Capítulo 44

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   Uma semana depois...
  
    Logan estava na casa de Sam Watson, mas precisamente no escritório do detetive. Sam o procurou um dia antes dizendo que precisavam conversar e como prova de que confiava em Logan, levou o garoto até sua casa.

    Ele não era há muito tempo responsável pelo caso de Megan, que para o mundo, havia sido resolvido com sucesso, mas as notícias voam dentro de um departamento de homicídios. O corpo de Paul havia sido encontrado e há muitos quilômetros de distância um carro carbonizado com outro corpo dentro, devido a marca na testa de uma das vítimas a política investigou o possível e chegou a conclusão de traição dentro da máfia.

    Com isso, ficou provado a participação de Paul na organização criminosa, nenhuma novidade, talvez para a população noticiada, mas não para a polícia.

   Como a maioria dos cidadãos de Toronto, Logan também havia assistido aos noticiários que deixavam o mundo informado sobre o caso Paul Williams, a diferença é que ele sabia a verdade, os dois casos- para ele - estavam evidentemente ligados é claro, mas nunca saberiam o verdadeiro porquê.

  
   Logan observava a parede do pequeno escritório. Haviam post-its e alfinetes para mapas que preenchiam o espaço. O alfinete vermelho perfurava a cidade de Elora, o verde, Cambridge, o amarelo perfurava Niagara e o azul Hamilton, todas são cidades que estão dentro de um diâmetro específico a partir de  Toronto, cidades próximas. No topo do mapa Logan reconheceu o rosto de Paul impresso em foto, mais para esquerda uma foto de Megan, ainda com cabelos compridos, como fotos de identidade, sem sorrisos, praticamente sem expressão.
   Haviam outras fotos também, homens, mulheres... Algumas marcas com um "x" feito de piloto vermelho ou simplesmente rabiscadas. Fotos de corpos, resultados de assassinatos, alguns com a mesma marca que estava na testa de Paul.

   — Eu quase fiquei maluco com tudo isso.— a voz de Sam quebrou o silêncio abruptamente, fazendo com que Logan se virasse com o susto.

   — O caso Megan?— o garoto perguntou. Sam balançou a cabeça, negando e estendeu um copo de capuccino trazido de uma cafeteria próxima.

   — Não. Foi... Quando estava investigando Paul, eu o tinha em minhas mãos.— a voz de Sam não era raivosa, mas cansada.— Eu perdi noites e mais noites atrás dele. Paul não era perigoso, ele era o próprio diabo. Alguns dos meus colegas já investigaram assassinatos, aqui mesmo em Toronto, onde as pistas só levavam até a máfia, mas outras não eram um simples acerto de contas, era pessoal.

     Logan voltou-se para o mapa e as fotos, observando os rostos nas fotos, os posts-its que continham endereços anotados, não conseguia falar nada, apenas experimentar o seu capuccino. Mas uma foto chamou sua atenção, uma mulher loira, olhos claros, uma versão mais velha de Megan. 38 anos talvez...

   — Diana Williams.— Sam continuou. Logan sentiu um arrepio, lembrando das palavras de Megan sobre a mãe — Nem houve uma investigação. A mulher caiu da escada, ganhou alguns hematomas com a queda, bateu a cabeça e veio a óbito. Não parece simples de mais para você?

    Logan o encarou, ele sabia o que havia acontecido, mas não podia contar. Megan não pediu segredo, mas também não precisava...

   — Não deveria?— Logan perguntou. Ele não deveria entregar os pontos. Mas o que eu estou tentando fazer, o cara é detetive do departamento de homicídios! Ele pensou.

   Sam suspirou.

   — Não. Diana foi assassinada, Paul a matou, mas com o depoimento de Megan na época... Foi como jogar água na fogueira. Deram a investigação como concluída.— o detetive falou pesaroso.

A garota do parqueOnde histórias criam vida. Descubra agora