16. Os tempos sombrios ainda me assombram

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•10 semanas•

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Terça, 2 de Dezembro

— Você quer que eu faça um café? — Fui acordado com um beijo na testa.

Felícia levantou a camisola que vestia e olhou para a barriga, que finalmente resolveu dar as caras de um modo que parecia que ela estava apenas constipada.

Isso era incrivelmente fofo e apaixonante.

— Você vai fazer o café? — Perguntei ainda sonolento — Seu café é ruim amor — A puxei para um beijo e ela travou os lábios.

— De onde saiu tamanha sinceridade? — Ela deu um sorriso forçado— Eu ando treinando na cafeteria da Holly e os clientes nem reclamam mais.

Desde a ligação dos seus pais, Felícia cismou que precisa arrumar um emprego.

Ela não me contou quase nada, então eu não sei o motivo real do seu choro ter durado quase 40 minutos após saímos da casa dos meus pais.

No fundo eu tenho certeza que não estou por dentro de toda a história, mas como eu disse que não quero saber do seu passado, tentei me manter apenas como observador nesta relação de pais e filha.

Porém ao mesmo tempo, eu sentia que não podia ficar calado enquanto minha função de médico e pai do bebê.

— Eu já te disse minha opinião sobre isso! — Vesti a blusa que estava sobre o criado — Não acho que seja bom pra você e para o nosso filho, que além da faculdade você fique fazendo café e servindo pessoas — Peguei o celular para ver se havia sido chamado para alguma emergência e graças a Deus não, eu podia aproveitar um tempo com minha garota.

— São só 3 dias da semana amor! — Ela levantou andando até mim— Além disso são poucas horas, nada muito estressante e veja pelo lado bom, eu até aprendi a fazer café.

A tia da Rachel é dona de uma rede de lanchonetes e a principal delas é que a Felícia está trabalhando, que fica ao lado do Hospital Northwest.

— O café que eu tomei lá ontem foi você que fez? — Perguntei assustado, já que o café da Felícia é realmente muito ruim — Greg até elogiou e me perguntou se você havia sido demitida — Eu disse rindo.

— Como vocês são engraçadinhos! — Felícia seguiu andando até a cozinha e eu a acompanhei abraçado ao seu corpo, depositando beijos em seu pescoço — Eu apenas não tinha me adaptado à maldita cafeteira industrial.

Ela girou o corpo ficando cara a cara comigo.

— E a minha que é convencional? Qual o problema com ela? — Levantei a Felícia e a sentei no balcão, nossos lábios ficaram da mesma altura e eu lhe roubei um beijo.

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