3. Um contrato ?

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Kyungsoo acordou com a campainha tocando. Por alguns segundos ficou desnorteado com o som já que nunca o ouvia. Suho tinha a chave e o vizinho cujo cãozinho ele cuidava meio período enquanto não encontrava um trabalho, claro, também tinha uma cópia.

Sua campainha nunca tocava mesmo.

Se ergueu meio grogue e foi atender a porta refletindo se alguém se perdeu dentro do prédio com tantas quitinetes. As vezes acontecia, não com ele, mas com o vizinho várias vezes...

Isso lhe lembrou sobre a sua própria chave que perdeu dias antes no museu e que agora tinha que usar a do Suho, talvez fosse isso...

Tinha saído tão correndo de lá por causa do Vivi...

E então ele abriu a porta e piscou várias vezes ao enxergar um homem de terno e desconhecido na sua porta, o homem definitivamente não devia ser vizinho... Ele cheirava a... Dolce e Gabbana... Nossa, isso lhe lembrou o senhor Oh Sehun, que lhe lembrou sua noite louca no museu quando tropeçou nos três maiores ricaços de Seul... Tão louco... E a lembrança o despertou em um átimo de segundo.

— Senhor Do Kyungsoo? - Ele perguntou suave e Kyung assentiu meio aéreo... Ele não podia ser alguém do senhor Oh, podia? Porque diabos ele estava ali na sua porta? Mas o que... E ele sorriu radiante deixando os olhos se tornarem apenas linhas quase fofas no rosto bonito e Kyung abriu a boca um pouco chocado – Eu tenho uma proposta de trabalho para você, senhor Do e se passar na experiencia de três meses terá uma vaga na nossa escola de arte como professor integral, gostaria de ler nosso contrato?




Dias antes...



Sehun entrou em sua sala, em um dos mais altos arranhas céus de Seul e suspirou cansado. Não tinha dormido porque passou a noite toda e o domingo todo se lembrando do garoto lindo e meio assustado que esbarrou em si no museu.

Ele não lhe saia da mente, nem das emoções, ele lhe lembrava um quadro complexo cheio de nuances que queria ter mais tempo para observar e desvendar.

Ele nunca se sentiu atraído por ninguém tão rápido...

Quem era aquele garoto?

Ele precisava vê-lo outra vez, precisava tê-lo perto de si, queria o olhar mais de perto, com tempo, com calma, com proximidade e descobrir tudo ao seu respeito...

— Senhor, hoje temos uma reunião sobre os acionistas e...

Jongdae entrou repassando sua agenda como sempre, mas pela primeira vez Sehun não conseguia prestar a atenção, ele olhava pelo vidro, vendo pessoas minúsculas lá embaixo refletindo se o garoto não seria um deles perdido naquela imensa capital, sozinho ou sofrendo por causa daquele outro que o agrediu emocionalmente... Sehun queria protegê-lo de novo, queria tirá-lo da multidão... Queria guardá-lo em um lugar seguro...

— Senhor, algum problema?

Jongdae parou ao seu lado e ele se voltou para o secretário decidido a ter ajuda sobre aquilo, se alguém podia ajudá-lo seria o eficiente homem...

— Sim, preciso que descubra quem é aquele garoto que esbarrou em mim no museu, aquele que abracei.

Jongdae assentiu e então olhou pela janela assim como ele:

— Prioritário?

— Prioritário. Não vou conseguir trabalhar hoje, aqueles olhos entraram em minha pele Jongdae, eu preciso dele... De uma forma que ainda não entendo. Descubra tudo sobre ele para mim e cancele meus compromissos, eu não tenho cabeça para isso hoje.

Contrato ImprevisívelOnde histórias criam vida. Descubra agora