Capítulo 13

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Rodrigo-

O dia foi ótimo com Zach, fomos ao cinema , passeamos no shopping, comemos , demos umas voltas pelo parque da cidade, então começou anoitecer, perto das 20:30 voltei para casa , enquanto meu primo e meu tio estiverem lá, será um manicômio.

Entrando em casa, ouço uma gritaria , o que caralhos estava acontecendo lá dentro?

—Você vai fazer o que eu mandei, ou vou ter que te quebrar no pau? - Alberto gritava com Marcos no meio da sala.

—Eu não quero saber pai, você não vai me mandar de volta para São Paulo, cê quer é ficar aqui , com o merda do seu outro filho, até ação pra ter guarda tu fez. - Marcos diz tudo com sotaque, ridiculo aliás.

Vendo o assunto que o Marcos iniciou, rapidamente pego meu celular e começo a gravar o áudio , ele deu um murro em Marcos, merecido aliás, e deu tempo de iniciar a gravação.

—Até parece que estou fazendo isso pelo garoto seu mongol, e não faria nem por você, Ângela hoje em dia é rica, e o marido dela é ricaço também, se eu pegar a guarda do Zach, aturo o moleque e faturo uma boa grana.

—Estou interrompendo algo? - entro na sala e Marcos está choramingando e seu pai na hora muda de face.

—Ro-Rodrigo, chegou cedo - ele diz tremendo em sua fala

—Cheguei não "Tio" , e eu ouvi o que você disse de Zach, que feio em , que feio.

—Você escutou errado palhaço. - diz Marcos me xingando

—Você escutou o que não devia garoto, esse assunto não sai daqui ou te bato.- ele diz me ameaçando.

—Você está na minha casa, comendo as minhas custas , e ainda está ameaçando meu filho e minha empregada Alberto? - minha mãe brota do meu lado, quando ela chegou que nem vi?

—Ameaçando empregada? - ele se finge de sonso

—Ameaçando empregada? - digo ao mesmo tempo, confuso.

—Sim, Patrícia me mandou uma mensagem desesperada, dizendo que Alberto quase bateu nela quando ela se recusou à fazer o que ele pediu, desfazer as malas dele e de Marcos. - que absurdo, Patrícia nem faz esse tipo de serviço.

—Ela está mentindo Rosana, vai acreditar em mim seu irmão ou na sua empregadinha? - ele diz numa tentativa falha de persuasão.

—Com certeza na empregada . - digo debochado.

—Cala boca moleque . - ele diz agressivo

—Chega Alberto, espero que isso não se repita, esse é meu ultimo voto de confiança em você, não quero intrigas entre você e Rodrigo nessa casa, não quero que cite o Zach, e Patrícia não faz nenhum serviço doméstico para você, no máximo ela fará o almoço, e lembre-se, toda a casa é gravada 24 horas por dia, se não percebeu - diz ela apontando pro alarme no canto superior direito da sala — Agora vá dormir Rodrigo, amanhã você tem aula. E Marcos, por favor não deixe roupa suja no banheiro, você não esta no chiqueiro que chama de casa.

—Si-sim senhora. - Marcos era valentão comigo, mas tremia de medo da minha mãe .

Minha mãe entrou, e eu entrei no instante seguinte, ela foi ao seu quarto se trocar, e não à vi mais, entrei no meu quarto, passei a chave e percebi algo errado, alguém havia mexido no meu computador, não iria me preocupar com aquilo agora.

Tirei toda minha roupa, ficando apenas de cueca, me deitei na cama, e percebi o quão suado eu estava, toda a confusão lá na sala me deixou muito animado, ver o Tio sendo colocado no seu devido lugar pela irmã, era incrível, e ele não podia se voltar contra ela, porque não tem onde ficar. Me veio um pensamento, porque ele quer mandar Marcos de volta, o moleque é um porre mesmo, mas mandá-lo de volta não muda na no processo, ou muda?

Amor de Brasília (Romance)Onde histórias criam vida. Descubra agora