Após o importante recado do professor Slughorn, Guime, Mark e Glei caminharam rumo a entrada do gabinete da diretora McGonagall. Apesar de terem um dia longo, os meninos caminharam tranquilamente pelos corredores.
O Santos sequer parecia ter acabado de sair de um grande susto. Há alguns momentos agonizava em uma dor incessante de dezenas de furúnculos gigantes em seu rosto, mas ali, minutos depois, agia como se nada tivesse acontecido.
O trio adentrou a escadaria principal que além de suas centenas de escadas de pedra, ainda possuía uma vasta quantidade de quadros animados. Ali estava o hall repleto de personalidades bruxas, dos mais desprezíveis aos mais importantes.
Um ao lado do outro, os assuntos de cada quadro ora ou outra pulavam de suas molduras rumo à pintura do lado. Eles gostavam muito de socializar, quase tanto quanto fofocar as conversas dos alunos.
Enquanto subiam alguns degraus, os meninos ainda sentiam a agitação da situação que presenciaram na aula. - Por que você fez aquilo? - Marcos perguntou para Guilherme em um tom surpreso. -Tipo, até entendo se aliar comigo para ajudar o Glei. Mas por que inventou uma história tão boa para esconder as tretas?
- Se falássemos a verdade com certeza não iam sair na vantagem. Quer dizer, os pontos que você ganharia com a poção bem feita só serviriam para serem descontados com as atitudes do Norman. Fora que o Glei podia se meter em uma grande enrascada.
- Valeu. - O Santos agradeceu.
Guilherme sorriu em resposta, mas Marcos não estava tão satisfeito com um ponto. Agora mais calmo, sua cabeça começara a conspirar contra algumas ações do menino.
- Está dizendo que quis salvar os pontos da Grifinória? - O pequeno Barbosa indagou, pasmo. - Isso não faz nenhum sentido. Você não ganha nada. Fala sério, o normal é você querer o contrário.
- Mas você merecia os pontos daquela poção. Ela estava muito boa. - Marcos não acreditou, estava escrito em sua face. O pequeno Lerback revirou os olhos. - Se é tão importante que haja um motivo para eu fazer uma boa ação para sua casa, encare como uma forma de retribuição por ajudar o Glei a sair daquele estado. Sério que você está implicando com isso? Trabalhamos super bem juntos. Pensei que seria um pouco diferente agora. Que podíamos deixar de lado essa rixa entre as casas.
Glei abriu a boca para concordar, mas foi interrompido por Mark.
- Sério que achou isso?! - O Barbosa riu da cara dele. - Acha mesmo que porque passamos uns perrengues juntos o histórico negro da sua casa com bruxos das trevas seria relevado? Parece que você é mais burro que eu imaginei.
- Que isso, Mark! - Os rastafaris de Glei se arrepiaram e Snopy vibrou seus espinhos.
Guime torceu a boca. - Se acalmem. Eu não me importo. - Sua convicção pareceu intacta. - Eu tenho muito orgulho de ter sido selecionado para uma prestigiada casa como a Sonserina.
- É claro que se sente. - O pequeno Barbosa debochou. - Você é um branquelo de sangue-puro, membro de uma família perfeita, rica e renomada. - Ele distorceu sua voz para um tom abobado. - "Eu tenho sangue de dragão e minha varinha é incrível". Blá, blá blá.
O pequeno Lerback cedera. Suas bochechas se avermelharam de raiva e sua expressão era de extremo desdenho para Marcos. - Olha quem fala. O supremo conhecedor de casas de Hogwarts! Você deve ser a personificação do Chapéu Seletor. Nem parece que entrou na escola ontem. - O menino respirou fundo e segurou seu pequeno dragão para evitar que avançasse no grifinório. - Inacreditável como você é hipócrita. Alguém que explode em discurso sobre o fascismo da supremacia sanguínea sendo a pessoa mais preconceituosa que já conheci!
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A Tríade - Volume I
FantasiaQuando uma nova força das trevas promete vir arruinar o Mundo Bruxo, o destino entrelaça três crianças brasileiras para detê-la. Conheça uma história totalmente nova, baseada no universo de J.K. Rowling, e se aventure tentando descobrir até onde a...