Capítulo 18

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   Estávamos na piscina há mais ou menos umas duas horas. Já tinha bebido bastante. A conversa com Gustavo estava ficando cada vez mais interessante. Minha vontade era de agarrá-lo e beijá-lo como naquele dia na cozinha, ou, quem sabe, dessa vez com mais desejo. 

   A música que tocava era: 

   Aproveitei para sair da piscina de forma sexy, queria que Gustavo me notasse. 

  Ana: - Eu já volto. Quer que eu traga alguma coisa pra você?

   Perguntei à Gustavo, que apenas balançou a cabeça negando. Saí da piscina e, ainda molhada e apenas de biquíni, andei em direção à casa rebolando.
   Talvez seja o álcool ou talvez seja apenas tesão acumulado, mas eu precisava ter Gustavo só pra mim por pelo menos uma noite. Aquele homem me enlouquecia, apenas o seu olhar já fazia meu corpo inteiro tremer. Não foi nada fácil resistir durante esses dias.
   Gustavo tinha algo diferente. Algo que me deixava curiosa para saber mais sobre ele. Ele me fazia bem. Eu me sentia segura ao seu lado. Eu sei que ele sente algo por mim, não sou apenas seu trabalho, sou sua amiga. Aquele avatar não é só um corpo bonito e musculoso, ele tem um coração lindo e que se preocupa com os outros. Ele me deu uma máquina de costura de presente, com certeza ele se preocupa comigo, não só como parte da sua missão.
   Mas hoje, a única coisa que me interessava em Gustavo era aquele corpo esculpido pelos deuses, aquela pegada que me fazia gemer e o seu amiguinho que eu já conheci, mesmo que não tenha sido formalmente.

   Voltei a piscina e ele me observava com um sorriso malicioso no rosto. Fingo que não percebi e continuo meu caminho até a piscina, e foi aí que eu vi.

  Ana: - Gustavo, você já tinha visto essa caixa aqui no chão? 

   Abro e vejo botões. Gustavo sai da piscina e vem até mim. Ele observa os poucos botões que tinham ali.

  Gusta: - Esse aqui parece ligar e desligar alguma coisa. Tá a fim de testar?
  Ana: - Liga aí. Só espero que a casa não pegue fogo.

   Gustavo aperta o botão e de repente um som diferente se torna perceptível. Olhamos para a piscina e vemos que é uma hidromassagem.

 Olhamos para a piscina e vemos que é uma hidromassagem

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   Ana: - Eu não tô acreditando nisso. Todo esse tempo nessa casa e só agora que a gente viu que tinha hidro!?
  Gusta: - Bom... Nunca é tarde de mais para entrar na hidro.

   Gustavo estava na mesma sintonia que eu, acho que tanto eu quanto ele queríamos isso. Gustavo entrou na hidro e eu fui escolher uma música. Minha playlist era enorme, mas consegui encontrar a música perfeita para a situação:

   Entrei na hidro e Gustavo observava todos os meus movimentos.

  Ana: - Perdeu alguma coisa em mim?
  Gusta: - Talvez... Você está mais linda. Como pode? Você me deixa maluco Ana Júlia.
  Ana: - Talvez nós dois estejamos malucos. Eu não me importo. Você é o segurança mais tentador que eu conheço.

   Digo mordendo os lábios e olhando Gustavo nos olhos.

  Gusta: - E você conhece muitos?
  Ana: - Eu vi muitos na casa de luís, mas nenhum mexeu tanto comigo quanto você. Nenhum me fez querer esquentar as coisas dentro de uma hidromassagem. Só você.

   Digo me aproximando. Estávamos tão perto que conseguia sentir sua respiração e o seu acelerado coração. Gustavo coloca suas mãos em minha cintura e eu coloco as minhas em seu peito. Estávamos nos encarando e desejando um ao outro. A música chegava perto de seu final e eu já estava implorando para sentir aqueles lábios de novo.
   Nossos narizes se encostam e, como em uma dança, nossos lábios se encostam e se separam, apenas alguns selinhos.

  Gusta: - Se continuarmos assim, vamos acabar como da ultima vez, ou podemos ir além.
  Ana: - E isso seria uma coisa ruim?
  Gusta: - Muito pelo contrário, mas eu sou seu segurança.

   Ele disse com um tom preocupado.

  Ana: - Não se preocupe. Amanhã a gente pode colocar a culpa na bebida e esquecer de tudo isso.

   Gustavo me olha com uma expressão surpresa. Ele se afasta e tira as mão da minha cintura. Sai da piscina e anda com pisadas fortes para dentro da casa. Sigo-o e o encontro na sala com um olhar decepcionado.

  Ana: - Gustavo, o que foi? 
  Gusta: - É só assim que você me vê? Apenas uma transa?
  Ana: - E-eu, eu...
  Gusta: - Não precisa responder. 

   Ele diz um pouco irritado.

  Gusta: - Eu não deveria estar assim. Eu devia saber que você não sente o mesmo por mim. Eu sou apenas seu segurança e só estou aqui por trabalho. É assim que era pra ser, mas eu sou tão bobo. 
  Ana: - Gustavo, eu... olha, me desculpa.
  Gusta: - Não, Ana. Você não tem culpa por eu ser um idiota. Mas... eu não vou mais ser.

   E essas foram suas ultimas palavras antes de me deixar sozinha com meus pensamentos. Gustavo gostava de mim, não só como amiga. Eu não sabia. Como não percebi? E agora ele está se sentindo mal por minha causa. O que ele quis dizer com: "Você não tem culpa por eu ser um idiota. Mas... eu não vou mais ser."? Será que ele vai me esquecer?
   Gustavo realmente queria transar comigo, mas não porque estava com tesão... bom... isso também, mas principalmente por gostar de mim. Talvez tenha sido melhor não ter rolado nada. Imagina se essa conversa tivesse acontecido depois de transarmos. Seria muito pior. Como será que vai ser nossa convivência agora?

No Meio Do CaosOnde histórias criam vida. Descubra agora