World {taekook} #Book 3

Capítulo 11

(n/key): Este capítulo foi muito difícil de escrever, eu nem sei o que dizer. Espero que gostem e que não me matem no fim. Desculpem os erros.

ATENÇÃO!

Este capítulo contém:

- Pensamentos suicidas

- Tentativa de suicídio

- Pode ferir a suscetibilidade dos leitores

Se não se sentem preparados para ler por favor não leiam, não me responsabilizo por possíveis danos. Se estiverem a passar por um momento complicado falem com alguém, se quiserem estou disponível é só chamar na dm. 

Se quiserem falar com alguém lembrem-se que existem linhas de apoio para pessoas que querem desabafar e conversar, podem fazer uma rápida pesquisa e encontra-las. Não se esqueçam da linha de emergência médica que eu Portugal é o 112.

Sejam felizes anjos da minha vida.  

-x-

(Jimin POV)

Quando acordei percebi que era de noite, tudo estava silencioso, os meus amigos já tinham ido para casa e o Jungkook devia estar a dormir profundamente depois do dia agitado que ele devia ter tido. Olhei à volta, estava no meu quarto, estava escuro, sentia o meu cabelo grudado na testa e o calor acumular-se debaixo dos cobertores que me cobriam, puxei-os para trás utilizando as mãos e os pés sem precisar de me levantar. Olhei para o relógio em cima da mesinha de cabeceira, ali estava uma sandes e um copo com sumo, com certeza feita pelo Yoongi por estar tão direitinha. O relógio marcava as duas da manhã, o meu corpo acalmava de fome, mas eu não podia comer, não era horas para isso – "Jimin só deves almoçar" vozes diziam na minha cabeça.

Na mesinha de cabeceira também permanecia a caixa do Yoongi, ela era dourada, com alguns detalhes, era bonita para decorar. Eu ainda não sabia como é que ele tinha saído dali, mas curiosamente eu acreditava nele.

Sentei-me na cama demasiado depressa, a minha cabeça doeu fazendo-me levar as mãos à mesma, precisava acabar com aquela dor, estava a tornar-se insuportável. Nunca seria tão bom como as pessoas à minha volta, sempre seria julgado, nunca iria ser suficiente. Levantei-me da cama e com alguma presa, mas sem fazer barulho vesti uma roupa preta, a camisola nem era minha, pertencia ao Jungkook, mas o sítio para onde eu ia ele iria poder ficar com ela depois, seria devolvia de qualquer forma. Calcei uns ténis sujos e velhos que já não usava algum tempo, estavam até apertados nos meus pés, mas eu não me importava, eles não ficariam ali para sempre também. Não me importei em tomar banho, depois de ser enterrado ninguém iria se importar se cheirava mal ou não.

Consegui sair de casa sem acordar o Jungkook que estava a dormir na sala com a televisão acesa, não me aproximei dele, não podia acordá-lo, mas fiquei a olha-lo por um tempo. Jungkook dormia profundamente, essa seria a última visão que teria dele, era uma visão bonita fazendo-me querer sorrir pelo mais novo estar tão relaxado. Assim que pus os pés para fora de casa o vento frio fez os meus pelos se arrepiarem e a pele das minhas bochechas doer, não me importei, em breve não sentiria mais dor. Comecei o meu caminho, uns minutos depois o frio já não me incomodava mais, o meu coração e a minha cabeça doíam mais que qualquer outra coisa.

Cheguei à linha féria, literalmente o fim da linha. Sabia bem o que estava ali a fazer, olhei à volta e não havia ninguém por ali, afinal era muito tarde. Já passava das quatro horas da manhã e eu ainda não tinha feito nada, estava sentado nas ervas altas e molhadas pelo orvalho da noite, não tinha trazido nada a não ser as roupas que tinha no corpo. Será que o Jungkook já tinha percebido que eu não estava em casa? Já tinha avisado alguém? Estariam à minha procura? Não importava desde que eu pudesse acabar com tudo antes que alguém me encontrasse.