~ Harry POV ~
– Então, como andam as coisas? – Nick sussurra.
– Como assim? – pergunto não entendo o porque do sussurro.
– Você sabe, as coisas entre você e o Marrentinho. Como estão? – perguntou ele com um sorriso debochado.
– No caso não estão indo. Eu não sei como agir do lado dele.
Nick e eu estávamos a um tempo apenas sentados no sofá de casa. Os meninos tinham saído agorinha e o Louis estava no terceiro andar.
– Fala sério, não vai dizer que ainda nem contou pra ele?! – o ruivo revira os olhos enquanto fala.
– Claro que não, ele não entenderia e isso afastaria ele de mim! – digo já me irritando com o rumo da conversa.
– Harry você tem que falar com ele logo, essa é a chance que você tanto esperava ter, agora tá finalmente cara a cara com ele.
– Eu sei okay! – digo me levantando do sofá – Ele tá morando aqui, tenho todo o tempo do mundo pra conversar sobre isso. – vou andando em direção a cozinha.
– O que te impede de fazer isso agora? – Nick pergunta um pouco alto demais.
Me viro na sua direção e paro pra pensar na sua pergunta.
O que me impede?
– E então? por que não faz logo isso? - o ruivo insiste após uma longa pausa da minha parte.
– Porque quero ter certeza de que ele ainda é o mesmo. – digo encontrando o motivo.
Não quero nem pensar em como o Lou vai reagir quando souber, mas sei que essa história vai ter que vir átona, o Louis tendo mudado ou não. E isso me assusta pra caralho!~ Louis POV ~
Resumo da minha manhã: acordei mais perdido que o homem invisível tentando se olhar no espelho, pois eu lembrava de ter dormido no ombro do Harry, só que eu havia acordado no meu quarto; Bati meu dedinho do pé tentando descer a escada; Cai da bancada mais uma vez e quase queimei o café da manhã que tentei fazer pros meninos.
Depois do pequeno desastre que foi a minha manhã, Niall veio me dizer que eu precisava fazer um quadro novo para a minha primeira exposição na galeria.
Se isso me pegou de surpresa? Claro que não, imagina. 😐
Nialler disse que o Ron queria que eu já sentisse um pouco da rotina que é ter de fazer obras assim do nada. Confesso que ter de criar algo aleatoriamente assim não é muito confortável, mas de certa forma é incentivador, pois assim posso treinar a minha criatividade e tudo mais.
Já fazia um tempo que eu estava no meu quarto do terceiro andar, o qual eu preferi chamar de estúdio. Eu já tinha feito três sketches mas nada parecia bom o suficiente para a minha estreia na galeria. Eu queria que a minha primeira obra expressasse quem eu sou como artista e o que eu sou capaz, mas isso era difícil de se conseguir assim de uma hora para a outra.
Enquanto decido o que fazer, do nada um cacheado aparece na porta chamando a minha atenção.
– Toc, toc. – Harry diz enquanto se escora na porta do cômodo.
– Acho que não é assim que se faz. – digo rindo.
– Bater na porta já é algo passado! – o cacheado responde também rindo.
– Claro, como eu pude me esquecer que hábitos comuns do dia a dia são tão retrôs?!
– Totalmente retrôs! – Harry enfatiza dramaticamente.
Nós dois rimos por um momento até que Harry decide entrar totalmente no estúdio.
– Niall falou sobre a sua primeira exposição. Como tá indo? – ele pergunta se aproximando da tela em branco na minha frente.
– Horrível! Eu não sei o que fazer, to literalmente perdido.
– O Zayn ficou assim também na primeira exposição dele, lembro que ele ficou sem dormir por dois dias só para conseguir algo bom o bastante. – Harry diz ainda olhando fixamente para a tela em branco.
– E qual foi o resultado final? – pergunto no intuito de conseguir inspiração.
– Sabe aquela estátua que ele tava te mostrando? – aceno que sim com a cabeça – Então, foi a primeira obra que ele expôs.
– Não brinca! Ela é incrível, nem sei como ele conseguiu fazer aquilo assim do nada.
– Eu tava numa fase bem densa e exalava um lado meu não muito bom. Meus sentimentos estavam mais que expostos nessa época, então ele acabou me pedindo pra posar pra ele. Daí a estátua surgiu! – Harry toca a ponta do indicador no quadro em branco à nossa frente – Ele disse que precisava de um sentimento forte. Não um pessoal, mas sim um alheio. – ele foca seus olhos no vasto branco da tela.
Eu não sabia como responder, afinal, a escultura tinha me parecido estranhamente familiar, mas nunca pensei que pudesse ser o Harry ali.
Pensando agora sobre o tal dia em que vi a estátua, a forma como a escultura ecoava beleza através da escuridão não parece certa. O Harry na minha frente não é tão sombrio quanto o Harry representado pelo Zayn.
Esse assunto fez com que as palavras que o Zayn havia dito naquele dia, me viessem claramente:– Não é tão difícil... tudo o que tem que fazer é enxergar a alma de quem está esculpindo.
Era isso, eu precisava de um sentimento forte, um sentimento bom e recente.
– Acho que já sei o que fazer! – digo olhando para Harry.
– O que? – o Cacheado pergunta olhando diretamente nos meus olhos.
– Eu quero representar um sentimento forte, algo que apreciei sentir e compartilhar tanto no momento que aconteceu, quanto agora.
– E qual seria esse sentimento?
– Felicidade. A muito tempo eu não me sentia tão feliz e brincalhão quanto no dia em que você me abraçou no topo da escada.
– Hun? Como assim? – Harry perguntou rindo levemente e parecendo surpreso.
– Eu não sorria assim com alguém faz um bom tempo, nem mesmo o Niall conseguiu me fazer rir daquele modo. Não desde que meus pais morreram. – digo não quebrando o contato visual.
– Bem... eu... eu fico feliz que tenha te feito bem. – Harry diz coçando a nuca e corando.
– Eu também. Muito obrigado Rihappy. – digo dando um soquinho de leve no braço de Harry.
– Rihappy? Que merda é essa? – Harry pergunta rindo alto.
Mas que ótimo, agora ele sabe sobre o apelido. Muito obrigado boca grande!
– Não é nada, só um apelido carinhoso. – digo corando enquanto dou risada.
– Então, qual a ideia? - pergunta ele com um sorriso diferente no rosto.
– Acho que vou fazer algo novo, diferente do que to acostumado.
– E no que eu posso ajudar senhor? – Harry pergunta arqueando as sobrancelhas.
– Vou precisar dos seus abraços!
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Call It What You Want • l.s
FanficApós ser expulso de casa pelo seu irmão, Louis Tomlinson, um jovem de 19 anos sem rumo, decide aceitar a proposta de seu amigo para ir morar em Londres. Mas ao chegar na Inglaterra Louis acaba por descobrir que não dividirá uma casa somente com seu...