Capítulo 1

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  Sou fruto do amor de minha mãe com seu melhor amigo Calebe, eles não namoraram ou tiveram um caso de uma noite, na realidade...

  Minha mãe é estéril. Durante toda sua infância e adolescência ela sonhou em ser mãe e constituir uma família. Aos 18 anos ela descobriu sua infertilidade e não vendo uma outra saída, pediu ao seu melhor amigo Calebe e sua namorada Vanessa que engravdassem e dessem a criança para ela criar. Vendo a tristeza de sua amiga pela sua má sorte e pelo amor e carinho que sentia por ela, Calebe aceitou o acordo e convenceu sua namorada a aceitar também.
  Minha mãe esteve presente durante toda a gravidez e ajudou em tudo que podia. No dia combinado, após o parto, Vanessa deu a criança para minha mãe e pediu que ela se chamasse Ana, minha mãe ficou meio receosa, já que ela sempre sonhou em ter uma filha chamada Júlia. Para que todos saíssem felizes, me nomearam Ana Júlia Montenegro.
  Na minha certidão está o nome de minha mãe apenas, já que na época, Calebe não se achava responsável o suficiente para dar sobrenome à uma criança.
  Durante bastante tempo me senti muito felizarda, pois tinha duas mães, mesmo depois do parto Vanessa continuou me olhando como sua filha, e um ótimo pai, mesmo não tendo seu sobrenome. Mas a vida resolveu me tirar esse sentimento. Vanessa e Calebe sofreram um acidente há 4 anos, desde então são apenas eu e minha mãe.
A família da minha mãe nunca foi próxima à nós, sempre no natal éramos apena eu, ela, Calebe e Vanessa.
  Hoje tenho 23 anos e a, antes senhorita, senhora Helena 45. Minha mãe teve namorados, alguns duraram meses, outros anos, mas ela nunca casou, até agora.
  Há 3 anos minha mãe conheceu Luís, um cara rico, na verdade bem rico. Eles se apaixonaram e após dois anos de namoro resolveram casar. Eu poderia contar sobre como surgiu esse amor, mas isso fica pra outra história.
  Luís tem uma mansão e eu não estou brincando quando digo que ela é gigante. Talvez eu tenha errado em chama-lo de rico. Luís é bilionário, ele é empresário, não sei ao certo em que trabalha, mas sei que rende bastante.
  Quando minha mãe casou, eu não via sentido em morar junto com eles. Luís insistiu bastante, dizendo que sua casa era espaçosa o suficiente pra que nós três e seu filho de 14 anos, Junior, morassemos juntos e que nenhum perderia sua privacidade, mas resolvi abraçar a liberdade e morar sozinha. Minha mãe me deu a casa em que morávamos e até hoje moro nela sozinha.
  Namoro Matheus há 2 anos, nos conhecemos em uma festa, talvez eu tenha derrubado vinho nele, mas isso não vem ao caso. De vez em quando ele vem dormir aqui em casa. Minha mãe não gosta muito dele, mas ela aceita nosso namoro. Ultimamente tenho desconfiado de que Matheus não é tão fiel quanto eu imaginava. Mas tenho medo de duvidar de sua fidelidade e ser comparada à uma mulher paranoica ou ciumenta ao extremo.
  Mesmo tendo um padrasto bilionário e recebendo uma mesada bem gorda, não posso ficar desempregada. Trabalho desde os meus 17 anos, atualmente sou dona de uma loja de roupas junto com uma amiga, somos sócias. Desde que aprendi a me vestir sozinha eu gosto de me vestir confortável e elegante, Eu amo roupa e as possibilidades que ela nos da de ser. Se eu quero ser mais ousada eu coloco um cropped e uma saia colada, curta ou não, e um salto pra finalizar. Se quero ser mais fofa, visto um vestido rodado e um tênis. Eu amo essa diversidade de versões de mim.
  Tive ajuda de meu padrasto para montar esse negócio. Eu e Carla, minha sócia, temos essa loja há 1 ano e 5 meses. Mesmo sendo bem jovem, nossa loja é bem requisitada em nossa cidade.  

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