Capítulo 11 - O alvo

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O primeiro mês de aula passara extremamente acelerado. O tempo ficava tão curto quanto os dias e a cada dia mais o frio começava a tomar Hogwarts. Para os alunos nativos da Europa a mudança mal era sentida, mas para os alunos estrangeiros era gritante. Por muitas vezes Marcos e Gleidson foram os focos das zombarias por estarem de cachecol em pleno outubro.

A medida que as aulas passavam, os meninos aprimoravam suas habilidades de forma íntegra e veloz. Cada um em seu ritmo de aprendizado próprio.

Guilherme Lerback continuava cada vez mais astuto, inteligente e poderoso. Sua fome de conhecimento incessante o tornava uma biblioteca viva, o que o ajudava muito nos treinos do Clube de Duelos. Lá, a cada aula que passava, ele surpreendia com seus dons para feitiços ofensivos e conhecimentos de varinhologia. De fato, sua proficiência enquanto bruxo era excedente as expectativas de todo o corpo docente.

Gleidson Santos mantinha sua popularidade extrema, sua coragem exímia sempre salvava as meninas dos acidentes com ratos nas aulas de transfiguração. Trabalhando duro em suas competências como artilheiro, ele se esforçava para se equiparar aos seus colegas mais velhos e mantinha um bom desempenho com sua força bruta surpreendente. De fato, sua proficiência enquanto bruxo era muito boa para todo o corpo docente.

Marcos Barbosa Jr. prosseguia focado em melhorar sua performance como aluno, que para ele era o caminho mais rápido para ganhar a admiração de sua amada. Apesar da obsessão não saudável, graças a isso ele se mantinha como um bom aluno nas aulas de poção e para orgulho de seu mentor Slughorn, ele conseguia executar cada uma das propostas feitas pelo professor durante as aulas. De fato, sua proficiência enquanto bruxo era dentro dos padrões exigidos por todo o corpo docente.

A relação entre o trio era estável, Glei era um ponto de paz que evitava as discussões de Guime e Mark. Os dois geralmente não se falavam, mas não se evitavam de qualquer forma. O sonserino ainda guardava rancor das palavras do menino e o grifinório ainda acreditava que ele estava em busca de ser um bruxo das trevas.

A turma se manteve distante do pequeno Lerback, insistindo na ideia de que ele era capaz de controlar criaturas das trevas e o culpando ilogicamente pelo ataque da Madame Hooch. A cada conquista do menino, a cada destaque, a cada mérito, a inveja das demais crianças respondia com mais e mais sibilos.

Por esta razão, o príncipe da Sonserina não teve a oportunidade, muito menos o desejo, de fazer amigos em sua classe. Quando não estava se divertindo com seus irmão de casa, ele preferia se dedicar aos estudos. Seu tempo livre era quase sempre tomado por grupos de estudo com Theo no dormitório, na biblioteca, no Salão Principal, no corredor e até mesmo no banheiro. Guime sempre estava carregando um livro ou dois consigo para cima e para baixo, fazendo as redações mais extensas e aplicando mais eficazmente todo o seu conhecimento.

Contudo, o domingo do menino continuava sagradamente dedicado para sua "princesa", como assim era chamada por ele. Em nenhum dia sequer deixou de ir visitá-la bem cedo para conversar ou voar. Guime havia começado a lhe ensinar a caminhar depois de discutirem sobre as aptidões de dança subaquática de Serena. Habilidades essa que ele gostaria de ver em terra.

Era comum também encontrar o garoto transfigurando flores em pequenos dragões que voavam até o Lago Negro. As demais crianças não entendiam a razão, mas ele presenteava a menina todos os dias com as flores e ela adorava quando eles espirravam em sua mão e desabrochavam de volta a forma com pétalas. Ela carinhosamente colocava a flor em seu cabelo e submergia de coração quente. A sereia retribuía com desenhos na janela do quarto do rapaz, quando não aparecia só para tocarem as mãos pelo vidro.

Embora não houvesse assunto mais frequente na mente do pequeno menino que sua princesa sereia, outra questão lhe era reforçada mentalmente a todo momento: A Liga Bruxa Intercasas.

A Tríade - Volume IOnde histórias criam vida. Descubra agora