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Sábado

Omma, precisa de ajuda?

Namjoon estava com a mochila nos ombros, os dentes escovados e o cabelo penteado.

Estava na hora de ir para casa de Jin, e o rapaz estava nervoso e contente ao mesmo tempo. Ele adorava a companhia do mais velho, mas o frio na barriga não o abandonava nunca, relembrando-o a todo o momento que, ao lado dele, estava o seu apaixonado.

— Não, não preciso. Eu decaminho vou para o trabalho. —  a senhora Kim levantou-se e sacudiu as calças pretas, que estavam sujas nos joelhos. — Ainda não percebi porque é que esse moço não paga as explicações.

— Mãe, já expliquei que não são explicações. Estou apenas ajudando ele, ele tem dificuldades em matemática.

— Kim Namjoon, você é um anjo. Ninguém te merece. — a mãe de Namjoon caminhou até ao filho e estendeu os braços para a frente, envolvendo o filho num abraço caloroso.

— Eu te amo, mãe.

— Eu também te amo, filho. — e, dando-lhe um beijo na testa, a senhora disse. — Agora vai, ele já deve estar esperando.

Namjoon separou-se do abraço e acenou mais uma vez à mãe antes de sair de casa.

Ele estava ansioso para ver o loiro. Podia ter passado apenas uma semana desde que falaram pela última vez, mas Namjoon já estava com saudades de ouvir a voz melodiosa do mais velho.

Caminhava calmamente até ao casarão de Jin, o seu coração disparado no peito, e ele pensava que estar apaixonado era horrível: as mãos suavam, o corpo tremia e o coração palpitava violentamente. Nem sequer era capaz de olhar para a cara dele devidamente!

Depois de tocar à campainha, deixou-se ficar no alpendre de casa, as mãos nos bolsos e o corpo a tremer de frio.

Segundos depois, um Jin muito sorridente abriu a porta. — Olá! Pode entrar!

— Olá. — o de cabelos roxos entrou e descalçou-se, encarando de novo o rapaz com um grande sorriso no rosto. — O que se passa? Você está tão sorridente...

— Oh, não é nada. Apenas... — o rapaz pareceu hesitante, mas acabou por desistir de contar a razão para a sua felicidade. — ... não é nada.

Namjoon estranhou. O loiro estava tão feliz que ele arriscaria dizer que era por sua causa. No entanto, preferiu não pensar nisso e não se iludir mais.

— Bem, é melhor começarmos. — o de cabelos roxos estava pronto para pousar a mochila no chão da sala quando uma mão alheia tocou na sua, impedindo-o de prosseguir com a sua ação. — Então?

— Hoje vamos estudar no meu quarto. É preferível, porque os meus pais estão aqui em casa.

Namjoon assentiu, nervoso. Ele achava o quarto dos outros um espaço demasiado pessoal para ser invadido assim. Ele demorara imenso tempo para entrar no quarto de seus amigos e agora estava prestes a entrar no quarto de Jin, na segunda vez que estava naquela casa.

Eles subiram as escadas, Jin à frente e Namjoon atrás, acanhado. Passaram por muitas portas castanhas e modernas e, por fim, pararam à frente de uma, no fundo do corredor.

— Bem vindo ao meu quarto. — disse o mais velho, sorrindo amavelmente.

O quarto de Jin era... incomum. 

As paredes estavam pintadas num tom claro, quase cor de rosa, e os armários pretos contrastavam com a cama, que estava coberta por uma colcha cor de rosa bebé e almofadas brancas. A janela era grande, alta, quase do tamanho da parede, com uma varanda à disposição, onde se podia observar uma parte da cidade de Seoul. Num canto, uma secretária espaçosa estava desarrumada: livros, papéis, canetas; enfim, Jin era um desastre enquanto estudava.

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