Capítulo 12 - A chegada

10 1 0
                                    

Depois de uma avaliação brilhante, Snopy conseguiu convencer Carlinhos Weasley a atestar para o Ministério que era uma criatura estável em um nível quase de totalidade. A única ressalva de cuidado extra e necessidade de supervisão era em "eventos anômalos que pudessem resultar em ausências não programadas por parte do criador".

Embora Guime estivesse muito satisfeito com seu desempenho, junto ao dragão, algo não saía de sua cabeça de nenhuma forma. A crise entre o diretor da Grifinória e seu grande amigo Richard lhe deixou extremamente pensativo durante todo o dia.

Logo após seu compromisso, sua primeira tentativa de encontrar o sonserino foi falha. Assim que chegou no Salão Comunal de sua casa, Theo lhe informou que Rit teria de cumprir uma rancorosa detenção sob as ordens de Sanguini. Aparentemente, o rapaz rebelde teria de prestar serviços para as preparações das aulas de Herbologia com o professor Longbottom, visando forçar uma melhor interação entre os dois. E este castigo já estaria acontecendo, logo, o menino só conseguiria vê-lo na parte da noite.

Tão sagaz quanto um pelúcio, Guime refletiu sobre uma forma de ajudar na situação. Sem a raiva que Rit carregava pelo envolvimento, ele podia se sentir menos parcial, embora ainda desse razão ao seu grande amigo. E, justamente, pensando logicamente o pequeno chegou a conclusão de que um conflito entre o diretor e o aluno podia ser catastrófico para seu amigo e mais ainda para sua casa.

Com um cronograma bem fechado, o pequeno Lerback preparou-se para a visita do Senhor Peter Beleren, deixando um pequeno espaço minutos antes, somente para executar um plano inteligente. Ele reorganizou suas tarefas e estudos, deixando por último um relatório em especial.

Após o jantar, era comum que alguns alunos continuassem papeando no Salão Principal até que chegasse a hora de se recolherem. Contudo, ele não estava mirando nenhum dos demais colegas. Como já era de praxe, Guime costumava ficar com Theo estudando por lá mesmo e economizando o tempo que perderiam caminhando até as masmorras. Muitas destas vezes eles contavam com ajuda dos tutores que também ficavam no local. Um desses era ninguém menos que seu professor de Herbologia: Neville Longbottom.

Assim que seus últimos colegas saíram da mesa da Sonserina, ele encontrou o tempo perfeito antes da chegada de Glei, Mark e Peter para pedir, "inocentemente", a ajuda do diretor.

Assim que Guime o chamou, o Longbottom não hesitou em deixar a mesa dos professores para ir até ele.

- Boa noite, Lerback. - Ele cordialmente o desejou.

- Boa noite, professor. - Ele devolveu, como de costume, a formalidade. - Se incomodaria em tirar uma dúvida minha sobre o relatório da semana que vem?

- De forma alguma. - Ele se apoiou ao lado do aluno, observando suas anotações e se admirando. - Boa observação sobre as dimensões das folhas. Mas, qual é a sua dúvida?

- Procurei em três livros diferentes sobre o acônito, para buscar mais de uma visão de estudo. Mas eu reparei em uma informação... peculiar. Dois falavam sobre o licoctono e um sobre lapelo. Entretanto, lendo sua descrição me pareceram estranhamente semelhantes. Minha questão é: Qual a diferença entre esses dois?

- Essa é uma boa dúvida. A maior parte sequer nota a diferença, Lerback. - Ele afirmou. - Veja bem, o acônito lapelo e o acônito licoctono são duas espécies distintas, mas da mesma família. Logo, eles são tão idênticos em estrutura que acabam servindo basicamente para as mesmas coisas. Ambos são muito venenosos.

O menino estava chegando onde queria. - Entendi perfeitamente. - Mas se fez de bobo novamente. - Mas se eles são tão venenosos, porque as poções derivadas dele, como a própria Poção do Acônito, não matam quem a bebe?

A Tríade - Volume IOnde histórias criam vida. Descubra agora