uma busca inquietante

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Todos estavam apreciando a convidativa e luxuosa festa de noivado enquanto os músicos tocavam e as damas dançavam com seus pares. As bebidas eram constantemente servidas bem como os aperitivos... era sem dúvidas uma festa extravagante. Então, o servo dos Black's anunciara a chegada do Lorde das terras de Brasov, o Duque Son.

Foi inevitável, vários olhares se voltaram a escadaria curiosos e apreensivos. A muitos e muitos anos não se era visto um herdeiro dos Son's e um estar ali justamente na festa de um Black era um tanto curioso visto que vários outros duques, condes e nobres já haviam feito o mesmo convite e tal família nunca enviará seu representante.

Uma coisa era certa e indiscutível entre eles, os Son's sem dúvidas possuíam a maior fortuna dentre eles, ficando atrás somente do grande soberano, o rei. Dádiva essa conquistada a longos séculos.

Kakarotto, ainda estava irritado com tanta pompa, odiava o casaco longo em tom azul Royal e detalhes em ouro, odiava aquele sapato, achava apertado e incomodo -gostava de botas- odiava as mangas bufantes, babados rendados, ah esses sem dúvidas eram os piores junto com aquela gola de renda, parecia que ia lhe sufocar e ele enfiara o dedo puxando próximo ao seu pomo de adão no pescoço.

—Eu estou ridículo – murmurou mais uma vez a Karin irritado

—Bobagens, está ótimo – determinou o homem baixo e grisalho ao puxar o colarinho do seu mestre e tornar a ajeitar recolocando no lugar – pare de mexer, parece uma criança sem modos! – ele riu torto e Kakarotto acompanhara concordando. Nem quando era criança gostava de porcarias que o apertava todo. Era horrível!

Logo ele surgiu no alto da escadaria surpreendendo a todos os convidados, exceto por uma jovenzinha que estava completamente alheia a tudo e que bebia ao fundo caminhando em direção a varanda com sua taça de vinho em mãos.

Os olhares das mulheres sobre ele eram quase pecaminosos. De fato, o herdeiro dos Son's chamava muito a atenção delas. O porte viril, másculo, o semblante frio e firme. O olhar decidido e ao mesmo tempo lascivo... Ele era rude e altivo. Mas os adornos em ouro eram o que mais chamava a atenção, um título real e posses...muitas delas na verdade.

Ele tentava ser agradável, muito embora aquilo fosse algo extremamente difícil. Cumprimentava a quem o cumprimentava, e tão logo já estava sendo arrastado para conhecer belas – e solteiras – damas, que buscavam através de suas famílias, posses e títulos com um bom casamento, o que ele na verdade estava fugindo. A ultima coisa que ele precisava era esse incomodo, e esses problemas, pensando pela lógica, sua descendência se encerraria ali, nele.

Precisou de apenas algumas voltas pelo espaço e uma taça de bebida nas mãos e um ínfimo cheiro desponta seus sentidos. Um aroma doce invade suas narinas em meio a tantos outros e ele tentava filtrar – por assim dizer – o cheiro no meio dos outros o que estava sendo uma árdua tarefa dado a quantidade de pessoas que estavam ali, bem como seus perfumes horrendamente fortes. Mas aquele aroma em especial o inquietava, aquele cheiro sem dúvidas despontava um frenesi inquietante em seu ser e parecia estranhamente conhecido aos seus sentidos, um cheiro que remetia a uma serenidade a muito e muito tempo provada por ele. então disfarçando, ele começa a farejar o aroma.

—Está rastreando logo aqui? – murmura Karin no ouvido do mestre um tanto curioso em onde aquilo ia dar.

—Sinto...um cheiro... um cheiro bom...

—Não são as belas damas? – perguntou Karin com um sorriso jovial.

—Não! – respondera Kakarotto com uma careta – não é cheiro de perfume extravagante e berrante – disse kakarotto que desvencilhava de algumas damas. – é algo mais... familiar – ele respondeu e caminhava em uma direção até a Condessa de Piteasca o barrar alegremente.

Luz da lua (terminado)Onde histórias criam vida. Descubra agora