Prólogo

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Hello... ATENÇÃO! Essa fic não tem a intenção de ofender nenhuma religião e crença. De nenhuma forma preconceito do mesmo modo de qualquer símbolos religiosos. Se alguém se encomodar, não leia.
Vamo com o prólogo, quero que entendam bem, e leiam com calma, afinal é apenas o começo.

Capa linda feita pela Txegguks goldenvantae-

twitter: @absloteu
~boa leitura

                                                                                                    —  3 de Novembro 1996

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                                                                                     —  3 de Novembro 1996

Eu já estava completando dois anos na igreja como freira, as outras irmãs se orgulhavam de mim, e eu me sentia maravilhada com os elogios delas. Fizemos um pequeno bolo para comemorar, onde o padre, senhor Youngjae teve o privilégio de fazer uma reza em minha homenagem, mas antes, me disse as seguintes palavras:

— Desejo parabéns 'pra você, irmã, dois anos é bastante tempo ,— deu um sorrisinho — Uma coragem, pra falar a verdade. A senhora é forte, e desejo que continue assim — fez uma pausa para um suspiro — Espero que esteja conosco sempre.

Ao final das palavras, deu sua benção a mim, sorri-lhe quando terminou, ele fez o mesmo a mim. As outras irmãs me abraçaram, algumas me deram amuletos com cruz com boneco de jesus cristo nele, achei lindo da parte delas.

Os olhares do padre Youngjae me fizeram estranha-lo, olhares nada bom de recordar, - olhares desejosos - afinal, não sabia se eram de bom ou de mau sentido. Dei um longo suspiro, afastando os demais pensamentos.

"Preciso rezar!"

Após a pequena comemoração, fui ao salão da igreja, ficando em frente ao altar. Me ajoelhei e comecei minha oração a cristo, os pensamentos malignos vinham a minha mente. A medida em que vinham, eu rezava mais alto.

"dois anos é bastante tempo — deu um sorrisinho"

Lembrando de minutos antes, pedia para que deus me ajudasse a me controlar. Com algumas horas ali, levantei logo me curvando para a cruz grande que havia na parede entre o altar. Sai entrando no corredor onde levava até meu quarto.

Cinco anos depos...

                                                                                                — 3 de Outubro 2001

— Mãe, mãe, acorda! — senti algo me cutucando, logo abri meus olhos.

— Já acordei, filho, vamos. Eu levo você para a escola — ainda meio sonolenta, passo as mãos nos olhos, dando um longo bocejo, me espreguiçando.

Realmente ando sonhando com o passado, o fruto de todo o meu pecado está na minha frente, com todos os meus desejos, minhas vontades, não resistimos, até a gravidez surgir. Deus nunca me perdoará por isso, as coisas não estam dando certo ultimamente, eu e Youngjae ficamos juntos, decidimos criar nosso filho, fazer um aborto ia ser bem pior, um pecado ainda maior, e isso não queriamos. Apesar dele tratar mal Jeongguk ainda quando criança, ainda se culpando por isso. Mas pra mim não tem nada a ver com a desgraça que fizemos, fecho os olhos e por segundos me culpo, me desejando a morte, mas não podendo deixar minha criança com o pai, sabendo que ele nem ao menos cuida de si mesmo, poderia fazer coisas piores, como bater nele com uma cinta fina de couro. Abro os olhos, tentando esquecer mais o passado. Tento sorrir 'pra minha criança:

— Seu sorriso é lindo, mãe — dá um risinho fofo, sorrio mais.

— E você é um docinho — puxo ele para um longo abraço — Eu amo você — sussurro em seu ouvido.

— Também te amo mamãe — ouvir aquilo fez meu coração se partir em pedaços.

— Desculpa, por tudo que fiz e que vou fazer — uma lágrima solitária escorrega sobre meu rosto.

— Você não fez nada, mãe — se afastou, olhando meu rosto — Não chora, você não fica bonita com os olhos molhados — passou os dedinhos em meus olhos.

E isto me deu vontade de chorar ainda mais, ele não tem culpa de nada. De nada que aconteceu.

— Vamos, amor. Vamos pra escola.

Apesar de estar com medo, não levei ele pra escola, Youngjae não permitiu, dizendo palavras ofensivas:

— Não irão a lugar algum, não quero que cometam mais erros nessa vida! — apesar de estar traumatizada, suas palavras foram fortes, não queria que Jeongguk ouvisse, mas é difícil de não se ouvir.

— O que tem a ver? Ele só vai a escola! — debati com mais calma.

— Na escola tem várias crianças, não quero que ele se meta com ninguém, converse com ninguém! — suas palavras foram cuspidas para fora num tom forte.

Sei que ele quer o melhor de si para Jeongguk, mas queria que ele tivesse uma educação melhor, mas preferi que fosse assim antes que apanhasse de novo, não queria que Jeongguk visse tais cenas absurdas.

— Essas são minhas últimas palavras, então, não me faça fazer as tais violências, Rose! — me olhou com ira — Leve esse moleque para o quarto e vê se distrai ele com alguma coisa, depois quero te contar uma coisa.

Olhei para baixo, vendo os olhinhos com água de Jeongguk, só queria me matar e esquecer que tive uma vida fracassada como essa. Pigarreio um pouco, assentindo com a cabeça, logo vi que Jeongguk trouxe um copo d'água, peguei e bebi de uma vez o líquido.

Dei um longo suspiro, já com um pouco de lágrimas nos olhos, o olho com um pouco de raiva, mas logo mudo minha expressão:

— Vamos, bebê — estendo uma mão, logo ele a toca e seguimos 'pro corredor pequeno.

Fomos para o quarto, como distração, vimos alguns desenhos na televisão. Com algumas horas depois, ele adormeceu ao meu lado, dou um suspiro aliviado. O abraço, me aconchegando ao seu lado, seu cheirinho de nenê nunca saiu de sua pele, com um cheirinho doce em seus cabelos, com o cheirinho de morango, minha fruta predileta. Eu só não queria pegar no sono, com o medo das lembranças do passado. Todos os dias rezo, rezo para que isso acabe, mas sempre fica ainda pior...

"Culpa sua!"

Esses dias estou rezando de cada três horas, acredito que meu pecado está cada vez mais me culpando pelo o que fiz, mas, não fui só eu. Talvez a culpa esteja vindo só a mim. Claro, fui a única que cedeu, eu sou a culpada por isso.

"Culpa sua!"

Eu sei que, por fora, posso enganar a todos, não me comuniquei com mais ninguém desde que descobriram nossa tragédia. Mas por dentro sou um lixo, sou a pior pessoa, não mereço meu filho, ele não merece estar passando por isso, ele não tem culpa. A culpa é minha!

Somente minha!

Eu deveria morrer!

Ninguém merece uma vida como essa!

Eu não presto!

Sou um lixo!

Vou me matar!

Mas realmente, todos acham que eu sou uma louca, por isso não me comunico com ninguém. Meus pensamentos estão me afastando de todos. Menos do meu filho.

Meu Jeon!

                     

𝐷𝑒𝑖𝑥𝑒-𝑚𝑒 𝑃𝑒𝑐𝑎𝑟 | 𝑇𝐾 | Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora