Capítulo XVIII

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Quando ouvi aquela voz virei-me rápidamente.

- Pai! Assustaste-me! - Disse, ainda com o coração acelerado.

- Não devias estar aqui.- Disse ele com o sobrolho franzido.

- Mas pai... que é isto? - Perguntei.

- Não te interessa, agora vai-te embora! - Gritou.

Aquele não era o meu pai, parecia mais frio e ausente.

- Pai? - Perguntei, com medo da resposta.

- Achas? - Disse ele enquanto, umas enormes asas negras apareciam por detrás dele. - Annabelle, és tão ingénua... 

- Quem és? E que é isto tudo? Que queres de mim e dos meus pais? - Perguntei.

- Não te interessa... - Disse ele com olhar de gozo.

O anjo caído, já me estava a irritar. Ele olhava para mim com aqueles olhos negros e penetrantes e ria-se. E num impulso, sem saber porque, levantei a mão e um relâmpago vindo do nada caíu em cima dele. Ele caíu ao chão, mas logo se levantou, na sua mão apareceu uma lança de luz, e ele atirou-me, mas era como se precentisse a direção, então afastei-me rápidamente. " A minha velocidade aumentou consederávelmente." Pensei.

- Parece que já aprendeste a usar os teus poderes... Mas não és adversária para mim. Ele voltou-me a atirar uma lança de luz. 

Eu saí a correr da capela, enquanto era presseguida pelo anjo caído. Quando já estavamos cá fora, eu decidi experimentar os meus poderes. Primeiro tentei congelá-lo, mas sem efeito,mas quando me atirou de novo com a lança de luz, eu tentei-a bloquear com um campo protetor de vento. 

- Muito bem... para seres uma novata... Ainda tens muito que aprender. - Disse ele enquanto-me lançava mais lanças de luz, uma delas queimou-me no braço, fazendo-me cair no chão, virei-me o mais rápido possível, mas já outra se aroximava do meu peito a alta velocidade. Eu levantei a mão, mas então apareceu a Sarah e com um dedo parou a lança, e levando a braço atrás lançou-a de volta ao anjo caído que caíu ao chão.

- Estás bem 'Belle? - Perguntou-me enquanto me ajudava a levantar.

O anjo caído não tardou em contra atacar, mas desta vez eu estava preparada. Quando ele lançou a lança, eu criei uma brisa que fez com a muda-se de direção e lhe acertasse em cheio o que fez com que ele caísse ao chão e desaparecesse.

- Que intenso... - Disse. - E que fazes tu aqui? 

- Quando descemos para tomar o pequeno almoço tu não estavas, assim que decidi ir-te procurar, e aqui te encontrei a lutar contra um anjo caído. - Disse ela sorrindo. - E agora vamos para casa para eu poder curar essa ferida do braço.

Chegamos a casa, estavam todos a tomar o pequeno almoço, ficaram a olhar para mim. Matt levantou-se rápidamente e foi até à minha beira. 

- Estás bem? - Perguntou ele.

- Estou bem. - Disse, sorrindo.

Olhei discretamente para o Jake que estava a comer um pão. No que será que está a pensar?

Sarah foi comigo até ao sofá e sentou-se à minha beira e colocou a as mão em cima da ferida.

- Tens de ter cuidado com as lanças de luz, elas são a armas mais perigosa dos anjos caídos. A anjos normais só causa pequenas lesões, como a ti. Mas a demónios, pode matá-los. Já nós, depende da resistência da pessoa.

- Podias ter dito isso antes... - Disse eu na brincadeira.

- Não sabia que íamos encontrar um anjo caído aqui. - Disse ela. - E então o que é que aconteceu para irritares um anjo caído?

- Encontrei uma espécie de sala subterrânia que estava cheia de documentos sobre a minha família. - Disse.

-Era de esperar... Isto é um pouco clichê, mas que posso fazer... Já te podes levantar. - Disse Sarah baixando as mãos.

Levantei-me e fui à cozinha buscar um pão, porque aquela luta toda deu-me fome, mas a verdade é que não tinha vontade nenhuma de comer, tinha borboletas no estômago e não conseguia deixar de pensar no que se tinha passado na noite passada. Tinha de falar urgentemente com a Sarah!

O Jake e o Richard foram dar uma volta de bicicleta, enquanto o Matt foi à vila comprar ingredientes para o almoço. Eu e a Sarah ficamos na casa a ver televisão.

-Preciso de falar contigo sobre uma coisa. - Disse. Sarah olhou para mim com um ar desconfiado.

- Que se passa? - Perguntou.

- Ontem fiz uma coisa do qual não estou muito orgulhosa. - Disse tímidamente.

-O que foi? - Perguntou curiosa.

- Estive com o Ja... 

A Sarah nem me deixou terminar, levantou-se de um pulo e apontou-me com o dedo.

-Eu sabia! A química e atração que existe entre vocês é demasiada para se resistir! Nem sei como é que aguentas-te tanto tempo.

Eu fiquei preplexa perante a reação dela à minha frase não terminada.

- Notávasse assim tanto? - Perguntei.

- A milhas... mas isso não interessa. O que interessa é: como é que foi? - Perguntou.

- Íncrivel... - Disse baixando a cabeça.

- Mas íncrivel, de "foi bom", ou íncrivel de "a melhor experiência da minha vida"? - Perguntou Sarah.

- A segunda opção... acho. 

-Vocês foram feitos um para o outro, e não é para criticar o Matt, mas vocês os dois não têm futuro. É que nem com cola! - Disse ela.

- Obrigada pelo ánimo... Mas eu não sei o que fazer... A situação é tão incomoda que o Jake mal olha para mim.

- Se fosse a ti aguentaria mais um pouco com Matt, só para ver até que ponto, o nosso príncipe azul é capaz de aguentar antes de tentar matá-lo. - Disse Sarah.

- Claro, porque não... - Disse.

Talvez a Sarah tivesse razão, e devêsse esperar um pouco, só para ver...

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Olá pessoal! 

Bem era só para pedir desculpa pela demora deste capítulo, mas é que na verdade estava sem inspiração, mas parece que ela voltou!

Era também para pedir para lerem a minha nova história chamada "A Rainha". É uma história ambientada na época do renascimento, mas acho que vai ser um grande romance. Assim que por favor lêam e deixem comentários com a vossa opinião.

Se calhar... mas ainda não sei... vou criar um livro chamado "O diário de uma adolescente totalmente normal", onde darei a minha opinião sobre alguns assunto, bem como o dia-a-dia de uma adolescente normal. É uma ideia que tenho à algum tempo e gostava que me dessem a vossa opinião quanto a isso. Devo fazer ou não?

Beijinhos!

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