Sangue para Lissa

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Um, Dois, tres! -

- Aiiiiiiii - Ouvi minha irmã reclamar da mesma maneira que eu havia feito a algum tempo atrás quando furaram minhas orelhas.

- Prontinho - Dara falou orgulhosa.

- Perfeito - Jill completou

- Acho que minhas orelhas não sobreviveram, nem estou sentindo-as mais.

Bobagem, elas ainda estão aí só que agora lindamente adornadas.
Lola falou se aproximando com um espelho.

- Uau - Mel falou encantada.

- Até amanha a vermelhidão já vai ter passado e em dois dias você vai se sentir como se sempre houvesse usado brincos.

- Obrigada meninas - Mel disse agora com a voz aliviada pelo pior já ter passado. -

- O difícil vai ser diferencia-las de agora em diante - Rose falou preocupada.
- Eu sempre olho para as orelhas quando quero diferencia-las - Ela continuou nao muito feliz.

- Enquanto ela estiver usando esses brincos saberemos. - Lola falou mostrando os brincos que eu também havia usado quando furei minhas orelhas e várias antes de mim, elas o chamavam até de brincos da tortura já que era eles que colocavam assim que acabava a seçao tortura na hora de fura-las.

Um estrondo forte repercutiu do lado de fora, e todas nós pulamos de susto.

- O que foi isso? - Rose falou em voz alta -

Agarrei Mel pelo braço e a arrastei para o canto mais afastado da porta que de repente se abre bruscamente.

- O castelo está sobre ataque, corram para o abrigo! -
Um soldado falou euforicamente.

Olhamos umas para outras pôr apenas um segundo até que Lola se adiantou num supetão.
- Venham comigo, eu conheço um atalho mas teremos que passar em frente das janelas sentido a sala de jantar então mantenham se abaixadas. -

- Sim, otima ideia Lola, chegaremos mais rapido se formos pelas passagens reais, voces podem vir comigo para nosso abrigo . - Dara falou seguindo a amiga.

- O que está acontecendo Lissa - Eu estava tão no escuro quanto ela.

- eu não sei, mas as meninas parecem saber o que faz, vamos apenas tratar de segui-las-

Mais um estrondo foi ouvido do lado de fora acompanhado de gritos femininos.

Dara colocou a mão na maçaneta da porta e contou até tres.

Assim que abriu a porta ouvimos sons de luta vindo do fim do corredor.

Corremos para o lado oposto o mais rapido que podiamos.

haviam garotas histéricas perdidas no meio do caminho e Dara e Lola apenas pediam para que nós seguissem.

As janelas do corredor que levavam para a sala de jantar estavam estilhaçadas.

Haviam respingos de sangue no chão e um soldado caído inconsciente mais a frente.
Havia um estilhaço de vidro cravado em seu peito, ele provavelmente ja nao estava mais vivo.

Quando estávamos quase alcançando as escadas para os aposentos reais ouvimos outro estrondo do lado de fora e no mesmo segundo vimos uma bola de fogo atravessar a parede acima de nossas cabeças, sentimos estilhaços de vidros em cima de nós, meu unico reflexo foi saltar em cima de Melina a protegendo do ataque.

Nós jogamos no chão, e só pude ouvir os gritos histéricos das meninas que nós acompanhavam.
Senti que alguns cacos de vidros haviam machucado minhas costas, mas nada que pudesse me incapacitar de correr.
Ninguém perguntou se estávamos bem, apenas ouvi Dara gritando para não ficarmos paradas e correu para as escadas esperando que as seguisse-mos.

O MUNDO DE UMA OITO (A SELEÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora