Acordei 8hrs, e mesmo não tendo dormido direito, dirigi por duas horas até chegar à casa de minha mãe. Parei no meio do caminho para tomar café da manhã em uma lanchonete de beira de estrada e segui viagem.
Quando cheguei na cidade liguei para minha mãe para ela me passar as instruções para chegar na sua nova casa.
Quando cheguei o portão logo se abriu e pude ver uma enorme casa, com um jardim lindo. Entrei com o carro e estacionei na garagem da casa.
Fui andando em direção a casa e vi minha mãe correndo até mim.Helen: - Júlia, eu tava com tanta saudade. Eu sei que eu te vi semana passada, mas parece que eu não te vejo à um ano.
Ana: - Eu também estava com saudade mãe. Mãe, o que dar para um garoto que já tem tudo?
Helen: - Não se preocupe quanto a isso. Junior é um garoto bem simples. Nem parece que tem o pai rico.
Ana: Que bom, estava bem nervosa se ele ia gostar do presente que comprei.
Helen: - Vem vou te mostrar nossa nova casa.Fomos andando e ela foi mostrando tudo, ela me levou até meu quarto e fiquei em choque. O quarto era quase do tamanho da minha casa. Ele era lindo, tenho certeza que foi minha mãe que decorou, porque é a minha cara. Simples e aconchegante.
Ainda estava cedo pro almoço. Fiquei observando o jardim pela grande janela do meu quarto. Percebi que a casa tem bastantes funcionários, maioria são seguranças. Com certeza Luís só sai com guardas-costas.
Sai do quarto e fui atrás de alguma coisa pra fazer. Eu poderia ir desfazer minha mala, mas não estava a fim.
Encontrei Junior na cozinha ajudando minha mãe e a cozinheira.Ana: - Vocês estão fazendo uma festinha e não me chamaram?
Junior: Júlia! Nem vi você chegar. Quanto tempo. Eu estou ajudando a tia Helena e a tia Joana a fazerem o almoço.
Helen: - Ele é muito bom na cozinha. Cozinha muito bem.
Ana: - Sério? Queria ser como você Junior, mas eu sou um desastre na cozinha. Cozinho apenas o básico pra sobreviver.
Junior: - Eu amo cozinhar, acho que por isso a comida fica mais gostosa. Dizem que quando cozinha com amor a comida fica mais gostosa.
Ana: - Sei como é. Não sobre cozinhar. Sobre amar o que faz. Posso ajudar vocês?
Helen: - Claro Júlia. Venha aqui. Corte essa cebola e depois coloque naquela panela.Ficamos conversando e rindo enquanto cozinhavamos. Joana não falava muito. Apenas me ensinava alguns truques e depois voltava ao que estava fazendo.
Ainda não tinha visto Luís, talvez ele estivesse no trabalho.Ana: - Mãe, Luís está no trabalho?
Helen: - Está.
Ana: - Mas ele vai vim almoçar em casa?
Helen: - Luís trabalha em casa. Ele tem o seu escritório no terceiro andar da casa. Ele se sente mais confortável assim.
Ana: - Essa casa parece um palácio. Tenho certeza que tem um quarto pra cada funcionário.
Helen: - E tem, os quartos pra funcionários ficam atrás da casa.
Ana: - Sério? Eu tava brincando quando disse isso.
Júnior: - Meu pai gosta de deixar todos a sua volta confortáveis. Alguns dos seguranças eram de outro estado. Meu pai escolheu os melhores funcionários, de toda parte do Brasil. Por isso ele proporciona um quarto pra cada um.
Ana: - Nossa! Não pensei que ele fosse tão legal assim. Então, Júnior, está preparado pra festa hoje?
Júnior: - Estou bem ansioso. Meu pai falou que eu poderia convidar minha sala inteira se quisesse, mas eu preferi convidar apenas meus amigos. Meu pai as vezes é bem exagerado.
Ana: - Você topou a ideia de comemorar seu aniversário e a compra da casa na mesma festa?
Júnior: - Foi eu quem tive a ideia. Meu pai queria fazer duas festas. Eu achei melhor juntar as duas, até mesmo pra ficar mais fácil pra organizar. Ele apenas concordou.
Ana: - Você é um garoto muito esperto sabia?
Júnior: - Muitos anos de estudo na melhor escola de Gurivia.
Ana: Esse lugar existe?
Júnior: - Não, tô só brincando com a sua cara.Na hora do almoço Luís aparareceu. O almoço foi bem agradável. A comida estava uma delícia, Júnior realmente sabe cozinhar muito bem.
Depois do almoço fui para o quarto. Desfiz minha mala, mesmo com muita preguiça, organizei tudo no closet e fiquei chocada quando vi que lá tinha uma penteadeira linda, estilo camarim.
Me deitei na minha cama e resolvi dormir um pouco. Já que não consegui dormir bem à noite.
Acordei 16hrs desesperada. A festa começa 18hrs e eu preciso de tempo pra me arrumar.
Desci as escadas e fui em direção a cozinha, tomei uma xícara de café e voltei para meu quarto. Precisava de cafeína no sangue pra conseguir me arrumar e conseguir chegar na festa a tempo.
Tomei um banho rápido, mas bem relaxante. Resolvi deixar meu cabelo ao natural. Fiz uma maquiagem marcada nos olhos e suave na boca. Vesti o vestido que havia escolhido pra essa noite. E coloquei um salto prata pra finalizar.Estava pronta. Passei perfume e desci as escadas. A festa estava começando, já havia algumas pessoas, todas bem vestidas. Algumas serviram de inspiração pra uma nova coleção. Talvez eu ainda não tenha dito, mas eu mesma desenho algumas das roupas da minha loja.
Vi Junior junto com algumas pessoas, acho que são seus amigos. Ele está lindo, bem elegante. Vou dar seu presente apenas no final da festa.
Está tocando música eletrônica. Percebi que tem um DJ. Com certeza isso foi ideia de Júnior. Não conheço ninguém, então fico apenas andando e observando. A festa está sendo observada por vários seguranças. Alguns são bem bonitos, não posso mentir.
Vou para o bar e peço um drink sem álcool, não posso ficar bêbada. Sou do tipo de pessoa que fica bêbada mesmo não tendo bebido muito. Meu drink chega e começa a tocar funk. Percebo o olhar de minha mãe pra mim. A festa estava meio parada, as pessoas não estavam dançando e funk é meu ritmo preferido. Amo dançar. Entendi o olhar de minha mãe. Cheguei perto de Júnior e puxei ele pro meio da pista de dança. Começamos a dançar, e as pessoas começaram também. A pista já estava cheia e eu já estava envolvida na música. Senti que algumas pessoas ficavam olhando pra mim, talvez me achando louca.
A festa agora estava animada. Os amigos de Júnior agora eram meus amigos nos passinhos. Passei a noite dançando. Ainda nem era 22hrs e eu já estava morta de cansada. Resolvi chamar Júnior pra um lugar mais isolado, eu já tinha ido no meu quarto pegar o presente.
Ana: - Júnior, eu não te conheço muito bem, não sei do que você gosta. Então eu me arrisquei bastante comprando um presente pra você. Eu fiquei me perguntando: o que comprar pra um garoto que já tem tudo? Eu pensava que você era o tipo de garoto filhinho de papai, metidinho de merda. Desculpa por achar que você era assim. Na verdade você é um garoto bem legal. Quero muito ser sua amiga. Eu não sabia o que comprar, mas tá aqui, eu espero que goste.
Ana: - Não precisava se preocupar com isso. Eu também quero ser seu amigo. Você é meio doidinha e eu gosto disso. Você animou minha festa, obrigado por isso.Ele pegou o presente e abriu, o Tênis era simples, mas era bonito, se eu fosse um garoto eu usaria. Ele parece ter gostado do presente.
Júnior: - Júlia, obrigado pelo presente, eu amei. Obrigado por ter se preocupado com meu gosto. Adorei o tênis.
Ana: - Que bom que você gostou, mas se quiser de outro estilo, outra cor, você pode trocar.
Júnior: - Eu gostei dele assim. Obrigado Júlia.
Ana: - De nada.Nos abraçamos. Junior voltou pra festa e eu fui para meu quarto. Tirei a roupa e coloquei meu pijama fofinho de unicórnio. Fiquei deitada na cama lendo um livro, mas a música e o barulho da festa tiravam minha atenção. Fiquei olhando a festa pela janela e lembrei das roupas que tinha criado na minha cabeça, comecei a desenhar.
Quando acabei, percebi que já estava de madrugada, não havia mais ninguém no Jardim, a festa havia acabado. Provavelmente todo mundo já tinha ido dormir.
Estava indo pra cama dormir quando minha barriga roncou. Não consigo dormir com fome, então tive que ir na cozinha atrás de algo que tenha sobrado da festa.
Comi um pedaço de bolo que estava uma delícia. Estava lavando a louça que sujei quando ouvi barulhos de gritos, mas eram sons distantes, não dava pra escutar muito bem. Achei que fosse coisa da minha cabeça, então apenas acabei de lavar a louça e fui dormir.
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No Meio Do Caos
RomanceO que fazer quando se descobre que seu padrasto é um torturador? Ana não teve muito tempo para pensar, e seus atos impulsivos tiveram reações inesperadas. Nesse contexto, surge Gustavo. Que influência será que ele terá nessa história?