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Dominik entrou no hospital segurando a minha mão. Conversou com o moço da recepção segurando a minha mão, nós entramos no elevador e subimos para o décimo andar com ele ainda segurando a minha mão. Ele não me soltou, não me largou em nenhum momento.
A porta se abre e uma sorridente Charlotte – A Modelo –, vem até nós. Com seus cabelos negros presos em um coque bem feito, sua pele com um mínimo de maquiagem, ela está elegante em seu vestido tubinho bege e o jaleco, calçando nada menos que um scarpin bicolor Coco Chanel. Nada comparado ao meu vestido godê na cor amarelo queimado e sapatilhas, bem, o preço pelas roupas eu acho que se iguala, mais é só isso. Até Dominik parece mais elegante do que eu, em sua calça social com riscas de giz que molda suas coxas musculosas e seu bumbum incrível, além de uma camisa de ninho branca com as mangas dobradas cuidadosamente nos cotovelos. Ele está fabuloso segurando a minha bolsa de mamãe.
Ah, eu só posso estar gravida. Porque sinto todos os meus hormônios inflamados.
— Ei, cara pálida. — Lottie zomba, fazendo Dominik revirar os olhos.
— É assim que você atende os seus pacientes?
— Bem, cara pálida, você não tem nenhuma vagina, então não é um paciente.
Ela lhe lança um sorriso sarcástico. Eu me divirto muito com esses dois, só espero que Cellina e o bebê sejam um pouco mais amáveis.
— Deixe-me reformular a minha pergunta. É assim que você atende os companheiros das suas pacientes? — ele questiona, erguendo uma sobrancelha em desafio. Charlotte faz o mesmo.
E que comece os jogos.
Eu suspiro.
Ei, eu sou o ponto principal, esqueceram?
— Pensei que vocês fossem casados e não... companheiros. Bem, acho que os meninos vão adorar saber disso.
— Que porra de meninos?
— Ah, você não se lembra? Começa com C e termina com...
— Você não se atreveria.
— Eu acho que me atreveria, sim...
Eu me afasto, mesmo que a mão de Dominik me impeça de ir muito longe. Eu escuto um sonoro som de elevador.
— Vocês já começaram? Não são nem onze horas ainda.
Eu me viro para encontrar Lewis com um olhar cansado. Segurando uma prancheta branca com muitos papeis sobre ela. Ele captura o meu olhar, então vem até mim.
— Olá, querida. Esses dois estão te aborrecendo? — ele se inclina para mim e beija o topo da minha cabeça.
Eu já nem me assusto mais, todos são assim. Benjamin quando me vê sorri largamente e me beija na bochecha, Henrique e Leoncio também beijam os meus cabelos, e Luccas me abraça. Vovô Apolo me faz ir até ele para que eu beije a sua bochecha. E é assim com as mulheres também. Eu não sei se isso é valido pelo fato de que Dominik disse que não tenho família. Que eles são a minha família agora.
Lewis é um homem alto, nem muito velho e nem muito jovem. Ele tem alguns fios grisalhos brigando os seus cabelos castanhos. Luke tem muito das suas características, enquanto Cecilia é muito parecida com Cinthia. E a pequena melhor amiga da minha filha, Ariel, é uma mistura perfeita de ambos.
— Eu não sei o que fazer com esses dois. — Eu sussurro para ele, vendo a minha cunhada e meu marido trocarem olhares enfezados.
— Nós perdemos as esperanças já. — Ele sorri, olhando algo na sua prancheta. — E como está a futura mamãe?
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SENHOR DOMINIK
Literatura Feminina~~~ CONCLUÍDO ~~~ Livro não indicado para MENORES de 16 anos. Série: Homens Oikoyéveia - Paixão Incerta - livro 1 O novo CEO do Conglomerado OIKOYÉVEIA, tem um grande problema em suas mãos. Dois, se não bastasse. Dominik sempre lutou pelos seus obje...