Capítulo 5 - Descobertas

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Regina Mills

As ruas de Nova York, principalmente no centro sempre estão inquietas. Quase sempre odeio a hora de vir para o escritório, mas olhando daqui de cima através da janela da minha sala, onde toda aquela barulheira incessante simplesmente estar no mudo, faz com que eu até ache bonita. Tantas pessoas, tantas histórias...

Noite passada não consegui dormir e acabei me refugiando no lugar onde sei que meus pensamentos irão cessar, como as ruas de Nova York daqui de cima.

Jurei que jamais choraria por aquele homem, mas sinceramente não é fácil esquecer 10 anos. Muito menos os últimos 2, onde tantas coisas aconteceram. E o que nos deveria fortalecer foi a nossa ruína.

Relembra sua ligação várias e várias vezes na minha cabeça e tento explicar como alguém tem tanta cara de pau.

FLASHBACK ON

-Regina? - Ao escutar aquela voz sinto um nó em minha garganta se formar.

-O que você quer? -Pergunto friamente.

-Quero te pedir perdão. -Eu ainda amo você. -Robin dizia do outro lado da linha. Sua voz já mostrava tudo: Ele estava bêbado.

-Quem ama não trai! -Digo e percebo que estou começando a me alterar.

-Amor, foi só uma vez... Eu não queria ter feito aquilo. - Ele tenta argumentar.

-Só uma vez?! - Pergunto quase gritando. -Uma vez com cada uma né Robin?!

-Amor... -Ele tenta mais uma vez e novamente eu o interrompo.

-Não me chame de amor! Acabou! Não me ligue nunca mais! -Falo

-Mas eu te amo...

-Não importa! Você me traiu!

-Foi sua culpa Regina, sua culpa! - Robin gritou do outro lado da linha.

-O que? Minha culpa? Você só pode está brincando.

-Depois do que aconteceu você ficou fria comigo. - Ele falou e esse foi o ápice daquela conversa.

-Você me traia enquanto eu chorava a morte do nosso filho! - Gritei antes de jogar o telefone contra a parede.

FLASHBACK OFF

O fato dele ter me traído doeu, mas o momento que eu descobri em saber que quando eu mais precisei dele ele sequer pensou em mim ou no filho que tinha acabo de perder me mágoa em níveis que jamais imaginei.

Durante o jantar não conseguir me concentrar na conversa, Henry e Zelena fizeram muitas palhaçadas, que arrancam gargalhadas de Emma, mas eu não estava no clima e acho que a loira percebeu, pois de momentos em momentos notei que ela estava me encarando.

Não somos amigas, nem tão íntimas para que eu conte minha vida a ela. Ainda mais um assunto tão delicado. Então ela terá que ficar na curiosidade.

Ao decorrer do dia Zelena me manda uma mensagem avisando que está no shopping com nossos novos inquilinos e me chama para um almoço, mas invento uma desculpa qualquer. Sei que daqui a dois dias ela irá viajar, e sinto até um pouco de culpa por nisso, mas minha irmã sabe o inferno que passei e como esse assunto me deixa mal.

Então decido focar em todos os processos e papeladas em cima de minha mesa, até não pensar em mais nada a não ser trabalho.

~•~

Já passam das 21h da noite. Ao chegar em casa dou de cara com Emma, mas ela não percebe que eu cheguei, está entretida demais com os livros da minha estante. Fecho a porta cuidadosamente e continuo a observa-lá. A loira olha cada livro com bastante atenção, pega alguns, mas logo coloca no lugar.

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