TRINTA E OITO | DOMINIK

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Nota introdutória: Este capítulo não acabou. A segunda parte só depois do Enem. Ótima semana para vocês, e isso inclui a próxima. Desculpem os erros. Ah, postei e sai correndo. Beijos e abraços. 

 

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Troco de marcha e piso o pé no acelerador, deslizando o carro pela Interestadual 95

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Troco de marcha e piso o pé no acelerador, deslizando o carro pela Interestadual 95. Olho de soslaio para minha mulher com a boca transformada no mais fofo beicinho, os braços cruzados no peito, balançando a perna sem parar.

Encosto o cotovelo no vidro mordendo a ponta do indicador para não rir perante a sua indignação.

Ela está inconformada pelo fato de que Cellina pouco se importou quando dissemos que estávamos indo dar um passeio. Minha menina adorável apenas perguntou se ela precisava vir conosco, olhando para nós com aqueles redondos olhos azuis implorando para que dissemos, não.

Julianne já reclamou, trocou de estação de rádio, olhou para o horizonte, perguntou se estávamos chegando umas trocentas vezes. Fazendo-me sentir como se a tivesse obrigado a vir comigo e, bem, eu a obriguei.

Eu compreendo que para ela é complico ficar longe da filha. Sei que minha conexão com Cellina nunca chegará ao seu patamar. Ela sofreu, gerou, protegeu e cuidou do nosso pequeno ser sozinha, sem ninguém que pudesse apoiá-la. E agora que entrei na jogada é a minha vez de fazer seu caminho mais suave, de deixá-la descansar. Isso é assumir responsabilidades, é amar uma criança – mesmo que não feita por você –, para sempre. Entretanto, desta vez, quero minha esposa só um pouquinho para mim. Eu também preciso cuidar dela, conquista-la para que ela não me abandone. Nem pense nessa possibilidade.

SENHOR DOMINIKOnde histórias criam vida. Descubra agora