Capítulo XXV

718 26 0
                                    

Mesmo tenho a vista um pouco desfocada conseguia destinguir umas luzes que se movimentavam rápidamente à minha frente, olhou para o meu lado esquerdo e vi alguém, não conseguia distinguir quem era. "Onde estou?" Queria perguntar, mas não conseguia mexer a minha boca. A pessoa que estava ao meu lado parecia estar a falar, mas eu não ouvia nada. Então chegamos a uma sala muito iluminada, vi um homem com uma máscara apontar-me com uma luz, ele afastou-se e voltou tudo a ficar negro.

Uns meses depois...

Comecei a abrir os olhos, lentamente, a luz que estava no teto tão pouco ajudava a que eu os abrisse depressa, a minha vista estava um pouco desfocada, mas consegui distinguir uma janela grande do meu lado direito e um vidro do chão ao teto, com umas cortinas, no lado oposto. Quando a minha vista ficou um pouco mais nitida, vi alguém sentado numa cadeira a olhar para, estava no fundo, do que eu supôs, ser um quarto de hospital. Essa pessoa quando viu que eu abri os olhos olhou para mim com lágrimas nos olhos.

- Acordas-te! Estou tão feliz! - Disse aquela voz tão familiar, que já não ouvia à algum tempo.

- Sarah... - Disse num sussurro.

Quando ouviu o que eu tentei dizer, deu-me um abraço tão forte que quase me asfixiava. Então ela foi chamar um médico. O doutor veio com uma mutidão de enfermeiras, que ficaram a olhar para mim como se eu fosse alguma coisa de extraordiário.

- Como é que está menina Annabelle? - perguntou o doutor amávelmente.

- Estou bem, mas dói-me um pouco o estômago. - Disse enquanto ele me passava uma luz pelos olhos.

- É normal... Agora vou fazer-lhe uma série de exames para ver se está tudo bem, mas mesmo assim vou-lhe manter sobre observação durante esta semana, depois poderá ir para casa. - Disse ele, enquanto me ajudava a levantar para começar a fazer os testes.

Depois de me fazer todo o tipo de exames o Doutor esqueci-me de lhe perguntar o nome, e o monte de enfermeiras foram-se embora, ficando eu e a Sarah sozinhas no pequeno quarto. Pedi-lhe para ela se aproximar.

- O que é que se passou? - Perguntei.

- Não te lembras? - Retorquiu ela.

- Não, só me lembro de termos encontrado o Diário do Destino. - Disse.

- O que aconteceu foi que o teu namorado? Bem vocês já não eram namorados por isso... Pronto, ele atacou-te com uma lança luminosa. 

Comecei a recoradar, o Matt com os olhos negros, as asas, a valentia do Jake, tudo começou a ficar mais claro na minha cabeça.

- Se não fosse por mim, pelo o Richard e pelo o Jake, tu provávelmente estarias morta. - Disse Sarah com lágrimas nos olhos. 

Quando ela falou no Jake o meu coração saltou, ele tinha sido tão valente, mesmo sendo humano, ele não esitou em me defender quando o Matt me atacou. E as últimas palavras que ouvi da boca dele Amo-te... Nunca ninguém me tinha dito que me amava daquela maneira, ele queria dar a vida por mim...

Então vi alguém a entrar na porta, estava a respirar pesadamente, como se tivesse vindo a correr. 

- Eu vou sair daqui e vou telefonar ao Richard para te vir visitar depois do trabalho. - Disse Sarah levantando-se. Ela saíu rápidamente do quarto.

O rapaz com olhos azuis escuro aproximou-se lentamente de mim, o seu cabelo castanho claro estava-lhe um pouco colado à cara pois ele estava a suar. O meu corpo pedia a gritos um beijo dos seus lábios, que não sentia à tanto tempo. Entre nós não ouve palavras, pois os nossos olhares falavam por nós, os seus olhos brilhavam como nunca, parecia que não me via à séculos. Ele aproximou-se de mim, olhamo-nos nos olhos, já tinha saudades de me perder assim nos seu lindos olhos. As nossas caras foram-se aproximando-se cada vez mais. O meu coração começou a latir mais depressa, quando ele me tocou com os seus dedos na minha face. A máquina que estava ao seu lado deu a alerta de que o meu pulso estava a aumentar, quando o Jake reparou começou-se a sorrir. Os meus lábios pediam a gritos os dele, os meus olhos estavam hipnotizados por os dele. Nunca me tinha sentido assim com ninguém. E então depois de tanta espera ele beijou-me, no que foi, o melhor beijo da minha vida, ainda melhor que o meu primeiro beijo, foi um beijo apaixonado e picante ao mesmo tempo, foi longo e doce. Quando os seus lábios se afastaram dos meus, o meu coração começou a bater ainda mais depressa, eu precisava de mais, precisva dele, porque eu realmente amo-o. Ele abraçou-me e pode sentir todos os seus músculos ficarem tensos, então ele olhou para mim de novo, os seus olhos estavam cobertos de lágrimas.

Diário do Destino [Em Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora