~ Louis POV ~
– Lou? – escuto Harry me chamar.
Abro meus olhos e percebo que está bem tarde, o céu está super escuro e o clima frio demais – Vem comigo! – ele diz calmo.
Sinto Harry segurar meu braço e percebo que tinha dormido no carro. Desço com dificuldade devido ao sono, porém Hazza me segura firme e segue andando em direção à uma cabana.
– Que lugar é esse? – pergunto confuso pela a cabana e as árvores em volta de nós. Estamos em uma floresta, então devemos ter ultrapassado os limites da cidade.
– Eu tenho esse local secreto. – ele diz sorrindo e abre a porta da frente.
A cabana é enorme por dentro. Tudo é feito de madeira com alguns detalhes em mármore. A sala e a cozinha existem no mesmo cômodo, sendo divididas apenas por uma bancada.
Adentro mais o local e um cheiro forte de colônia me atinge, um cheiro doce mas amadeirado. O cheiro do Harry. Sigo até o sofá branco no centro da sala e me jogo em cima do mesmo, me sentindo confortavelmente nocauteado pelo doce aroma.
– Pode dormir no quarto, eu fico no sofá. – Harry diz e se aproxima.
– Não! Aqui é confortável, não se preocupa. – digo e me aconchego mais.
Fecho os olhos e foco nos barulhos pela casa. Uma brisa soprava forte do lado de fora, fazendo a cabana ranger baixinho. Os passos de Harry entregavam sua localização, a qual em segundos era ao meu lado mas já se encontrava longe, em algum cômodo provavelmente. As folhas das árvores batem umas nas outras formando uma orquestra calma e áspera, causando em mim o mesmo efeito de uma chuva fraca num dia frio. O clima está perfeito para dormir.
– Boa noite! – escuto Harry dizer ao meu lado. Estou com tanto sono que nem percebi ele chegando.
– Boa noite Hazza. Obrigado, por tudo! – digo sem abrir olhos.
Escuto ele sorrir e então sinto algo sendo posto sobre meu corpo. Um cobertor ou manta. Harry arruma o tecido sobre mim e deixa um leve beijo na minha testa, logo se afastando e fechando uma porta ao longe. E é com esse ato fofo dele que durmo em paz e levemente corado.~ • ~
Já faz alguns segundos que acordei, porém não consigo sair daqui, é confortável demais. Eu deveria estar me perguntando como vim parar num quarto, mas tenho minhas teorias e sei que provavelmente to certo. Harry deve ter me colocado aqui depois que dormi, pois ele é teimoso.
Eu pretendia ficar nessa cama o dia inteiro — já que ela mais perece um marshmallow gigante — ,porém um cheiro maravilhoso está vindo do lado de fora. Me levanto e abro a porta do quarto, escutando alguns barulhos e sussurros vindos do final de um corredor. Vou andando devagar e percebo que Harry está na cozinha preparando algo, ou talvez ele esteja apenas lutando com a cozinha, pois toda a farinha voando, panelas batendo e gritos deixam a entender que isso é um campo de batalha.
– Bom dia! – digo e Harry se vira assustado.
Assim que ele se vira algo me atinge, pra ser mais preciso uma panqueca me atinge. Eu nem tenho reação, apenas fico parado e surpreso enquanto a maldita panqueca escorrega lentamente pela minha testa até cair no chão.
– Me desculpa! – o cacheado arregala os olhos e segura o riso.
– Tudo bem. – começo a rir e me aproximo mais.
A cozinha está só o bagaço! Tem farinha e leite pra todo lado, a frigideira está queimada e um ovo foi quebrado no teto. NO TETO.
– Tá redecorando? – arqueio a sobrancelha.
– Ha ha. Muito engraçado você. – Harry sorri amarelo e se encosta da bancada – Eu estava preparando o café da manhã. Tentei fazer seu prato favorito, panquecas.
– Acho que você tentou foi matar ela. – digo rindo e desligo o fogo que ele esqueceu aceso.
– Desculpa, eu tentei. – ele abaixa a cabeça triste, e quarenta e cinco quilos de farinha caem dos seus cabelos.
– Muito obrigado. Foi muito fofo da sua parte, mas eu posso ajudar se quiser. – digo e encaro o de cachos.
– Não precisa se preocupar, eu peço algo pra gente comer. – ele pega o celular.
– Acho que não entregam na floresta. – digo e ele parece se tocar no que ia fazer.
Me aproximo de Harry, antes desviando dos ovos e panquecas queimadas no chão. Assim que paro na sua frente me abaixo um pouco, tentando fazer ele me olhar, já que o mesmo estava encarando o chão.
– Só pega uma pá e uma vassoura enquanto eu preparo a massa ok?! – digo sorrindo e ele me encara.
Harry levanta a cabeça e eu fico em pé novamente, então ele sorri de lado e abre os braços.
– O que? – pergunto semicerrando os olhos enquanto seguro um sorriso.
– Preciso de um carinho pra se sentir melhor! – ele diz e faz bico.
– Sério? – arqueio as sobrancelhas.
Ele acena que sim com a cabeça e eu me rendo, indo de encontro com o seu corpo e envolvendo meus braços em volta do seu pescoço.~ Harry POV ~
Meu Deus, não tem nada que eu ame mais do que esse garoto nos meus braços. Sério, amo apertar a sua cintura, amo sentir o seu aroma de pêssego, amo como ele corresponde aos meu carinhos. Eu simplesmente amo Louis Tomlinson.
Após um tempo apenas abraçados, Louis tenta se afastar mas eu aperto mais sua cintura. Ele coloca as mãos no meu peitoral e me encara confuso.
– Tá tudo bem? – ele pergunta franzindo o cenho.
– Tá, é que eu gosto de estar assim com você. – digo e sinto minhas bochechas esquentarem.
– Eu... eu também gosto de estar assim com você. – ele sorri me surpreendendo.
– Você gosta? – me aproximo mais sem quebrar o contato visual.
Esses olhos azuis, são tão perfeitos. Esses lábios são tão beijáveis. Se juntar tudo com essa atitude eu não vou conseguir me conter.
– Sim! – ele sussurra e sorri.
Uma pontada atinge meu coração e um frio percorre pelo meu estômago. Caralho, adoro o jeito como ele me faz sentir como um adolescente apaixonado.
– Eu quero... – não consigo completar a frase por nervosismo.
– Huum? – ele encara meus lábios.
– Sabe, com você...
– Sei. – ele sorri.
– Posso? – trago ele pra mais perto, sentindo meu coração pular dentro do peito.
– Por favor. – ele rela seus lábios nos meus, causando uma onde de arrepios por todo o meu corpo. Então puxo ele pelo pescoço e junto nossas bocas.
Sabe, eu nunca fui bom em nadar. Talvez esse seja o porque do meu coração continuar se afogando em paixão.
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Call It What You Want • l.s
FanfictionApós ser expulso de casa pelo seu irmão, Louis Tomlinson, um jovem de 19 anos sem rumo, decide aceitar a proposta de seu amigo para ir morar em Londres. Mas ao chegar na Inglaterra Louis acaba por descobrir que não dividirá uma casa somente com seu...