Capítulo 16

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------------Narrado por Gustavo------------

   Mais um dia se inicia. São 7h da manhã e eu já estou na cozinha preparando o café da manhã. Fiz o café e crepiocas recheadas com o frango que sobrou do jantar de ontem pra mim e à Ana.
   A faminta Ana já descia as escadas usando apenas uma camisola fina, impossível não olhar aquela mulher usando seu charme contra mim, mesmo sem essa intenção, logo pela manhã.

  Ana: - Eu tô morrendo de fome, parece que não como há séculos.
  Gusta: - Sério? Pensa que não escutei seus passos de madrugada e o barulho de garfo no prato?
  Ana: - Droga! Fui pega. Pra sua informação, eu não consegui dormir bem. Tive um pesadelo horrível. Como não consegui mais dormir depois, senti fome. Então eu desci e fiz um brigadeiro.
  Gusta: - Sobre o que era o pesadelo?
  Ana: - Luís.
 
   Percebo a tristeza em seu olhar. Por mais que ela tentasse disfarçar, eu sabia que ela estava sofrendo. Saudade da mãe, da melhor amiga, do trabalho, da vida que levava...
  
  Gusta: - Olha, não se preocupa com ele tá. Ele não vai fazer nada contra você nem contra sua mãe. Vocês estão seguras. E por que você foi comer logo brigadeiro?
  Ana: - Porque é a única coisa que eu sei fazer e fica bom. Já tava cansada de comer minha comida ruim durante o dia, não queria comer de novo de madrugada.
  
   Rio da cara dela por ser um desastre na cozinha.

   Depois de conversarmos um pouco durante o café da manhã, Ana vai para o seu quarto e eu aproveito para lavar a louça e organizar a cozinha.
   Abro os armários e percebo que estamos precisando comprar algumas coisas que acabaram. Quando compramos as coisas, pensamos ser suficientes para pelo menos umas 3 semanas, mas pelo jeito erramos feio.

  Gusta: - Ana!!!

   Grito na escada para que ela me escute do seu quarto.
 
  Gusta: - Desce aqui!!!

   Depois de um tempinho ela desce.

  Ana: - O que foi?
  Gusta: - Vou precisar ir na cidade. Acabou alguns produtos de limpeza e frios.
  Ana: - Não é perigoso você ir na cidade?
  Gusta: - Um pouco, mas não se preocupa, eu sei me virar.

   Vou para o meu quarto e visto uma roupa que normalmente eu nunca usaria e que cubra minhas tatuagens. Coloco um boné, que nunca havia usado antes e um óculos sem grau.

  Ana: - Esse é seu disfarce?
  Gusta: - Sim, por que?
  Ana: - Você tá parecendo um adolescente.
  Gusta: - Isso é um elogio?
 
   Ela apenas ri de mim.

  Gusta: - Ok, eu vou indo. Se cuida, toma muito cuidado. Deixa tudo trancado e não saia por nada. Eu estou levando minhas chaves.
  Ana: - Não precisa se preocupar comigo. Eu vou arrumar a casa, qualquer coisa eu me defendo com uma vasoura.

  Gargalho imaginando a cena e saio, trancando a porta. Deixo Ana sozinha e vou para a cidade.

   Depois de um caminho de aproximadamente 15 minutos, chego à cidade e procuro o supermercado. Ao entrar, pego um carrinho e coloco nele tudo que preciso.
   Com tudo dentro do carrinho, vou para a fila do caixa. Quando chega minha vez  coloco os produtos em cima da esteira e espero que o rapaz passe todas as compras.

  Xxx: - Você é novo na cidade?

   A empacotadora pergunta.

  Gusta: - Na verdade estou só passando uns dias na casa de uns parentes.
  Xxx: - De onde você é?
  Gusta: - De muito longe, uma cidade menor que essa, com certeza vocês nunca ouviram falar, Vilau o nome.
  Xxx: - Realmente nunca ouvi falar. Tenha um bom dia.

No Meio Do CaosOnde histórias criam vida. Descubra agora