Capítulo vinte e sete - Um grande sonho

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    Grant me leva para dançar quando percebemos que todos os outros demoram para chegar. Além disso, Bratt e Sophie estão dançando também. Quando eles chagarem iremos saber, porque Chloe Rogers é o centro do mundo, das atenções. Ela chama atenção onde quer que esteja.
  Ficamos cansados de tanto dançar e vamos nos sentar. Grant vai buscar uma cerveja enquanto observo o casal mais adorável que eu conheço. Parece que eles já estão bem.
   — Boooh! — Chloe me assusta e quase caio no chão.
   — Que susto! — Levo a mão até ao peito.
   — Desculpa se foi demais. — Ela ri. — Você está muito linda.
   — Obrigada. Você também está. — Realmente está. Está com uma saia jeans rasgada, saltos altos e blusa preta.
   — Onde está o seu namorado? A chatice ambulante? — Scott pergunta.
   — Bem atrás de você, viado! — Grant responde.
   — Era para você ouvir mesmo. — Scott recebe a cerveja dele e bebe.
   — Tudo bem, gente? — Quentin chega também com uma garota de cabelos castanhos e olhos azuis.
   — Então, Quentin, quem é essa garota? — Chloe pergunta como se estivesse com ciúmes.
   — Wanda. Ela é uma amiga.
   — Ah! Ela anda na nossa universidade? — Pergunta ela novamente.
   — Não. Estou na universidade de Colúmbia.
   — Ivy League, então. Parabéns! — Sophie sorri.
   — Obrigada, apesar de eu sonhar com Havard.
   — Ela pertence a família Gareth. — Quentin diz.
   — Não?! — Sophie sorri. — Você é a Wanda Gareth? A prima do Paul?
   — Sim. Sou eu!
   — Tudo bem. Quentin, porquê você não trás uma bebida para Wanda? — Chloe diz.
   — Claro! — Ele vai praticamente correndo.
   Chloe olha para Wanda com o olhar que usava para me ameaçar. É bastante intimidador.
   — Wanda, não é? Se você fizer o Quentin sofrer, você vai se ver comigo.
   Scott abraça ela. — Calma, meu anjo. Vai assustar ela.
   Rio em silêncio porque essa situação é um pouco engraçada.
   — E ali está a Kathleen com o Max. — Grant aponta para a porta, onde eles acabam de entrar.
   — Espera! Meus amigos arranjam namorados nas minhas costas? — Chloe parece indignada. — É isso?
   — Chlo! — Scott revira os olhos.
   — Eu juro que vou ficar uma semana sem falar com eles, a não ser que me dêem uma recompensa incrível. — Ela vira e puxa a mão de Scott para ir com ela.
   — Rainha do drama! — Sophie revira os olhos. — Porquê eu sou amiga da Chloe, Bratt?
   — Porque você é a pessoa mais incrível que eu conheço. — Bratt beija ela.
   — E você é o melhor namorado!
   Quentin regressa com bebidas para ele e Wanda, depois sentam na mesa também para conversarem melhor.
   Eu viro para Grant, que me beija na frente de todo mundo. Estou me acostumando com demonstrações de afeto em público. Afinal, eu quero que todos saibam que Grant gosta de mim. Eu, Mia, e mais ninguém.
   — Casal feliz! — Oiço Kathleen.  A gente se afasta imediatamente.
   — O que você disse? — Grant pergunta.
    — Eu perguntei se estavam bem. Mas vocês não ouviram.
    — Estavam no bem bom. — Max pisca um olho para Grant, que tira o boné.
    — A gente estava bem até vocês chegarem. — Grant responde. — E a Chloe está muito puta com você e Quentin. Boa sorte a lidar com o demônio.
   — Se Scott ouve... — Quentin passa o dedo no pescoço, imitando uma faca cortando. — ...já era!
   — Eu não tenho medo do Scott. — Grant beija a minha testa. — Quer beber alguma coisa, Borboleta?
   — Eu quero. Um refrigerante.
   Grant me dá um beijo e depois levanta para ir buscar as bebidas. Sophie fica tirando fotos do Bratt, mas ele não se importa.
   Pego no meu celular também para tirar uma foto. Grant me ensinou como é, não deve ser difícil. Todo mundo faz isso até crianças.
   Tiro algumas selfies, imitando as caretas que Sophie e Chloe fazem. Algumas fotos ficam lindas, outras não. Mas continuo até Grant trazer a minha bebida.
   — Eu também quero uma foto com você. — Ele beija o meu rosto e eu tiro a foto. Estou ficando boa.
   — Ficou linda. Vou salvar. — Digo. Ainda é um desafio para mim ter um celular assim, mas estou aprendendo.
   Depois de salvar as fotos, conversamos e bebemos, depois vamos dançar. Grant sabe que não sou uma grande bailarina, por isso a gente dança lentamente e completamente abraçados. Tal como no meu aniversário.
   — Grant, às vezes, eu acho que tudo isso é um sonho. — Fecho os olhos. — E tenho medo de acordar e perceber que estou trancada no quarto...
   — Shhh! Tudo isso é real, meu amor! — Ele beija a minha testa. — Você está livre do seu tutor, está aqui comigo e eu vou proteger você. Não estamos sozinhos.
   — Não estamos sozinhos! — Sorrio. — Não acredito que tenho amigos, que tenho você.
   — Pois acredite. De agora em diante, a sua vida será um grande sonho.
   — Eu vou acreditar em você. Só espero que a polícia pegue Vladimir.
   — Ninguém consegue fugir por tanto tempo. Ele vai pagar por tudo o que fez.
   Assim espero. Porque se Vladimir me encontrar, ele vai machucar Grant. Não quero perder mais ninguém. Ele é a pessoa que mais amo nesse mundo.

Intensamente quebradosOnde histórias criam vida. Descubra agora