança.

– Gustavo, posso te perguntar uma coisa que está me deixando curiosa? – pergunto olhando para a paisagem, pois sabia que estava vermelha.

– Sim, não precisa ter vergonha. – diz ele sorrindo.

– Por que ninguém conversa com vocês? - pergunto me virando para olha-lo.

– Por que nós não gostamos de ter muitos amigos e também não temos confiança nas pessoas... Sabemos as intenções de muitos daquela escola, por isso os afastamos. - explicou. – Por que a pergunta Ana? - perguntou ele me olhando.

– Ouvi a maioria das meninas cochichando sobre mim ontem, e hoje quando eu entrei na sala com seu amigo foi a mesma coisa, todos ficaram me olhando feio... Principalmente as meninas, elas me odeiam - digo rindo de nervoso.

Vejo o carro parando indicando que chegamos, olho para frente vendo uma casa enorme, que fiquei encantada.

– Chegamos! - disse ele saindo do carro.

Abro a porta e saio do carro junto a ele, caminho ao seu lado até a casa, ele abre a porta me dando passagem para entrar.

– Gustavo vamos começar a fazer o trabalho? - perguntei olhando-o.

– Vamos sim. – sorriu.

Ele passou a minha frente e começou a subir as escadas, seguindo pelo corredor que tinha algumas portas, que provavelmente é o quarto dos outros meninos, Gustavo abriu uma delas que dava acesso para um quarto, era todo desenhado e com uns tons de preto, roxo e vermelho.

Me sentei em um mini sofá que estava perto de uma escrivaninha, e ele se sentou ao meu lado, de frente para o notebook, então começamos a fazer o trabalho e ao longo do tempo que estávamos juntos eu tentava descobrir mais sobre ele, e ele igual.

Mesmo ele ainda sendo um pouco fechado, ele respondeu minhas perguntas.

Perdemos a noção do tempo, pois já era de noite quando descemos as escadas indo para a cozinha, tomo um copo d'água e seguimos para a sala vendo os outros garotos conversando de assuntos aleatórios, quando perceberam a nossa presença nos convidam a se juntar a eles, conversamos bastante e percebi que todos tem um ótimo humor, quando olhei no relógio vejo que está muito tarde, me abismei quando vejo que eram 23:45.

– Gente eu preciso ir, está tarde, gostei de conhecer vocês. - digo sorrindo.

– Nós também gostamos de te conhecer a Ana! – disseram juntos.

– Quer que eu te leve até a sua casa? - perguntou o Vinicius simpático.

– Pode deixar que eu a levo! – diz Gustavo e todos olham para ele. – Ela veio comigo, nada mais justo. – fala disfarçando.

Me despeço de todos e caminho com ele até seu carro, adentramos o mesmo e seguimos para minha casa, Gustavo ligou o rádio que estava em uma estação de músicas, que eu conhecia, comecei a cantar baixinho e parece que ele percebeu, pois vi seu sorriso fechado pelo reflexo do vidro.

Quando senti o carro diminuindo a velocidade percebi que já estávamos em frente à minha casa, me despeço dele e saio do carro, caminho até a porta de entrada olho para trás vendo que ele ainda está no mesmo lugar, aceno e entro em casa.

Subo para o meu quarto, pegando meu pijama colocando em cima da cama, entro no banheiro, faço minhas higienes pessoais e tomo um banho para relaxar, saio enrolada na toalha e visto meu pijama e me deito na cama para que eu possa dormir.

Amanhã será melhor que hoje!