Herança de Família, caçar coisas!

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Capitulo 1

 Segunda-feira, talvez o pior dia da semana para muitos, ou talvez o melhor para outros.

Para mim, um dia normal, apenas com aulas chatas, mas normal, é suportável, não me levem a mal, estou na faculdade, fazendo algo que não gosto, se quiserem podem me chamar de filhinha do papai, eu realmente não ligo, mas sim meu pai quem paga minha faculdade, e me obrigou a fazer Direito... Na verdade ele deixou o dinheiro da faculdade, e sumiu no mundo, minha mãe é quem me obriga a continuar nessa droga.

Como minha mãe mora a alguns quarteirões da faculdade, eu moro com ela.

Sai da faculdade, sozinha, é claro, até porque a anti-social aqui é estranha de mais para amigos, menos para a minha melhor amiga desde a infância Julia, segui em direção para casa.

Como sempre, peguei o ônibus em frente a faculdade, para minha casa, tudo normal até então, assim que entrei, passei por um cara que eu posso jurar que tinha olhos totalmente pretos, mas foi um movimento rapido, pode ter sido um engano. Com certeza foi engano, me sentei no fundo do ônibus.

Eu estava ouvindo musica super alta, mas notei que o cara estava mais perto, como se estivesse me vigiando.

Ele então estalou os dedos, ou fez algum movimento com as mãos e todos os passageiros do ônibus foram jogados para a frente e depois com o ônibus sendo tombado, fomos jogados para a lateral direita.

Eu estava jogada, com a cabeça sangrando, em cima das janelas direitas do ônibus, alcancei minha bolsa e peguei meu celular, disquei para a emergência.

-911, qual sua emergência?

-Nosso ônibus... eu não... ele virou...

-Senhora você está bem?

Algo tirou meu celular das minhas mãos e o jogou longe. O cara estava em pé, na minha frente, sem nenhum arranhão se quer, sorrindo para mim, com seus olhos pretos. A minha ultima lembrança, foi ele desaparecendo e então, escuridão.

Acordei em um quarto de hospital, minha cabeça doia um pouco, vi minha bolsa na poltrona ao lado da minha cama. Tentei me levantar mas as agulhas ligadas a minha veia não deixavam eu levantar.

Desisti, mas pelo menos eu alcançava o botão para chamar a enfermeira. Alguns minutos depois ela apareceu na porta.

-Como se sente querida?

-Um pouquinho de dor de cabeça, a senhora pode me dizer o que aconteceu?

-O ônibus que você estava, ele teve uma falha mecânica e acabou capotando, mas graças a Deus ninguem morreu.

-Vocês ligaram para minha mãe?

-Nós procuramos algum celular na sua bolsa, ou algum caderno com alguma informação sobre parentes, mas não achamos nada.

-Como não? Me de o telefone, irei ligar para ela.

Peguei e disquei. Ninguém atendeu.

-Ela esta na cidade?

-Claro, ela mora aqui, ela só não esta em casa, vou tentar no celular dela. -Liguei e mais uma vez ninguém atendeu. Uma gravação dizia que o número não existia. -Mas que droga, acho que disquei o número errado, não sei bem o número...

-Querida você tem certeza que ela mora aqui? Você bateu forte a cabeça, pode estar se confundindo.

Eu tinha certeza, mas não iria ficar repetindo, a enfermeira me chamaria de louca. Algo havia acontecido com ela, e alguma coisa me diz que aquele cara de olhos pretos tem alguma coisa a ver com isso.

-É, tem razão, eu me confundi, quando poderei sair e ir para casa?

-Como você esta acordada, e esta bem, acredito que você terá de passar essa noite aqui no hospital. Amanha cedinho o médico deve te liberar.

-Essa noite? Que horas são por favor?

-São agora, 22:28, não se preocupe querida, amanha você estara em casa.

-Obrigada. -Tentei parecer o mais simpática possivel, eu sempre sou simpática para falar a verdade. A enfermeira sorriu e saiu do quarto. -Droga, minha mãe sumiu e eu vou ter que passar a noite aqui, sem fazer nada, nessa droga de hospital. Tenho que ligar para a Julia, mas não me lembro o numero...

O jeito era dormir, pelo menos tentar, deve ter passado horas, até eu pegar no sono, mas enfim aconteceu e eu adormeci.

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