Amelie se apoia em mim, enquanto seguimos para fora do corredor que dá acesso aos quartos hospitalares. Um olhar para Amelie e eu soube que ela não sairia desde hospital sem nossa filha. Sua reação provou o quão Rogger estava certo.
Os olhos vermelhos dela não sai da minha cabeça. É uma imagem constante. Vermelho, verde e lagrimas. Nunca imaginei que o dia que contaria para ela fosse resultado de uma notícia chocante sobre o seu estado gestante. Idealizei desde o momento que soube da sua existência que contaríamos as coisas quando Rogger abrisse mão da guarda dela e, eventualmente, contasse onde ela estava. Mas isso nunca aconteceu.
Após saber o verdadeiro motivo do seu jogo doentio, ficou claro que nunca a teríamos se não começássemos a entrar no seu jogo. Rogger na primeira imagem me pareceu um homem maluco; insano o descreveria mais claramente. Porém, quando ele me deu o endereço do colégio interno e formulou um plano para levar o pequeno pacote recém-nascido, pude ver que o plano dele nunca foi nós atingir, ele apenas queria que ela estivesse presente em sua vida por mais tempo. Um plano financeiro? Talvez, levando em conta o quão vantajoso que seria juntar os impérios.
Como pai compreendi o seu medo ao observar o caminho que seu filho estava traçando. Mas essa mesma concepção também implicava com os meus princípios paternos. Ela é a minha filha, minha princesa que nunca pude ter um contato. E aceitar seus termos e condições para obter um contato com ela me devastou durante as duas semanas que se prosseguiram. Até que aceitamos.
Fazer a ideia partir de Julianne foi fácil, difícil foi vê-la pela primeira vez e não poder agarrá-la e a abraçar apertado. Devastador foi seus olhos me odiarem com o fato de saber que eu estava abandonando um bebê como se não fosse nada, sendo que eu nunca faria isso. E o principal, me despedir e dar as costas para nunca mais voltar ficou na minha mente por meses. Eu disse a ela que voltaria, mas as condições de Rogger foram que deveríamos manter distância até ela chegar à cidade. Acho que mesmo diante de tudo, o mais terrível foi ter que obedecer a vontade dele durante esses anos. Ver minha esposa me pedir suplicante para que fosse buscá-la era complicado. Mas não podia fazer nada.
Ela me odiava. Tinha visto isso. E aparecer lá dizendo ser seu pai não facilitaria uma aproximação. Rogger sabia disso e utilizou esse meio para me chantagear emocionalmente.
E decidimos nós afastar. Daniel estava de casamento marcado e não queria estragar seu grande dia contando sobre a nossa descoberta com relação ao paradeiro da sua irmã.
— Ela... — Amelie balbucia, sua cabeça encostada no meu ombro. — Nós... fizemos o certo?
Sua pergunta me faz selar os lábios. E balanço a cabeça como resposta. Ela sabe que não agimos de maneira correta. Podíamos ter feito tudo, menos agir dá forma que fizemos naquele quarto. Ela está frágil. Pelo amor de Deus!
Minha menina está gravida. E saber sobre isso por uma notícia de jornal fez com que a gente pensasse impulsivamente. Nós tínhamos um plano. Já tínhamos mandado o convite e era só esperar. Entretanto, fomos acordamos hoje de manhã por Daniel e Adelina batendo na nossa porta. Meu filho completamente alterado com a evidência de que eles tinham firmado o falso casamento, como pensávamos que era. Quer dizer, Amelie se agarrou a ideia de que Rogger estava errado e que seu filho, Dominik, nunca se interessaria por uma jovem como Julianne. Mas ela estava errada, fazendo a notícia ser o estopim para nós trazer aqui. Eu relutei até o último segundo, mesmo vendo os olhos irados de Daniel e Amelie perante o fato de que ela estava gravida dele. Mas no momento que obtive um novo olhar nela, incluindo na sua aflição ao imaginar que estava levando o pequeno pacote dela, levou tudo de mim. E apenas pensei no fato de que claramente Rogger e eu já não tínhamos nenhum acordo. Porque seu filho tinha ferrado com ele a muito tempo.
Eu ajudo Amelie a se sentar na sala de espera e ficamos em silencio. Ela pediu um tempo; um momento. Não estamos mais lidando com Rogger, é com ela desta vez. Ela está no comando da situação e devemos respeitar qualquer que seja a sua decisão.
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SENHOR DOMINIK
ChickLit~~~ CONCLUÍDO ~~~ Livro não indicado para MENORES de 16 anos. Série: Homens Oikoyéveia - Paixão Incerta - livro 1 O novo CEO do Conglomerado OIKOYÉVEIA, tem um grande problema em suas mãos. Dois, se não bastasse. Dominik sempre lutou pelos seus obje...