Capítulo 8

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Zach-

Rodrigo acabara de sair daqui de casa, a casa estava organizada, e Nandy dormia seu vigésimo sono, esperei minha mãe assistindo televisão , até que batem à porta. Fui abrir e pra minha surpresa era Emilly .

—O que você tá fazendo aqui?

—Sua mãe me pediu pra vir esse horário, alias acabei de ver o Rodrigo entrando em um uber, ele tava aqui? - ela disse com um deboche palpável.

Minha vontade era de pular no pescoço dessa garota, como podia ser tão dissimulada. Quando decidi matá-la e guardar os pedaços embaixo do sofá, minha mãe aparece no corredor.

—Estou atrapalhando algo queridos?

—Nada não ,tia. - disse Emilly com aquele sorriso dissimulado.

—É ainda bem que chegou mãe, estava prestes a guardar o corpo dela embaixo do seu sofá.- falei e me virei ,entrando em casa novamente.

—Zach, olhe os modos... não é assim que se trata uma garota.

Fervi em ódio, eu sabia que não seria uma conversa fácil, ainda mais com Emilly aqui pra distorcer tudo. Minha mãe entrou e foi pro quarto se trocar, Emilly ficou na sala mas eu nem conseguia olhar pra ela direito, então minha mãe sai do quarto com uma camisola vermelha, pega um café na máquina e assenta-se no sofá da nossa lateral.

—Então, quem vai começar? - ela diz em um tom sério ,dando a primeira golada em seu café.

—Tia, eu te contei tudo ontem no telefone - Emilly e suas mentiras.

—É mas não foi nada como você falou , não sei como conseguiu acreditar nela. - exclamei buscando o pontinho de confiança da minha mãe.

—É eu não acreditei filho ... - aquilo soou como uma paulada na Emilly - Não se esqueça que seu UBER é no meu CPF, então pra saber a verdade eu apenas liguei pro motorista do horário que ela me disse que foi "abandonada"

—O que? - eu estava embasbacado, como assim minha mãe sabia que era mentira?

—Mas tia, como assim? - Emilly disse quase chorando.

—Olha Emilly, eu conheço meu filho muito bem, ele nasceu de mim, e eu sei que ele não faria isso com ninguém, muito menos com você que é... ou era melhor amiga dele.

—Estava tudo bem até esse tal de Rodrigo...

—Eu não quero saber garota, você ligou pra minha mãe de noite, pra encher o saco dela com mentiras, fez ela se dar ao trabalho de descobrir tudo, veio com essa cara lavada aqui, e acha, acha mesmo que vai conseguir convencer alguém? - disse gritando na cara dela.

—Zach calma. - minha mãe tenta apagar a raiva em mim.

—Calma nada mãe, essa menina tem que ouvir... Tudo isso por que? ciúmes? ódio? eu conheci o Rodrigo ontem, se você não tivesse feito merda, nossa amizade seria ótima, mas... mas - digo quase chorando - é ótimo que você tenha feito isso, pelo menos eu conheci mais de você sua víbora, EU TENHO NOJO, TÁ OUVINDO? NOJO DE VOCÊ! - esbravejei usando toda minha força.

Eu não consegui conter minhas emoções, a raiva , junto com a decepção , e sua falsidade foram uma bomba relógio, tudo que consegui foi chorar e sair para o meu quarto, me vi decepcionado, ou melhor, destruído pela minha melhor amiga.

Ângela-

Nunca vi Zach daquele jeito, ele nunca havia se apaixonado por ninguém, que eu saiba né? Adolescente tem dessas de não confiar na mãe, mas eu não podia permitir aquela garota ali em casa, ela era o estopim de tudo , e nas proximidades do meu filho, era como uma bomba relógio.

Amor de Brasília (Romance)Onde histórias criam vida. Descubra agora